UM BLOG CRIADO PARA INTERAGIR COM AS PESSOAS QUE GOSTAM DE LER, DISCUTIR, OPINAR. - JORNALISMO - CULTURA - LITERATURA - CENÁRIOS NATURAIS - CURIOSIDADES...
Translate
segunda-feira, dezembro 23, 2019
FINALMENTE: NATAL: NASCER PARA MORRER.
FINALMENTE: NATAL: NASCER PARA MORRER.: Praticamente somos os mesmos pescadores, agricultores, pastores, doutores da lei, fariseus, que há dois mil anos ouviam pessoalmente a pr...
segunda-feira, dezembro 09, 2019
NATAL: NASCER PARA MORRER.
Praticamente somos os mesmos pescadores,
agricultores, pastores, doutores da lei, fariseus, que há dois mil anos ouviam pessoalmente
a pregação de Jesus. Passados tantos anos e o que se ouve nas igrejas cristãs
de hoje são as mesmas injunções que Jesus usou na sua Judeia.
Assim, pois, esse próximo novo natal
precisa ser também a celebração do grande mistério da fé cristã: uma criança
nasceu na obscura Belém, romana, cresceu e se mostrou um grande e incomodo reformador.
Durante três anos discutiu a relação de poder
necessária entre homem e Deus, por isso foi condenado a morte de cruz – morte reservada
a matar de dor, horror e vergonha.
Nem por isso a história de Jesus é de
fracasso! Vá onde vá nesse mundo e encontrará igreja, capela, objetos ou símbolos
que lembram e comemoram seus feitos. Tudo é mistério da fé, mas tudo aponta a
verdade de que o poder terreno foi e ainda é efêmero, é pó, é cinza.
Se repararmos bem com alguma facilidade
perceberemos que esses seus três anos antecedentes à sua morte foram de
ensinar, ensinar, ensinar: são os mansos e não os fortes que atraem multidões;
a inclinação natural do homem é pelo sofredor. Jesus mostrou que a bondade e a
compaixão existem dentro de nós – é o fundamento do cristianismo.
Foi perseguido e morto porque afirmou sem
sombra de duvidas que Deus e não o homem, homem algum, é a autoridade final. Hitler
quis mostrar o inverso dessa verdade, e nunca passou de Hitler. Parte dos grandes
cientistas pensam transformar o evolucionismo em progressismo, esbarram, no
entanto, na fatalidade da morte mais ou menos anos. Fome e varíola atravessam séculos.
A morte não é vencível, nem disso Jesus se
esqueceu de tratar nos seus sermões e parábolas. Todavia, a doutrina dele
escancarou uma porta aos crentes: prometeu-nos um outro mundo além deste e
deu-nos os meios de ingresso nele.
Aquele menino nascido há 2019 anos, que
ensinou e ensinou, um dia ensinando ao seu melhor amigo, seu escolhido e eleito
– Simão Pedro, chateou-lhe um pouco perguntando seguidamente se ele o amava. Pouco
tempo depois Pedro negou Jesus justamente três vezes. Depois morreu por ele
também em morte de cruz., mas morreu compreendendo que a insistência de Jesus
era um ensinamento preparatório para a realização de mais um mistério: ama mais
quem dá a vida pelo outro.
quarta-feira, dezembro 04, 2019
AUTOPROCLAMAÇÃO TAMBÉM TEM DOSIMETRIA
Não
sei como está a vida hoje do Sr. Guaidó autoproclamado Presidente da Venezuela,
a semântica nordestina brasileira deve estar dizendo que a imprensa nacional o
colocou e ainda o mantem no caritó.
Nesse
quesito autoproclamação os espaços na imprensa agora são para a senadora Jeanine
Àñez que assumiu a presidência da Bolívia após concluído o processo de
afastamento do presidente Morales: “Assumo imediatamente a Presidência”. Não só
disse como fez.
