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quarta-feira, outubro 27, 2010

23 OUTUBRO - 2010 - DIÁRIO DO AMAPÁ

FAZ QUE VAI MAS NÃO VAI.

A expressão “em cima do muro”, de plano, significa ausência de opinião ou querer agrada ou não querer se comprometer. Mas, pode também significar querer agradar todos os lados da questão, ou simplesmente um sonoro “não estou nem aí”.
Incontestável, no entanto, que de cima do muro (quanto mais alto melhor) tem-se uma visão mais ampla da questão, se está numa posição muito privilegiada para argumentar. Já “subir” e “descer” do muro exige, quase sempre, transparência quanto a “fins nobres justificando meios escusos”. Resumindo: não há (por inconfiável) absolutismo no julgamento de quem está em cima do muro.
Em política, no Brasil, o PSDB assumiu o cume do muro como pódio – momentaneamente também ocupado pelo PV. Exegese à parte, acrescente-se à estratégia dos tucanos e verdes a fragilidade qualitativa do eleitorado, terreno em que a coisa leva a ganhos e perdas. É um jogo, portanto!
No Amapá a “escalada” foi assim: PDT ficou com o governo do estado e da capital, o PSDB com o legislativo do estado e da capital. Bateu-se no muro, o 2º turno: o PDT foi inteiro para Lucas e o PSDB foi se equilibrar no topo – Jorge (AL) neutro, Hildon (CVM) foi para as hostes do PSB com Camilo.
Fundamenta-se esse jogo no próprio eleitor. Pesquisa divulgada no portal da Globo diz que 29% dos eleitores 2010 já não se lembram em quem votaram para senador, 30% já se esqueceram como votaram para deputado federal. A pesquisa não aferiu o “esquecimento” dos eleitores para com “seu” deputado estadual. Imagina.
Povo, não sei, mas eleitor quando embica para uma candidatura só se detém quando bate no muro. Viu o caso Tiririca, sem muro? Viu o caso Dilma/1º turno? Tava embicado, mas tinha um Serra no caminho carregando nos braços a experiência acumulada como Prefeito de São Paulo – a quinta ou sexta maior cidade do mundo;, Governador de São Paulo – “locomotiva” do Brasil e um dos maiores “países” do mundo; Ministro e candidato a presidente. Uma pedreira! Acabou dando Dilma/Serra em 2º turno.
Por que o eleitor procede assim, tipo faz que vai mas não vai? Porque deram bananas para o povo (ou tiraram) da mesma forma que pães.
Só para contrariar (o povo) inventaram vender pães e bananas a quilo, quanto aos primeiros deixaram o populacho sem o discurso do pãozinho com exatos 50 gramas: a unidade não vale mais o quanto pesa. Já bananas, baniu-se as miudinhas e com elas o produtor nacionalista que ainda insiste em produzi-las. Viva a bananona sem graça! Clandestinidade para a bananinha regional, esmirrada, mesmo assim doce, ótima para comer com peixe.
Como se vê (resta demonstrado) “em cima do muro”, “bananona”, bananinha, pão a quilo, acabam sendo “escolhas” da sociedade, já que contra isso o povo (unido?) não se insurge.
Segundo turno no Amapá está assim, tipo bananona, pão a quilo e muro largo cheio de lideres políticos em cima. Pobre Amapá!

Notas: ¹-O Secretário de Estado dos Transportes, Sr. Solangelo, está demonstrando competência e talento no trabalho que manda executar e coordena nas ruas do Buritizal. Maricélio está prá lá de satisfeito. ²-Bonfim está sob cuidados médicos, sucumbiu aos patógenos e pesou-lhe sobremaneira o que sobrou para o segundo turno. Vai ficar bem. ³-Voltaram a falar em prospecção de petróleo nas bandas de cá., isso se junta à expectativa da ZPE e da Zona Franca Verde. Isso é coisa para seu voto resolver.

sábado, outubro 23, 2010

23 DE OUTUBRO - MACAPÁ

23 OUTUBRO – D.POSITIVO

EDITORIAL:
MAIS DO QUE SONHA NOSSA VÃ FILOSOFIA.
LINOMAR BAHIA (jornalista e consultor em Comunicação Social)
O texto bíblico de Gálatas ensina que “Não vos deixeis desencaminhar: de Deus não se zomba; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará”. Pessoas e acontecimentos que ousam desafiar a onipresença do Senhor tem purgado penitencias que ganham dimensões correspondentes à relevância dos fatos e personagens.
Nesta semana, as reflexões cristãs viveram, de um lado, o sentimento da presença Divina e, de outro, o pecado dos arroubos dos que “se acham” mais do que tudo. A devoção paraense a Nazaré e do Brasil a Aparecida mergulharam o país em religiosidade. O resgate dos mineiros chilenos reafirmou que a fé também move montanhas. No contraponto, a remessa da decisão eleitoral para novo turno emudeceu os que se vinham autoatribuindo superpoderes sobre os céus e a terra. Revelou a blasfêmia da candidata presidencial tão crente na eleição e primeiro turno que teria dito que “nem Deus me impede de ser presidente”. O futuro eleitoral dirá.
Impossíveis e sobrenaturais acontecem a todo momento, asseverando a crença de que milagres existem. Nos anos 1600, Willian Shakespeare já inseria numa fala de Ramlet a Horacio sobre a traição e o assassinato do rei pelo próprio tio, que “existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”. Não são poucas as situações atribuídas ao inexplicável , como igualmente são inúmeros os casos em que aparecem castigados quantos desdenham do Poder Superior.
Ocorrências envolvendo anônimos vão se perdendo no anonimato, mas os famosos tem sido levados à purgação publica pelos pecados em palavras e obras. Napoleão Bonaparte e Hitler se acharam deuses e amargaram as derrotas e o fim. Fernando Henrique Cardoso purgou o castigo de se proclamar ateu enquanto posava antecipadamente de “já ganhou” na poltrona de prefeito de São Paulo, depois revertida por Janio Quadros, que a dedetizou sob os holofotes da mídia. Tancredo Neves disse que se tivesse 500 votos do seu partido, nem Deus o tiraria da Presidência. Ganhou os votos, mas morreu se assumir. Na campanha de 1990, Brizzola anunciou aceitar o apoio do demônio para se tornar presidente. Foi eleito Fernando Collor e Brizzola nem apareceu no retrovisor. Na paranaense Londrina, uma jovem saiu para uma noitada com outros jovens. Ao ouvir da mãe um “Deus acompanhe vocês”, respondeu que “só se for no porta malas, porque aqui está lotado”. Uma batida matou a todos. Só o porta-malas ficou intacto e uma bandeja de ovos inexplicavelmente inteiros. Voltaire morreu aos gritos de perdão ante o abandono da enfermeira em protesto por zombar do Criador. John Lennon disse que os Beatles eram mais populares que Jesus Cristo e levou cinco tiros. Cazuza acabou depois de oferecer maconha a Deus. Marilyn Monroe foi encontrada morta uma semana após dizer não precisar de Jesus. O impensável afundamento do “Titanic”, que seria à prova de naufrágio, entrou para a história das grandes tragédias como castigo por haver o construtor respondido ironicamente a um repórter sobre a segurança do navio naquela “primeira” viagem: “nem se Deus quiser Ele toma meu navio”.
Qualquer semelhança com fatos e pessoas não será mera coincidência. Quem se tem comparado a Cristo que ponha as barbas de molho, pelo menos até que as urnas do segundo turno revelem a vontade Divina. Afinal, nada acontece por acaso. Ou, como diziam os antigos, não se deve brincar com coisa séria.


