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terça-feira, novembro 08, 2016

PALAVRAS OU ATITUDES?

Gosto da contribuição da mitologia grega em minha vida, encontro nela explicações para os meus erros e força para a jornada. Ontem conheci a esperteza de mais um dos deuses mitológicos – Procusto.
Vi-me, no ato, de volta à minha infância com os meus irmãos em Volta Grande/MG. Na cidade fazia muito frio, em casa o que tínhamos para cobrir eram as pelejas. Suely, Adilson e eu sofríamos menos – éramos menores, baixinhos o suficiente para que nossas pelejas nos cobrissem por inteiro se bem encolhidos na cama.  Celso, Selma e Paulo eram compridos, por mais que se encolhessem pelejavam com a cabeça ou com os pés descobertos.
Procusto é padrasto da peleja, pequeno cobertor ralo. Porém, astuto e mau, tinha duas camas para os seus hospedes. Aos compridos oferecia cama pequena e aos pequenos, grande. Aos primeiros amputava pernas ou cabeças ou pernas e cabeças até que coubessem na cama., dos outros esticava até caberem na cama comprida.      
Daqui para diante a astúcia maldosa de Procusto me remete à realidade financeira do estado do Rio de Janeiro, cujo eco pode retumbar no estado do Amapá daqui a pouco. Pesão é governador Procusto do Rio, Waldez poderá vir a ser governador Procusto do Amapá – ambos têm duas camas para seus hospedes.
Cama curta para servidores que reivindiquem salários mensais pagos integralmente, sem parcelamentos – aí corta-lhes as pernas. Mesma cama para servidores comuns que atrevam a reivindicar salários mensais integrais, correções e reajustes – aí corta-lhes pernas e cabeças.
Cama comprida para servidores especiais - os que determinam seus vencimentos sem tugidos ou mugidos, a esses Pesão Procusto estica bem devagar, com jeito, até que caibam na cama.
Assim, talvez, vejamos o que restará a Waldez Procusto fazer por aqui. Se o fizer farão o mesmo todos os prefeitos dos municípios daqui