Sei
não, algo está dizendo que essa “modalidade” de ascensão ao poder avança para
um patamar pan-americano e se chegar por aqui não haverá de estacionar em
Brasilia, a julgar pelas declarações e atitudes positivistas das equipes do
governo.
Porém,
tenho eu em consideração o tamanho do país e o número de municípios nacionais e
nesse modo de considerar vislumbro aberta a possibilidade de alguma remota
chance de minha autoproclamação a chefia temporária de alguma Prefeitura de bom
cofre.
São
mais de cinco mil deles, boa parte em situação de pre solvência. Em estado de insolvência
absoluta há bom número deles, mas o segredo de justiça dificulta previsão mais
precisa.
No
mundo ou submundo da insolvência financeira de médios e pequenos municípios é onde
pretendo lançar minha prancha de surfe., mas a saber: tem que se dar de forma
legal, natural embora traumática quanto naufrágios em águas aparentemente
tranquilas, cuja figura de salvamento desejável é conhecida.
O
náufrago olha o mar e não enxerga o rio que corre por baixo que o está arrastando
conforme a corrente, razão pela qual não entende como o salva-vidas quer ajuda-lo
nadando no sentido do mar e não da praia.
É
que o salva-vidas sabe que do contrário seriam dois os afogados, sabe que o
porto seguro é do mar para a praia apesar de mais esforço físico.
Estou
investigando alguns desses municípios potenciais, há deles vários com mais de duzentos
mil eleitores, alternância de poder disputadíssima, muito bom aparato
orçamentário, muita desordem administrativa e, principalmente, excelente “caixa
eleitoral”. Constituem assim apelo irrecusável para uma autoproclamação, um
título de mídia novo e charmoso: “o autoproclamado Prefeito Cesar Bernardo fará
conferencia neste fim de semana em Paris sobre o potencial de negócios em seu município”.
Também há de ocorrer: “o autoproclamado Prefeito Cesar Bernardo se recusa a dar
entrevistas aos grandes jornais nacionais, mas divulgou parte do seu programa
de governo na Radio Web Cruzeiro do Leste”. É mole?
Enquanto
isso a cidade sede do “seu” município, o país e o mundo ardem de ansiedade para
ouvir de sua excelência – que seria eu - o anuncio da convocação de novas
eleições para o restabelecimento da ordem democrática convencional.
Eu,
macaco velho no domínio de galhos grossos assim, responderia a todas as
perguntas e em hipótese alguma deixaria de fazer e enfatizar promessas –
autoproclamado sim, antipático não.
Porém,
decisão nenhuma e muita sinceridade nas conjecturas. Negocio é o seguinte: vem
aí a definição do financiamento público de campanha e gordíssima distribuição
de verba para os partidos.
E
tudo isso por que? Elementar, pelo menos por enquanto: todo chefe de poder
executivo, em qualquer dos três níveis, é também líder partidário. Lépido e
faceiro será quem dirá aos liderados presidentes e dirigentes dos partidos da
base de apoio fazer o quê, quando, como e em favor de quem com a dinheirama.
Sabendo
como sei que um autoproclamado não pode ou não deve concorrer à “reeleição”, o pé
de meia não tem dimensão de futuro, é já ou nunca. Outra verdade é que todo autoproclamado
conta sim com a simpatia e até admiração das forças judiciais fiscalizadoras e
organizadoras do processo eleitoral.
Logo
e portanto a autoproclamação pode ter bom curso no Brasil – é só não errar na
dosimetria . . . . que ela também tem.
segunda-feira, novembro 25, 2019
EFEITO BORBOLETA II - TERCEIRA GRANDE GUERRA
O Senhor Sargento Doutor Henry Kissinger, nessa quinta-feira 21, talvez em Washington ou na Baviera, sei lá onde., quem sabe ali mesmo num salão do Itamarati ou em Pequim, disse algo suficientemente grande para mudar meus planos de poder, radicalmente. Disse: “se os Estados Unidos e a China não resolverem seu conflito comercial, poderão enfrentar uma guerra. Se o conflito puder se desenvolvido sem restrições, o resultado poderá ser ainda pior do que na Europa. A Primeira Guerra Mundial estourou devido a uma crise relativamente pequena ... e hoje as armas são mais poderosas".