ANIVERSARIANTES DO DIA:
-JORGE
-DORA
-EDIR PACHECO
-PELÉ
-ALBERTO SANTOS DUMONT


MUMIAH

Categoria: Anjos Príncipe: Gabriel Protege os dias: 30/05 - 11/08 - 23/10 - 04/01 - 18/03 Número de sorte: 11 Mês de mudança: novembro Carta do tarô: A força
Está presente na Terra: de 23:40 à meia noite

Salmo:
114
O Anjo MUMIAH protege contra as operações mágicas das quais não temos conhecimento. Ajuda a ter triunfo e conduz a descobertas que geralmente são úteis. Domina a química, a física, a medicina e a longevidade.

Influência:
Quem nasce sob esta influência será célebre por suas descobertas maravilhosas, desvendará os segredos da natureza e terá palavras de força e coragem contra a maldade. Gosta das mudanças porque são renovadoras e está sempre reformulando seu modo de pensar. Tudo que estiver desgastado será afastado, criando um novo ciclo, uma nova situação. Detesta as coisas ilusórias e está sempre ajudando as pessoas a saírem dos estados opressivos ou deprimentes. Procura incessantemente a verdade, para alcançar uma situação mais objetiva na vida. Será dotado de uma força superior, que desencadeia uma série de acontecimentos, que só poderiam acontecer devido à sua iniciativa ou conhecimento. Seu poder espiritual, faz com que a luz divina intervenha no mundo material. Batalha por um ideal, trabalha de forma magnífica, reservando uma especial atenção ao estudo das leis. Atrairá sua riqueza com o poder de suas palavras. Sua espiritualidade e tendência alquímica, manifestam-se desde criança. Profundo conhecedor da relação entre macrocosmo e microcosmo.


Profissionalmente:
"Poderá ser um magistrado de renome ou um grande advogado. Estudioso da natureza, poderá trabalhar com elementais, medicina alternativa ou oriental e filosofias como o "Tantra" Yoga. Será célebre por seu conhecimento e divulgação da metafísica."
Quando Israel saiu do Egito, e a casa de Jacó dentre um povo de língua estranha, Judá tornou-lhe o santuário, e Israel o seu domínio. O mar viu isto, e fugiu; o Jordão tornou atrás. Os montes saltaram como carneiros, e os outeiros como cordeiros do rebanho. Que tens tu, ó mar, para fugires? e tu, ó Jordão, para tornares atrás? E vós, montes, que saltais como carneiros, e vós outeiros, como cordeiros do rebanho? Treme, ó terra, na presença do Senhor, na presença do Deus de Jacó, o qual converteu a rocha em lago de águas, a pederneira em manancial. AMÉM


A BRAÇOS:
.DORA
.JAIME
.SOLÂNGELO – SETRAP
.GILVAM BORGES
.GEOVANI/JUCILEIDE; NILSON/ROSA; PROF. ZAIDE/SOCORRO/ALEX; CELI/MICAL; JOÃO/GRAÇA; VALÉRIA E TURMA - TADEU/PIERRE.


COMENTÁRIOS:
-CONEXÃO VG/MCP AUTORIZADA
-PARQUE FO FORTE = LIXO/ DESMAZELO/ VANDALISMO.
-TITULO ELEITORAL
-PELÉ
-AVIADOR:
-ELEIÇÃO 2010...
-O VÍDEO DO CAPI E SMITH
-CONSTRUÇÃO NAVAL -  ÓTIMA PROPOSTA PARA O AMAPÁ (CHEFE HUMBERTO)

