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É
uma desgraça ser doente pobre no Amapá! Essa é a verdade que põe em xeque todos
os projetos sociais no estado.
Em
Macapá, por exemplo, o Hospital Geral antes um local de recuperação da saúde,
foi decaindo até chegar ao ponto em que está: um local de dor regulado por
entraves burocráticos que num caso tentam esconder deficiências sistêmicas, noutro
caso criam regras que desumanizam cada vez mais os funcionários mais humildes,
que morrem de medo de transgredir regras e perder o emprego.
Quase
já não se sabe dentro dos hospitais de Macapá, a diferença entre um doente com
derrame cerebral e um com fratura no dedo. Funcionários que exercem funções e cargos
menores nos hospitais parecem não acreditar que
o mundo só avança com a ação pró ativa dos contestadores, dos
revolucionários, dos que põem a boca no trombone e quebram regras tiranas
quando a injustiça, cretinice e inércia põem vidas em risco.
A
sociedade amapaense está se acostumando a aceitar a dor dos doentes como regra.
É difícil encontrar solidariedade no ambiente hospitalar em cujos corredores
trabalham pessoas exibindo em seus uniformes logotipos de partidos políticos.
No
Hospital de Pronto Socorro, a televisão mostrou amplamente, os doentes parecem
desamparados porque empilhados ocupam também os corredores. Impossível mantê-los
ali em condições de assepsia., estão assim francamente expostos a infecção
hospitalar.
Os
poucos hospitais que temos deveriam ser orgulho do povo – falta a eles
VIGILÂNCIA.
É
tempo e é preciso que todos – dos médicos aos atendentes, dos senadores aos
vereadores, dos governantes aos assessores, do rico ao pobre – lembrem que em
qualquer ambiente hospitalar tem que existir um coração., um coração que
oriente as ações do que administram e trabalham nesses centros de dor,
angustia, medo e impotência.