Nada mais lhe foi perguntado, portanto nada mais disse. Ora, o Dr. Henry Alfred Kissinger – bem verdade que chegou ao posto de sargento e daí não passou – tem lá suas credenciais para me impressionar (e pressionar). Nasceu Heins Alfred Kissinger na Baviera alemã, mas de origem judia teve que fugir ao antissemitismo feroz, razão pela qual desembarcou definitivamente nos Estados Unidos.
Fez-se um dos maiores diplomatas do mundo, publicou muitos livros bestseller, tornou-se Secretário de Estado americano no governo Nixon, ganhou o Prêmio Nobel da Paz, etc. o doutor continua correndo mundo ensinando o pulo da chita aos que querem aprender.
Essas bobagensinhas ditas sobre a próxima 3ª guerra mundial já para estourar as primeiras bombas agorinha mesmo em 2022, disse-as em Pequim, no bojo de sua conferencia dentro do fórum sobre "A Nova Economia", e foi regiamente pago em dólares pela Agência Bloomberg.
Convenhamos, o diplomata Dr. Henry Kissinger não é propriamente um colega do doutor Ernesto Araújo. Não está velho aos 96 anos, mas, é dizer: do alto dos seus 96 anos o homem sabe o que está falando. Acredito nele e por isso vamos aos meus novos planos de poder.
O plano 1: em havendo confirmação de novo câncer a partir de resultados de exames logo amanhã, 27/11, vou sim enfrentar nova bateria de quimioterapia. É a Malu quem manda que assim seja quando me diz que já fez 201 sessões de quimio e continua interna no hospital pediatra-oncológico, em São Paulo – depois dela e por causa dela desisti da desistência.
O plano 2 decorre da iminência e consequência do plano1: vou sim à candidatura 2022: Cesar Presidente. Sei que não vai ser mole desalojar o clan Bolsonaro do poder central, mas pode ser que sim. O slogan eleitoral é forte: SE NÃO QUISER ... VOTE CÉSAR! SE QUISER ... VOTE CÉSAR.
Em ganhando a eleição e me empossando legalmente Presidente do Brasil imediatamente declararei o apoio do Brasil aos Estados Unidos e à China, antes e durante a 3ª guerra – o que for melhor para o Brasil. Depois da ultima bomba, claro, o apoio incondicional é para o vencedor.
Empossado farei ampla reunião com todos – todos – os parlamentares congressistas.
Darei a eles tudo, absolutamente tudo que me pedirem, especialmente todos os cargos que pedirem. Ao fim dos primeiros seis meses do meu governo o ministro chefe da Casa Civil terá que ter ligado pelo menos três vezes a cada senador e deputado federal – eventualmente a algum deputado estadual – para saber a excelência está satisfeita com as benesses do governo, especialmente nomeações na esfera superior federal. Terá que ter cuidado tintim por tintim de restos a pagar para emendas parlamentares largadas em gavetas: meu governo não terá débitos com aquelas excelências.
Tendo-os calmos, pacíficos, satisfeitos sob a tenda da generosidade, aí sim vou acenar o chapéu alheio para a parentada consignando-lhes os melhores cargos que por aventura tenha sobrado do acordo primeiro e principal. Mesmo aquele parente que há a anos e anos ou jamais vi terá uma estatalsinha para ajudar a equilibrar o orçamento doméstico: a Disney é logo ali.
Depois desses acertos, todos lavrados à luz da grande imprensa e piscando conveniente e intensamente nas redes sociais, aí sim, sim senhores, vamos pensar no povo. Porém, entendido da seguinte forma (considere que a eleição ainda virá em 2022 – ano da máxima conflagração atômica mundial, EUA x CHINA): só é povo o contribuinte em dia com a mesa do fisco nacional . . . sem tugir nem mugir.