Entre os dias 25 de julho e 23 de outubro de 1898, no Campo de Bagatelle, em Paris, voou perante a Comissão Fiscalizadora do Aeroclube da França, ganhando a taça ARCH-DEACON, por realizar o primeiro vôo de aparelho mais pesado que o ar. Posteriormente, ele criou o nº 16, usando um motor.
Santos Dumont subvencionava suas atividades aeronáuticas com seu próprio dinheiro. Em 1901, encher um balão de 620 metros cúbicos com hidrogênio custava-lhe aproximadamente US$ 500,00.
Mais tarde foi transformado em biplano. No nº 18, a principal experiência foi um deslizador aquático e a tentativa foi demonstrada no Rio Sena.
Ele estava inclinado a crer que a verdadeira função dos veículos aéreos consistiria no transporte rápido de passageiros, correspondências e cargas. Santos Dumont tentou levar o mundo a partilhar de suas
idéias em vão.
Os homens mais eminentes não as aceitavam e a imprensa, noticiando os seus desastres, apelidava-o de "Santos Desmonta". Em 1902, entretanto, o Príncipe de Mônaco se ofereceu para construir um hangar, caso Santos Dumont quisesse levar os seus dirigíveis para Monte Carlo, durante o inverno.
Santos Dumont aceitou. O jovem brasileiro, com o seu ar afável e negligente, era visto em jantares com o Príncipe de Mônaco e em ceias com os grandes banqueiros. No mar, as embarcações faziam cortejo em sua honra. Célebres corredores de automóvel aceleravam os seus carros na estrada do litoral, chegando a ultrapassar 60 quilômetros por hora, para acompanhar o seu vôo.
Depois de muitas experiências com aparelhos que eram metade avião, metade balão, Santos Dumont galgou novos êxitos. Em 1906 deu ao mundo a primeira demonstração pública de vôo num aparelho "mais pesado que o ar". (Os irmãos Wright só vieram a voar publicamente em 1908.)
Criou depois os primeiros monoplanos bem sucedidos, construídos de bambu e seda japonesa que não pesavam, incluindo motor e aviador, mais que 110 quilos, os Libélulas.
Em 1909, resvalando pelas cercas e pelas copas das árvores na sua segunda Libélula, bateu um novo recorde, ao alcançar 95 quilômetros num percurso de oito quilômetros. Foi seu último triunfo.
Já em 1909, a aviação começava a escapar das mãos dos inventores para as dos engenheiros e mecânicos. Nos hangares, Santos Dumont encontrava homens mal-educados.
Os homens da aviação só pensavam em corridas e pequenos concursos para ganhar prêmios. Para um homem com a educação requintada e os ideais de Santos Dumont, isso era intolerável. E, por este motivo, retirou-se da arena.
Como ganhador do prêmio Nobel, Santos Dumont acreditava que as suas invenções haviam de tornar tão terrível a guerra, que os homens não pensariam mais nela. Tal convicção sofreu um rude golpe quando foi
declarada a Primeira Grande Guerra Mundial. O aeronauta isolou-se na sua casa, nos arredores de Paris, onde sofreu acessos de neurastenia, atribuindo a si a responsabilidade pelo conflito.
Nos anos que se seguiram ao Armistício, cada desastre de aviação avivava a sua crença de que a dádiva que fizera ao mundo era, na realidade, uma invenção infernal.
Voltando de navio para o Brasil, em 1928, ele presenciou um avião da Condor caindo no mar, matando seus tripulantes. Santos Dumont assistiu aos funerais e, depois, encerrou-se por vários dias num quarto de hotel.
Quando aconteceu o desastre do dirigível R.101, tentou se suicidar. Desde então, os parentes e amigos passaram a exercer estreita vigilância à sua volta. Durante a Revolução Paulista de 1932, Santos Dumont via passar, pelos céus de sua terra natal, a máquina concebida por ele, sendo utilizada como poderoso instrumento de destruição.


Carlos Augusto Lima
No dia 23 de outubro comemoramos o Dia do Aviador porque foi nesta data no ano de 1906 que Santos Dumont, o grande inventor brasileiros levantou vôo com o seu "14 Bis". Foi o primeiro vôo de um aparelho mais pesado que o ar. Era o princípio da aviação, o meio mais rápido e arrojado de locomoção conseguido pelo homem.
Alberto Santos-Dumont nasceu a 20 de julho de 1873 em Santa Luzia do Rio das Velhas, hoje cidade de Santos-Dumont, depois de ter sido denominada cidade de Palmira por dilatados anos. Era filho do engenheiro Henrique Dumont e de D. Francisca de Paula Santos. Faleceu em Guarujá - São Paulo - em 23 de julho de 1932. Eleito membro da Academia Brasileira de Letras em 4 de junho de 1931, não chegou a tomar posse de sua cadeira.
Ainda pequeno, Alberto muda-se para Valença onde a família passou a se dedicar ao café. Em seguida seu pai comprou a Fazenda Andreúva a cerca de 20 km de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Ali, o pai de Alberto logo percebeu o fascínio do filho pelas máquinas da fazenda e direcionou os estudos do rapaz para a mecânica, a física, a química e a eletricidade.
Apesar de sua ascendência francesa e de ter realizado a maior parte de sua obra em Paris, amava o Brasil profundamente e vivia protestando ao governo para que desse mais atenção à aviação. Aqui suicidou-se em 1932.
Estava com profunda depressão originada pelo excesso de trabalho e pelas fortes tensões que sofrera em perigo nos vôos experimentais.
Alberto Santos-Dumont é considerado o Pai da Aviação. A Lei 3636, de 22 de setembro de 1959, concedeu-lhe o posto honorífico de Marechal-do-Ar. De 16 a 23 de outubro transcorre a Semana da Asa.