Eleitor amigo, vote certo: E NÃO QUISER ... VOTE CÉSAR! SE QUISER ... VOTE CÉSAR
quinta-feira, novembro 07, 2019
ORAÇÃO DE CONSAGRAÇÃO Á NOSSA SENHORA DE NAZARÉ
Senhora de Nazaré, da antiga raiz de Jessé, da casa real de Davi, descendente de São Joaquim e Sant'Ana, sempre que a angústia, o medo e a solidão me abatem, me entrego em teus braços, ò mãe. Como criança carente em busca de alívio, carinho e proteção, mergulho em teu Coração Imaculado e consagro a ti, querida Mãe, o meu passado e todas as minhas lembranças, o momento presente e todas as suas aflições, o meu futuro e a Vida Eterna que Deus me reserva no céu.
O Sacramento do Batismo, que um dia recebi, me tornou filho(a) de Deus e filho(a) teu, ò Mãe. E fez-me também herdeiro(a) de seu Reino. Por isso, venho renovar diante de ti, ó Virgem de Nazaré, as promessas de meu batismo. E, para que eu possa ser fiel a elas até o fim de minha vida, peço a tua intercessão junto ao teu Filho Jesus.
Doce Senhora de Nazaré, a ti consagro, agora, as minhas aspirações, meus projetos, meus sonhos, minha missão, minhas realizações, tudo o que tenho e tudo o que sou. Consagro, também, todos os dias restantes de minha vida terrena, para que sejam dias serenos, cheios de paz e de muitas graças.
Quero também te consagrar desde já, Senhora de Nazaré, o momento de minha morte quando por tuas mãos, e amparado(a) pelos braços de teu esposo São José, poderei finalmente ver teu rosto, abraçar teu Filho Jesus e contemplar a glória do Pai, no amor infinito do Espírito Santo. Amém!
Doce Senhora de Nazaré, a ti consagro, agora, as minhas aspirações, meus projetos, meus sonhos, minha missão, minhas realizações, tudo o que tenho e tudo o que sou. Consagro, também, todos os dias restantes de minha vida terrena, para que sejam dias serenos, cheios de paz e de muitas graças.
Quero também te consagrar desde já, Senhora de Nazaré, o momento de minha morte quando por tuas mãos, e amparado(a) pelos braços de teu esposo São José, poderei finalmente ver teu rosto, abraçar teu Filho Jesus e contemplar a glória do Pai, no amor infinito do Espírito Santo. Amém!
segunda-feira, outubro 28, 2019
OS SACOS DE PENAS DOS PRESIDENTES
Sábio
é o sábio que ruminou, pensou bastante e concluiu: “Pegue um travesseiro de
penas, suba no cume de uma montanha e solte-as ao vento. Volte à planície e, se
for capaz e possível, recolha todas as penas novamente no travesseiro”.
O
pior desse assunto é que não se transformou em cotidiano das escolas em todo o
mundo, entra ano e sai ano e o que se vê são pouquíssimas pessoas se importando
com isso. Na maioria das vezes joga-se penas ao vento para impor a outras
pessoas algum tipo de desconforto, injustiça, difamação, má fé.
O
Brasil político de hoje se assemelha a uma única e grande montanha apinhada pessoas,
umas já no cume outras escalando-a por todos os lados cada qual portando às
costas um saco de penas, ávida de chegar ao cume para solta-las ao vento.
Anos
atrás o presidente Lula jogou suas penas: ““Se tem uma coisa [de] que eu me
orgulho, neste país, é que não tem uma vivalma mais honesta do que eu. Nem
dentro da Polícia Federal, nem dentro do Ministério Público, nem dentro da
Igreja Católica, nem dentro da igreja evangélica. Pode ter igual, mas eu
duvido”.
Algumas
das penas jogadas pela presidente Dilma Rousseff: “Não acredito que tenha alguém
acima da corrupção.... Acho que todo mundo pode cometer corrupção. Não acho que
quem ganhar ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder,
vai todo mundo perder”.