sexta-feira, outubro 15, 2010

À primeira vista parece um paradoxo

Á IMGAEM E SEMELHANÇA

À primeira vista parece um paradoxo: dividiram, dividiram, dividiram até sobrarem dois – Lucas e Camilo. Bate de cá e de lá, mas não sai (para consumo externo) o plano de governo de ambos. Camilo parece conhecer o do Lucas: “ele é a continuidade” – está dizendo no horário eleitoral. Também parece paradoxo que ambos tenham chegado ao segundo turno com exatos 28% e que a radio-tele locutora “40” fale sozinha pelo candidato, sem, contudo, dar-nos a idéia de como e quando vai fazer o quê pela patuléia. Aliás, disse, agora mesmo, que vai trazer de volta a Polícia Interativa, do PDSA. A tônica da “mudança” parece ser o retroagir.
Outra parte “interessante” da campanha fica com o setor jurídico da coligação: jornalistas e o adversário são os primeiros alvos.
Camilo, no entanto, não é um paradoxo. Ele nasceu e está dentro de uma família que trás a política na veia, na artéria, se preferirem. Contudo, ele diz coisas paradoxais, como: “quando cheguei do exílio ao Brasil fui saber que tinha outros familiares”.
Camilo e Lucas são “fenomenais” no seguinte paradoxo: Randolf-Psol com Lucas/PTB, Papaléo-PSDB com Camilo/PSB. O candidato do PSB anda ensinando que mudança é “o novo”. Por conta ele vai reintroduzir o PDSA, quem sabe em nova versão, e já pregou na testa de Lucas: Domestilucas. Assim, eis que, brigar com o grande empresariado não é tão novo assim nas hostes “40”.
Novo por novo, mudança por mudança, crédito de confiança por credito de confiança e, transparência por transparência, perguntemos ao candidato Camilo (só a ele até que Lucas assuma igual discurso): Janete e Capi disputaram eleição em 1994, 1998, 2002, 2006 e 2010; Janete disputou eleição em 2004 para a PMM; Camilo disputou eleição em 2008 também para a PMM; Capi, Janete e Camilo disputaram eleições em 2010, certo?
Com que dinheiro, com quanto dinheiro, quais financiadores internos e externos, onde estão essas prestações de contas... transparentes o suficiente para a consulta (e aprovação) do eleitor? Procurei não encontrei.
Ainda teve a candidatura do “PSB”, digo, da Cristina Almeida ao Senado, quase vitoriosa. Custou quanto?
Lucas fala de candidatura “independente”, como também disse a quando da candidatura à PMM em 2008. Com o que Camilo não concorda, contestou (Domestilucas) sinalizando que não vai dar sopa (se eleito) ao empresariado local do alto clero.
Cá em baixo, na “pracinha”, já tem ti-t-ti, blá-blá-blá entre ex aliados: Rup Silva, Ana Girlene, Márcia e Antonio Correia, Alcineia, Alcilene, Cel, Dias, Rosely Matos, Rui Smith(?) – tergiversam no campo das “preferências pessoais”. Quanto a vice da Coligação “socialista”, não há que se falar em mudança. Já foi Ildegardo, já foi Dalva, agora é Dora: PT, PT, PT.
E vem aí a tal “comissão de transição” de um governo a outro, certamente pedindo 100 dias de (silêncio) trégua, quem sabe recomendando que não se mude tanto assim. Tudo é, portanto, de se esperar, só não que se saia por aí falando de “palácio sitiado por narco-isso, narco-aquilo”. Aquela do Capi no Jô esgotou a cota.

Notas: ¹-O Secretário de Estado dos Transportes, Sr. Solangelo, está demonstrando competência e talento no trabalho que ordenou e coordena nas ruas do Buritizal. Maricélio está prá lá de satisfeito. ²-Bonfim está sob cuidados médicos, sucumbiu aos patógenos e pesou-lhe sobremaneira o que sobrou para o segundo turno. Vai ficar bem. ³-Voltaram a falar e prospecção de petróleo nas bandas de cá., isso se junta à expectativa da ZPE e da Zona Franca Verde. Quanto a isso, você está com seu voto nas mãos.

DEBATE POSITIVO - RADIO 102,9 (ATUALIZADO)

16 OUTUBRO – D. POSITIVO
EDITORIAL:
ESSE DINHEIRO DESSE NA ÁRVORE? (PAG.56)

ANIVERSARIANTE DO DIA:
-15/10 DRA. TELMA
-
DAMABIAH
O Anjo DAMABIAH favorece contra os sortilégios ou presságios negativos, ajuda na obtenção do triunfo e faz com que os empreendimentos tenham resultados úteis. Favorece as pessoas que trabalham em cidades litorâneas e as expedições marítimas para pesquisas. Influencia os marinheiros, os pilotos e todo o tipo de comércio que tem como fonte o mar.

"Quem nasce sob a influência do anjo DAMABIAH terá uma fortuna considerável e se destacará no meio em que vive pelas descobertas úteis. Pensa que somente poderá aprimorar-se na vida, experimentando a totalidade. Poderá ser chamado de aventureiro por viver a vida de forma profunda. Generoso, nobre, possuidor de um espírito elevadíssimo, terá enorme possibilidade de sucesso. Terá ajuda financeira para suas pesquisas, que se tornarão históricas, ou para a realização de grandes eventos. Estará mudando sempre de cidade, sem mesmo programar com antecedência, deixando que as coisas aconteçam meio de surpresa.

Profissionalmente:
Terá possibilidade de trabalhar vinculado à política ou à justiça, quando poderá exercitar seu poder de liderança. Onde existe um serviço, para cuja realização seja necessário alguém especial, será sempre lembrado e lá estará para abrir nova frente de trabalho. Aprenderá facilmente qualquer idioma e terá oportunidade de conhecer vários países.
Categoria: Anjos Príncipe: Gabriel Protege os dias: 23/05 - 04/08 - 16/10 - 28/12 - 11/03 Número de sorte: 7 Mês de mudança: julho Carta do tarô: O carro Está presente na Terra: de 21:20 às 21:40

SALMO 89:
Cantarei para sempre as benignidades do Senhor; com a minha boca proclamarei a todas as gerações a tua fidelidade. Digo, pois: A tua benignidade será renovada para sempre; tu confirmarás a tua fidelidade até nos céus, dizendo: Fiz um pacto com o meu escolhido; jurei ao meu servo Davi:Estabelecerei para sempre a tua descendência, e firmarei o teu trono por todas as gerações. Os céus louvarão as tuas maravilhas, ó Senhor, e a tua fidelidade na assembléia dos santos. Pois quem no firmamento se pode igualar ao Senhor? Quem entre os filhos de Deus é semelhante ao Senhor, Justiça e juízo são a base do teu trono; benignidade e verdade vão adiante de ti. Bem-aventurado o povo que conhece o som festivo, que anda, ó Senhor, na luz da tua face, que se regozija em teu nome todo o dia, e na tua justiça é exaltado. Pois tu és a glória da sua força; e pelo teu favor será exaltado o nosso poder. Porque o Senhor é o nosso escudo, e o Santo de Israel é o nosso Rei. Naquele tempo falaste em visão ao teu santo, e disseste: Coloquei a coroa num homem poderoso; exaltei um escolhido dentre o povo. Ele me invocará, dizendo: Tu és meu pai, meu Deus, e a rocha da minha salvação. Também lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei o mais excelso dos reis da terra. Conservar-lhe-ei para sempre a minha benignidade, e o meu pacto com ele ficará firme. Farei que subsista para sempre a sua descendência, e o seu trono como os dias dos céus. Se os seus filhos deixarem a minha lei, e não andarem nas minhas ordenanças, serão estabelecido para sempre como a lua, e não se firmarão enquanto o céu durar. Lembre-te, Senhor, do opróbrio dos teus servos; e de como trago no meu peito os insultos de todos os povos poderosos, com que os teus inimigos, ó Senhor, têm difamado, com que têm difamado os passos do teu ungido. Bendito seja o Senhor para sempre. Amém e amém!

ABRAÇOS:
-AOS PROFESSORES (MUNHOZ – VITÓRIA – NAIR – PAULO GUERRA – NILSON – CRISTIANO – ZAGALO – MARCOS LEITE – CONSOLAÇÃO – CELI – GRACINDA – MANECA – ORIVALDO – GRAÇA LOPES – BATISTA – AILDO – DORICA – ANA ALVES ... ZULMA – SAVINO – CURIÓ – CARLOS GUILHERME – RAIMUNDO LOBO..

-PROFESSORA SOCORRO (MUSICA) - RECITAL ANEXO.

-JOSÉ DO ROSÁRIO COUTINHO (IMPRENSA OFICIAL)
-AO ANTONIO PAI
-DR. CLAUDIO LEÃO - DES. GILBERTO – BONFIM SALGADO
-DANILO E LECA
-SOBRAL – ZEZINHO

-COMENTÁRIOS:
.SR. ARAÚJO – SANTA EDWIGS.
.ALGUM PROBLEMA PARA A LEI ARIA DA PENHA NO QUARTEL DO PM?
.GOVERNO TIPO SENADO?
.DESFILE NO MEIO DO MUNDO
.MENSAGENS NÃO SÃO COMANDOS PARA ESCULHAMBAR.
.BOMBEIROS SEM AGUA X PREDIOS ESPIGÕES.

CURIOSIDADES:
- VIDA NA CORÉIA - 42
-PINGUIM TEM JOELHOS? 54

No ano de 1174 nasce a Duquesa Edwiges, sua mãe Inês reunia os filhos muitas vezes ao dia para ensinar-lhes a rezar e contava histórias de mártires e santos que alegrava a muito a pequena Edwiges.
Aos seis anos Edwiges é colocada em um mosteiro para ser educada entre religiosas e quando completou doze anos seu pai arrumou o seu casamento com Henrique que era Duque da Silésia.O casamento realizou-se em 1186 e toda nobreza compareceu ao casamento, dentre eles sua majestade Inês, rainha da França, Gertrudes rainha da Hungria, ambas irmãs de Edwiges.
Após o casamento Edwiges que passa a ser Duquesa da Silésia e da Polônia chega ao seu castelo e aos treze anos tem seu primeiro filho, logo com a graça de Deus tiveram mais cinco filhos. A duquesa e seu marido tinham a castidade em alto preço guardavam a abstinência nos dias santos e nas sextas-feiras em memória a Paixão de Cristo, e após uma vida em comum diante do Bispo juraram não manter mais uma vida matrimonial e viveram assim por mais de trinta anos, na oração e no jejum para assim glorificarem a Deus.
Quando os filhos já estão adultos surgem uma rivalidade entre os irmãos Henrique o filho mais velho e Conrado o segundo filho, e surgem uma guerra o que causa um grande sofrimento a Edwiges. O filho mais velho Henrique sai vitorioso e o irmão Conrado ao sair em uma caçada foi atacado por uma fera que ele mesmo tinha ferido, vindo a falecer alguns dias depois, nesses tempos Edwiges tinha também acabado de perder o seu terceiro filho Boleslau.
No ano de 1227 ocorreram guerras violentas por terras e poder, o marido de Edwiges fica gravemente ferido e mais tarde veio a falecer, depois o filho Henrique parte para defender o reino contra os mongóis que trucidavam a população não respeitando velhos ou crianças, chega então a notícia da morte de Henrique. Em meio a tanta dor Edwiges se mantém forte e sofrendo em silêncio ensina a todos a respeitarem a vontade de Deus.
Após a morte do marido Edwiges retirou-se para o mosteiro de Trebnitz onde sua filha Gertrudes era Abadessa, e assim a rica duquesa se fez pobre entre as pobres monjas.Edwiges considerava os religiosos como uma porção eleita do povo de Deus e por eles tinha um imenso respeito e as considerava como pessoas santas.Edwiges e o marido fundaram diversos mosteiros e doavam generosas esmolas.
Santa Edwiges se considerava uma pecadora e as monjas como santas e por respeito tomava um pouco de água com que as monjas lavavam os pés, nos dando uma lição de humildade e respeito para com os religiosos.

quarta-feira, outubro 06, 2010

DO DR. VINICIUS VIANA BANDEIRA - LEIA.