O
saco de penas o presidente Michel Temer pareceu ser o menos volumoso, porém
atirado das nuvens., disse ele: “tem que manter isso, viu!?”. Penas poucas,
vendaval incontrolável levando-as ao não se sabe onde.
Presidente
Bolsonaro? É o próprio vendaval e lhe são as penas ou os sacos que as conduzem
o seus Z1, Z2, seus “transformes” nas redes sociais e ultimamente mais uma vez
um tal Sr. Fabrício Queiroz. Estão voando por aí algumas penas soltas por ele
ainda ontem: "Tem mais de 500 cargos lá, cara, na Câmara, no Senado...
Pode indicar para qualquer comissão, alguma coisa, sem vincular a eles [família
Bolsonaro] em nada. Vinte continho pra gente caía bem, pra c..., caía bem
pra c... Não precisa vincular a um nome".
Mais
penas ao vento solta ou manda soltar o Queiroz: “"tem que falar com ele
pra parar com esse lance de Twitter. Tá pegando mal pra c... Ciro botou agora:
‘elegeram um garotinho de treze anos tuiteiro’" - "focar
no governo e esquece essa porra de internet de lado. Tá pegando mal".
As
últimas penas assoprou-as o próprio Sr. Fabrício: "É o que eu falo, o cara
lá está hiperprotegido. Eu não vejo ninguém mover nada para tentar me ajudar
aí. Ver e tal É só porrada. O MP [Ministério Público] tá com uma ....a do
tamanho de um cometa para enterrar na gente. Não vi ninguém agir". É pena voando como nuvem de gafanhoto, ainda ontem, lá do Oriente, entre príncipes e sultões o presidente Bolsonaro disse que o povo argentino votou muito mal elegendo nas urnas o Sr. Hernandes e a D. Cristina, provavelmente supondo-se uma unanimidade eleitoral aqui no Brasil.
Ao dizer tal mostrou-se com tesouras nas mãos pronto para liberar ao vento mais algumas arrobas de penas. Vejamos se entre seus eleitores surgirão aqueles capazes de recolher suas penas soltas das alturas.
sexta-feira, outubro 25, 2019
ARTIGUINHO Nº 3
Eu não queria voltar a me preocupar e menos ainda me
envolver com eleições. Razões são várias, a mais consistente delas é o câncer
que insiste na convivência comigo – o atual é de pulmão. Também não ando
pensando nisso como obsessão, ocorre, no entanto, que um dia fui articulista de
vários jornais, escrevi e publiquei uns livrinhos e depois fui para o rádio,
tagarela nas ruas e nos botecos começaram a me chamar de “formador de opinião”,
e eu burro e vaidoso fui aceitando. Agora, querendo ou não tenho satisfação a dar
aqui e ali onde encontro pessoas dessa época. Difícil convence-las de que antes
eu não sabia nada da politica e que hoje, depois da quarentena oncológica, sei
menos ainda. Inclusive é preciso esclarecer que foi esse um período sabático,
de certa forma, porque me despojei total e inteiramente da falsa ideia de que
seria ou um dia teria sido formador de opinião. Quando muito agora estou um
sujeito que acha que tem em razão em tudo que pensa, escreve e publica.
Outra razão pela qual não queria voltar a me preocupar
e/ou me envolver com eleições está no que li, vi e ouvi no ultimo dia 15,
dedicado aos Professores: heróis - mal pagos - tem que mudar esse estado de
coisa - a educação tem que ser a prioridade um desse país - a escola tem que ser
o futuro da nação - etc. Sinceramente, já do alto dos meus 67 anos estou cansado
de, com razão, desacreditar nisso – aliás, melhor o jargão da própria bazófia:
desacreditar nisso que aí está. Logo, a verdade que salta aos olhos, é
cristalina: o que tiver que acontecer vai acontecer. O pós-eleição 2020 tem
tudo para manter “esse estado de coisa que aí está”.