Salvador, 24 de agosto de 2010,
Inicialmente quero dizer que não acredito, acreditem, que este texto possa mudar qualquer das barbaridades que vivenciei nessa madrugada. Acreditem, não acredito que encontrarei eco em algum lugar. Preciso, entretanto, falar.
Por volta de 22h30min da última segunda-feira, 23 de agosto de 2010, fui contactado pela Central Estadual de Regulação (CER) para realização do transporte da menor, Ana Larissa Menezes Baptista. Ao me dirigir à mesa do chefe do plantão para pegar a ficha de atendimento para o transporte inter-hospitalar fui informado que deveria transportar a paciente supracitada do Hospital São Jorge (HSJ) para o Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) para a realização de tomografia computadorizada (TC) de crânio.
A história que ouvi era a de uma paciente em estado grave, no pronto atendimento (PA) do HSJ, em ventilação mecânica (VM), usando adrenalina e dobutamina, após ter sido reanimada ao dar entrada naquela unidade por volta das 18h. Como de costume, solicitei ao chefe de plantão – Dr. Jisomar - e à médica que fora responsável pela regulação, cujo nome me foge nesse momento, que mantivessem contato com o chefe de plantão da emergência do HGRS naquele dia – Dr. Raimundo – ratificando o quadro clínico da paciente e solicitando ao mesmo que verificasse as condições da sala da TC a fim de que a transferência fosse feita no menor tempo possível e Ana Larissa não fosse exposta a qualquer entrave que prejudicasse ainda mais o seu quadro que, naquele momento, já era grave.

Informei ainda ao Dr. Jisomar que não realizaria o exame caso o HGRS não possuísse um ventilador disponível na sala de bioimagem ao qual a paciente pudesse ser conectada. Informei ao mesmo que muitos coordenadores do HGRS tinham o hábito de autorizar a regulação de pacientes em VM para a realização de TC sem ao menos confirmarem a existência de ventilador na bioimagem. Informei ainda que por diversas vezes "ambuzei" pacientes que precisavam realizar TC em respeito aos mesmos, bem como aos seus familiares. Disse-lhe ainda que por diversas vezes, sensibilizado com o quadro, e com a necessidade dos pacientes, aceitei fazê-lo, mas que não estava disposto a novamente solucionar um problema que deveria ser resolvido antes da regulação. Dr. Jisomar informou-me que Dr. Raimundo sabia do quadro da paciente, mas que tentaria manter novo contato e que ratificaria o meu pedido.

Em virtude da gravidade do quadro de Ana Larissa resolvi sair da base da CER para realizar o transporte o quanto antes. Ao chegar ao HSJ fui recebido por Dra. Danielle Souza, CREMEB 20.733, pediatra de plantão, que relatou a história de Ana Larissa. Segundo ela, a paciente há cerca de uma semana havia sido atendida numa emergência após episódio de vômito, febre e cefaléia. Naquela oportunidade, a paciente foi submetida à punção liquórica que descartou meningite. Após remissão do quadro na emergência, a menina recebeu alta e evoluiu em casa por quase cinco dias assintomática. Naquela manhã, 23 de agosto, entretanto, Ana Larissa demorou a acordar, fato que chamou a atenção dos seus familiares.

No meio da tarde a menina apresentou crise convulsiva e rebaixamento do sensório sendo levada ao Hospital Menandro de Farias (HMF). Após ser atendida naquele hospital, Ana Larissa foi encaminhada para o Hospital Couto Maia (HCM) em ambulância convencional, acompanhada pela mãe e por uma técnica de enfermagem. Segundo Dra Danielle, a mãe relatou que no caminho Ana Larissa apresentou piora do estado geral, com cianose central e ausência de "reflexos". O motorista da ambulância resolveu então parar no hospital mais próximo, tendo chegado ao HSJ. Ao dar entrada na unidade, a menina apresentava de fato cianose central e ausência de batimentos cardíacos.

Foi, então, reanimada com adrenalina e massagem cardíaca e submetida à intubação orotraqueal. Desde então, a paciente encontrava-se em uso de Adrenalina (0,5) 1ml/h e Dobutamina (5) 1,5 ml/h e em ventilação mecânica. Naquele momento, Ana Larissa apresentava Glasgow 3, midríase paralítica bilateral, freqüência cardíaca (FC): 165bpm, pressão arterial (PA): 104X41 (62 mmHg), oximetria de pulso indicando SpO2: 99%, em VM, com PEEP: 5/ PI: 15/ FAP: 22 e FiO2: 60%. Preparamos a paciente para o transporte e nos dirigimos ao HGRS. Todo o transporte até o HGRS transcorreu sem qualquer intercorrência. Fomos acompanhados por Dona Silvia, mãe de Ana Larissa.

Ao chegar à porta da emergência pediátrica solicitei à enfermeira que me acompanhava, Lidysi, que verificasse na sala da TC se tudo estava preparado para a realização do exame, conforme combinado, para que só assim eu pudesse descer da ambulância com Ana Larissa. Após retornar da bioimagem, Lidysi informou-me que não existia ventilador preparado e que a técnica de radiologia nem mesmo sabia que esse exame seria realizado. Resolvi, então, descer da ambulância com Ana Larissa para realizar o exame, mais uma vez em respeito à sua mãe que chorava e rogava a Deus pela melhora de sua filha e por ela - uma menina de oito anos que até a manhã daquele 23 de agosto de 2010 era apenas uma menina saudável e feliz. Entrei, então, na sala de TC e pedi a técnica de radiologia que fizesse o exame no menor tempo possível.

Informei-lhe que aquela paciente estava regulada, que Dr. Raimundo estava ciente da necessidade da realização do exame e que assim que terminássemos o mesmo eu retornaria à ambulância, conectaria Ana Larissa ao ventilador da UTI móvel da CER e solicitaria aos médicos de plantão que fizessem a solicitação da TC de crânio a fim de que o filme pudesse ser liberado. Após compreensão da técnica de radiologia, vesti uma capa protetora de chumbo e "ambuzei" por cerca de 5 minutos Ana Larissa dentro da sala da bioimagem, durante a realização da TC. Após retornar à ambulância, solicitei a Lidysi que informasse à pediatra de plantão do caso que já estava regulado e que pedisse a ela para ir até a ambulância conversar comigo, visto que eu assistia Ana Larissa e que a mesma encontrava-se em VM, necessitando, pois, de um ventilador e em uso de Adrenalina e Dobutamina em bombas de infusão, as quais não deveriam ficar muito tempo fora das tomadas para não descarregar.