O que eu teria como terceira razão para não voltar,
mas já voltando a me preocupar e me envolver com as próximas eleições é de
peso, quase uma questão de honra. Seguinte, é bom garantir que até agora
ninguém, nem qualquer representante do ninguém, procurou-me para acertos
conspiratórios eleitorais com uso da minha capacidade de formar opinião
(conquistar votos) e a consequente compensação bancária pelo talento. Nenhum dos
vários jornais locais, tantos grandes sites, nem os serviços secretos locais e
nacionais, nem as facções até agora me procuraram para acertarmos a
delinquência. Também não se falou em empregos para os parentes e amigos, nem
mesmo um cargo no alto escalão para mim. Nada., embora possa estar nas ONGs
afins a última “bastilha” a cair.
Previno mais nesses tempos de quizilas virtuais e
pancadaria nas ruas, claro, primeiramente em nome da minha segurança pessoal e
certa tranquilidade no quase nenhum ir e vir pela cidade de Macapá – é
pensamento corrente que sempre que falo em eleições pregam-me na testa que
antes andei conversando com o senador Gilvam Borges ou que fez-me a língua o
caro amigo suplente de senador Josiel Alcolumbre, reunidos que nos vemos esporadicamente
na mesa de almoço aqui em casa sábado sim outro também.
E finalmente esclareço: o Senador Davi Alcolumbre
desde a quarta-feira 23 é Presidente da República Federativa do Brasil, ainda
hoje passou quase aqui em frente de casa duas vezes, uma para ir outra para
voltar do Bioparque Macapá que foi inaugurar no quilometro 9 da rodovia JK, e mesmo
assim, com toda essa proximidade não transformou em conveniência nomear-me um
seu ministro.
A certeza que voce pode ter dessa verdade é factível apenas
na manhãzinha de amanhã ao comprar os jornais, já que são mais de 18 horas e
toda a imprensa local já deu o que podia dar.
quarta-feira, fevereiro 20, 2019
LUA CABEÇA DA TERRA.
Cesar Bernardo - 20/02/2019.
Cada
cabeça um mundo desconhecido a conhecer, quantos lá na China!? Até aprender
mandarim.......mas que nada, aparecer com o que estava oculto, mostrar-se,
revelar-se, são funções da palavra. Difícil calar-se ao papel em branco com
tantos jornais falando da Lava Jato, de um ex presidente quase em fuga e de
mais e mais gente delatando. É ler.Quanto a escrever, elejo a lua - não a dos namorados – mas a cabeça da terra, essa sem a qual os dias e as noites não durariam mais que uma ou duas horas. Titânicos esses mundos em que a atração magnética de um pelo outro explica a pachorra com que giramos no espaço – vinte e quatro horas, trezentos e sessenta e cinco dias. Pouco ou muito?
Sempre olhei para a lua, perguntei milhões de vezes o que ela fazia ali que não fosse pela luz noturna, que não fosse pelos namorados, que não fosse pelos poetas ... agora sei, mas não foi ela a responder.
Antes, alheia ao que me doía, a lua criou em mim a ansiedade que me afasta do mundo real – aliás, ansiedade e dor são o meu particular vale das sombras. Aí praticamente não raciocino, pois é quando mais com a insistência. Shakespeare em Hamlet disse: “Sonhar, aí está o obstáculo”. Disse-o melhor o nosso Mario Quintana: “Sonhar é acordar-se para dentro”.
Mas não são apenas ansiedade e dor os ícones penosos da minha existência – sou um mundo. Aliás, cada cabeça é um mundo. Agora mesmo ando no mundo dos poetas, especialmente esses virtuais que me oferecem seus poemas ou me lembram letras de poetas imortais. Já disse que durmo pouco, tenho horas e silencio infindos ao meu dispor, em mesma medida que poemas desses meus amigos entram sem parar na tela do facebook. Vou com eles noite adentro, afinal, segundo Jean Cocteau, “poemas são ânforas cheias de silencio”.