Caso fosse impossível a vinda da mesma à ambulância, que ela fizesse então a solicitação da TC de crânio para que pudéssemos ter acesso ao filme impresso. A médica, Dra. Antonia Aleluia – pediatra de plantão -, resolveu então apenas solicitar a TC de crânio. Lidysi foi então ao setor de bioimagem e recebeu o filme da TC de crânio de Ana Larissa após entregar a solicitação do exame. Ao retornar à ambulância com a TC de crânio identifiquei um acidente vascular cerebral hemorrágico (AVCH) extenso, com sinais de sangramento intraventricular. Pedi novamente à enfermeira que mantivesse contato com Dra. Antonia Aleluia e que solicitasse a ela um encaminhamento para avaliação neurocirúrgica, visto que eu havia identificado um AVCH extenso.

Dra. Antonia informou a Lidysi que não faria qualquer solicitação visto que a paciente deveria ter sido regulada com tal pedido. Ora, tínhamos uma paciente com um AVCH extenso dentro do HGRS e ela não seria avaliada por um neurocirurgião porque no seu pedido de regulação não havia essa solicitação? Para quê então precisávamos da TC de crânio, se não para direcionar, os nossos próximos passos? Precisaríamos então prever que Ana Larissa tinha indicação neurocirúrgica para só assim levá-la ao HGRS? Essas foram questões colocadas por mim para a plantonista supracitada a fim de sensibilizá-la para o que estava acontecendo ali, tudo sem qualquer efeito. Direcionei-me então por conta própria à emergência do HGRS, atrás de algum neurologista que desse o direcionamento adequado à Ana Larissa. Encontrei, então, Dra. Miriam Sepúlveda, CREMEB 3784, neurologista de plantão do HGRS. Mostrei a ela a TC de crânio e a mesma informou se tratar de um AVCH.

Disse-me que a paciente precisava de uma vaga em UTI pediátrica e de avaliação neurocirúrgica. Questionei a ela sobre a possibilidade de Ana Larissa ser admitida e ela me informou não ser a responsável por resolver essa questão. Disse-me que mantivesse contato com Dr. Raimundo ou Dra. Paula (coordenadora da emergência pediátrica, segundo ela). Mantive contato com Dr. Jisomar para colocá-lo a par do que ocorria e ele me pediu que aguardasse até que conseguisse falar com Dr. Raimundo. Paralelo ao tempo que aguardava o contato mencionado, procurei por Dr. Raimundo na sala da coordenação médica do HGRS, sem sucesso. Encontrei-o, entretanto, na sala de repouso da equipe médica. Coloquei-o a par de tudo que acontecia e da necessidade de avaliação neurocirúrgica da paciente. O mesmo informou-me que esse não era o acordado com a CER e que eu deveria procurar a plantonista da pediatria para saber se seria possível aceitar Ana Larissa naquela unidade. Lembrei a ele, porque imaginei que ele tivesse esquecido, que aquele era um hospital de referência para avaliação neurocirúrgica. Ainda assim, Dr. Raimundo me disse que fosse à emergência pediátrica resolver com quem estivesse de plantão por lá o que seria feito.

Entrei em contato com Dr. Jisomar que me orientou a de fato permanecer com Ana Larissa no HGRS. Ele me orientou a informar à plantonista que Ana Larissa ficaria no hospital, a procurar um ponto de oxigênio dentro do PA do HGRS e disse-me que se fosse preciso montasse o ventilador da UTI móvel no PA da pediatria do HGRS. Procurei então a pediatra do plantão, Dra. Antonia Aleluia, mas não a encontrei dentro do PA. Consegui apenas falar com Juliana, enfermeira que estava de plantão naquela unidade, e pedi a ela que mantivesse contato com Dra. Antonia informando-a das orientações que eu havia recebido. Juliana me informou que falaria com Dra Antonia e que ela me encontraria na entrada do PA.

Fui então à ambulância retirar Ana Larissa. Descemos com toda monitorização que fazíamos – monitor Dixtal, torpedo de oxigênio, ambu, oxímetro, cardioscópio e manguito de PA não invasiva, bem como com duas bombas de infusão para adrenalina e dobutamina. Encontramos com Dra. Antonia na porta da emergência pediátrica. A partir dali, seguiu-se um show de horrores que foi iniciado por Dra. Antonia e seguido por Dra. Heloísa, uma segunda plantonista com a qual, poucos minutos mais tarde, eu tive a infelicidade de cruzar. Dra. Antonia, se posicionando na porta de entrada da emergência, me disse de maneira ostensiva, e num tom inapropriado para a situação, que não tinha lugar para aquela paciente ali. Disse-me ainda que eu enganava os familiares de Ana Larissa e que ali eles não fariam nada por ela. Disse-me que sairia do plantão e o deixaria sob minha responsabilidade.

Eu a informei que havia sido orientado que Ana Larissa deveria permanecer no HGRS. Após se retirar da porta, fato que impedia minha passagem, entrei no HGRS. Direcionei-me à sala de reanimação, onde existiam dois ventiladores mecânicos que não estavam sendo utilizados, para então instalar Ana Larissa. Nesse momento, fui então surpreendido por Dra. Heloísa Cunha que aos gritos insultou-me. Dizia ela que eu estava acostumado a chegar naquela unidade e deixar os pacientes por lá, mesmo sem que fosse possível recebê-los.