Uma cabeça um mundo, logo não há poema ruim. O que há neles que não sejam fragmentos de um mundo que não conhecemos inteiramente? Ou, de outra forma, o que há nesses mundos expressos em poema que não deva propagar-se até a franja pioneira dos outros mundos? Afinal, somos mais de seis bilhões de cabeças.
Houve um tempo, aqui mesmo no Brasil, em que uma criação poética saída da cabeça do compositor Noel Rosa lá no Rio de Janeiro só chegaria aqui em Macapá vinte, trinta dias depois. Três dias para jornais de São Paulo chegar ao Rio, mais dias para os do Rio de Janeiro alcançar Belo Horizonte. Agora põe-se a virgula e já do outro lado do mundo tem alguém ansioso para ver onde no texto cairá o ponto parágrafo.
Não se deve perder esse tempo de ler e escrever tudo, especialmente os que como eu trocaram a luz da lua pela luz da tela do computador – é no face book onde agora habitam meus santos e dragões lunares.
Os tempos estão adversos para poetas e escritores, pois que no atacado, as pessoas não gostam de ler. Mas, alvíssaras! Criam-se assim letras e mais letras nas redes sociais, onde está a incrível velocidade com que se dá a comunicação.
Viva o varejo dos que fazem com gosto uso das letras construindo palavras: cada cabeça um mundo desconhecido a conhecer, mostrar o que estava oculto, mostrar-se, revelar-se.
Letras e palavras contam a história do mundo, revelam segredos da humanidade.
domingo, fevereiro 10, 2019
O MORRO AGONIZA .... E MORRE
Vivi
muitos anos na casa dos meus pais, em Volta Grande, e depois um tempo no Rio de
Janeiro. Da minha cidade quase posso dizer que sei tudo sobre seus cenários
naturais. Quanto ao Rio pouco ou nada posso dizer porque fui, vi e não pude
compreender.
A realidade natural desses dois endereços colocava algo em comum dentro dos meus olhos: os morros urbanos – mais evidentes os do Rio de Janeiro.
Sempre gostei de ler, de estudar e de polemizar – sou um boquirroto. Mas também escrever sempre foi uma válvula de escape para as minhas angustias, duvidas e contentamentos.
O que muito me angustia até hoje no campo dos eventos naturais é o vento, a ventania, o vendaval. Faz-me medroso de tudo e ainda sem resposta para a indagação que um dia me fora feita: o que é o nada?
Andei atoa na vida anos a fio, portanto com tempo para refletir sobre medos e interesses., é dizer: nunca me faltou janela.
E das janelas da casa dos meus pais e depois em outras no Rio de Janeiro via a enxurrada morros abaixo nos dias de chuvas pesadas, vagarosas, longas. Nunca pude evitar a visão de futuro trágica e dolorosa a partir de casebres pendurados nas encostas dos morros e, mais grave ainda, para casebres, casas, prédios e palácios ao sopé desses morros.
Depois o destino me plantou aqui na planura infinda de Macapá – nenhum morro para remédio. O mesmo destino botou a televisão em funcionamento aqui justamente quando eu chegava. E ela, a televisão, reintroduziu em meus olhos essa perigosa realidade: morros – enxurradas – moradias.
Salvo engano, em 2011, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, enxurrada, terra e pedras morro abaixo deixaram na lapide mais de seiscentas pessoas - 284 mortos em Nova Friburgo, 267 em Teresópolis, 56 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, e 2 em São José do Vale do Rio Preto. Ainda nesse período a televisão começou a mostrar bandidos portando granadas nas ruas de favelas no Rio de Janeiro.
O futuro tinha chegado para confirmar o que eu “via” no passado quando me fixava nesse quadro hoje em movimento. De qualquer janela que se olhe (televisão, internet, ao vivo, mídia em geral), pós cortina d’água, o que se vê? Terra – barro – lixo – paredes – moveis – imóveis – animais – pessoas – carros – arvores – pedregulhos – pedras – rochas inteiras – roupas – documentos ---despencando, voando nos ares.
Depois de tudo vêm as autoridades, os compromissos, os operadores de justiça, cestas básicas, colchões, lonas plásticas, barracas, brinquedos para as crianças. A seguir, o silencio.
É durante o silencio que chega claramente às pessoas atingidas o barulho dos morros e barrancos ruindo, de pedras rolando, de paredes soterrando, de gente gritando, de crianças chorando, de vento ventando, de arvores quebrando-se, de água encachoeirando-se, de desespero ardendo e sufocando almas. Toda resposta no pós desastre é dor, lamentos, lagrimas, desolação.
O morro, vê-se depois dos sinistros, agoniza, morre, ninguém socorre, o resto suspira derradeiro. O que de pior tem por acontecer está nas mãos da bandidagem, a que domina o topo dos morros densamente habitados: chegará o tempo em que suas granadas vão fazer rolar morro abaixo as imensas rochas soltas ali existentes, cênicas parecendo solitárias.
A realidade natural desses dois endereços colocava algo em comum dentro dos meus olhos: os morros urbanos – mais evidentes os do Rio de Janeiro.
Sempre gostei de ler, de estudar e de polemizar – sou um boquirroto. Mas também escrever sempre foi uma válvula de escape para as minhas angustias, duvidas e contentamentos.
O que muito me angustia até hoje no campo dos eventos naturais é o vento, a ventania, o vendaval. Faz-me medroso de tudo e ainda sem resposta para a indagação que um dia me fora feita: o que é o nada?
Andei atoa na vida anos a fio, portanto com tempo para refletir sobre medos e interesses., é dizer: nunca me faltou janela.
E das janelas da casa dos meus pais e depois em outras no Rio de Janeiro via a enxurrada morros abaixo nos dias de chuvas pesadas, vagarosas, longas. Nunca pude evitar a visão de futuro trágica e dolorosa a partir de casebres pendurados nas encostas dos morros e, mais grave ainda, para casebres, casas, prédios e palácios ao sopé desses morros.
Depois o destino me plantou aqui na planura infinda de Macapá – nenhum morro para remédio. O mesmo destino botou a televisão em funcionamento aqui justamente quando eu chegava. E ela, a televisão, reintroduziu em meus olhos essa perigosa realidade: morros – enxurradas – moradias.
Salvo engano, em 2011, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, enxurrada, terra e pedras morro abaixo deixaram na lapide mais de seiscentas pessoas - 284 mortos em Nova Friburgo, 267 em Teresópolis, 56 em Petrópolis, 19 em Sumidouro, e 2 em São José do Vale do Rio Preto. Ainda nesse período a televisão começou a mostrar bandidos portando granadas nas ruas de favelas no Rio de Janeiro.
O futuro tinha chegado para confirmar o que eu “via” no passado quando me fixava nesse quadro hoje em movimento. De qualquer janela que se olhe (televisão, internet, ao vivo, mídia em geral), pós cortina d’água, o que se vê? Terra – barro – lixo – paredes – moveis – imóveis – animais – pessoas – carros – arvores – pedregulhos – pedras – rochas inteiras – roupas – documentos ---despencando, voando nos ares.
Depois de tudo vêm as autoridades, os compromissos, os operadores de justiça, cestas básicas, colchões, lonas plásticas, barracas, brinquedos para as crianças. A seguir, o silencio.
É durante o silencio que chega claramente às pessoas atingidas o barulho dos morros e barrancos ruindo, de pedras rolando, de paredes soterrando, de gente gritando, de crianças chorando, de vento ventando, de arvores quebrando-se, de água encachoeirando-se, de desespero ardendo e sufocando almas. Toda resposta no pós desastre é dor, lamentos, lagrimas, desolação.
O morro, vê-se depois dos sinistros, agoniza, morre, ninguém socorre, o resto suspira derradeiro. O que de pior tem por acontecer está nas mãos da bandidagem, a que domina o topo dos morros densamente habitados: chegará o tempo em que suas granadas vão fazer rolar morro abaixo as imensas rochas soltas ali existentes, cênicas parecendo solitárias.
Assinar:
Postagens (Atom)