Dizia, ainda, que eu havia sido expulso daquela unidade há alguns dias por um neurocirurgião. Eu retruquei, informando-a que aquilo não era verdade. Lembrei-lhe que na oportunidade à qual ela se referia eu trazia uma paciente, vítima de atropelamento, do Hospital Ernesto Simões Filho. Disse-lhe que a paciente em questão estava regulada para o hospital e que não era meu papel levá-la à sala de TC, muito menos ao Centro Cirúrgico, após a realização da mesma, como eles desejavam. Fiz-lhe lembrar que, ainda reconhecendo naquele dia não ser minha função dar encaminhamento dentro do HGRS à paciente, aceitei fazê-lo em respeito à paciente e aos seus familiares, e nunca em consideração a ela ou ao neurocirurgião ao qual ela se referia. Aos gritos, completamente desequilibrada, a Sra. Heloísa Cunha tentou expulsar-me da unidade. O que se ouvia nos corredores eram gritos de: "saia", "saia", "saia". Naquele momento, muitos dos acompanhantes dos pacientes que estavam naquela unidade correram para assistir o tumulto que se seguiu.

Eu disse a Sra. Heloísa Cunha que aquele comportamento não era adequado a alguém que assumia o papel de plantonista daquela unidade e que só poderia continuar a tratar com ela se a mesma fosse medicada e contida. Disse-lhe que a identificava como uma Sra. em surto psiquiátrico. Ela então se virou para a mãe de um dos pacientes que ocupava aquela sala e lhe disse que eu queria que o filho dela morresse, que eu estava ali trocando a vida do filho dela pela vida de Ana Larissa. Pediu a ela que saísse da maca para que eu colocasse Ana Larissa. Aos gritos dizia: "vou dar uma queixa sua no Cremeb, você vai pro Cremeb". Após o paciente ter saído da maca, ela, ainda em surto, batia na mesma dizendo: "venha, coloque a sua paciente aqui", "venha, eu já tirei o meu "mal epiléptico" da maca pra que você coloque a sua paciente aqui", "venha". Após todo esse escândalo, ela se retirou da sala e pediu às suas colegas que não ficassem ali até que eu deixasse aquela unidade. Os pais de Ana Larissa, Sr. Carlos e Sra. Silvia pediram a ela que tivesse piedade da filha deles e ela aos gritos os expulsou de lá.

Disse a eles que fossem chorar lá fora, que ali não era lugar para que eles ficassem chorando. Sr Carlos se dirigiu a mim então e chorando me disse: "Dr. pelo amor de Deus, não deixe minha filha com ela", "Dr. como minha filha vai ficar aqui com essa "médica"?" Eu disse a ele que jamais sairia dali até que alguém em condições psíquicas assumisse aquele caso. Liguei para Dr. Jisomar e coloquei-o a par do que estava acontecendo, o mesmo ao telefone ainda ouvia os gritos enlouquecidos da Sra. Heloísa Cunha. Solicitei então a Lidysi que trouxesse o ventilador da UTI móvel para que eu o montasse naquela unidade e não os deixasse sem ventilador, a despeito de lá existirem dois ventiladores que não estavam sendo usados. Enquanto eu montava o ventilador e Lidysi "ambuzava" Ana Larissa, a Sra. Heloisa, novamente aos gritos dizia: "nunca mais você vai voltar aqui", "eu tenho quatro plantões noturnos aqui", "não apareça mais aqui", "saia das fraldas", "saia das fraldas". Eu repeti insistentemente que ela estava em surto, e disse a ela que voltaria ao HGRS quantas vezes fosse preciso.

Disse-lhe que havia recebido uma determinação para entrar com Ana Larissa naquela unidade e que a criança precisava de uma avaliação com um neurocirurgião. Ela foi novamente arrastada para outra sala dentro do PA por suas colegas que de certo já conheciam o seu temperamento descontrolado. Nesse momento, Dr. Raimundo já se encontrava no local e negou ter autorizado a regulação de Ana Larissa para aquela unidade, colocando-se ao lado das pediatras. Informei à terceira plantonista da pediatria que apareceu, Dra. Alderiza Jucá, que anotaria o nome das três médicas plantonistas da unidade pediátrica e que faria um documento para solicitar a quem de direito a apuração destes fatos que acima citei. Nesse momento, Dr. Jisomar me ligou informando que Dr. Marcos do Hospital Geral do Estado (HGE) havia aceitado a transferência da paciente para aquele hospital. Informei então à Dra. Alderiza Jucá que Ana Larissa seria encaminhada ao HGE. A Sra. Heloisa Cunha após ouvir o comunicado entrou novamente na sala de reanimação e novamente aos gritos questionava: "posso devolver meu mal epiléptico pra maca?", "posso?", "posso?". Disse a ela que sob minha ótica ela não poderia jamais estar tratando de ninguém naquela condição de desequilíbrio, mas que não cabia a mim proibi-la, ou autorizá-la, a fazer qualquer coisa.

Ela então aos gritos me disse: "vá e não volte", "você está saindo porque está com medo", "você está com medo". Eu disse a ela que não tinha condição de continuar tentando ouvi-la e que estava realmente de saída em benefício de Ana Larissa, já que eu não teria nenhuma condição de deixá-la sob a responsabilidade de alguém que não demonstrava controle emocional como ela. Disse aos pacientes que estavam ali que lamentava que eles estivessem sendo tratados por uma Sra. em surto psiquiátrico. Deixei, então, a unidade de emergência do HGRS em direção ao HGE por volta de 03h. Cheguei ao HGE às 03h15min da madrugada de 24 de agosto de 2010 e fui recebido de maneira bastante cordial por Dra. Ilana Rodrigues, CREMEB 8213, que prontamente pediu avaliação do neurologista.

Informei a ela o quadro da paciente e que Ana Larissa apresentava midríase paralítica bilateral, FC: 148bpm, PA: 79X45 (56 mmHg), SpO2: 99%, em VM, com FiO2: 100%. O neurologista, após examinar a paciente e avaliar a TC de crânio, informou aos pais que abriria o protocolo de morte encefálica para Ana Larissa. Após a notícia todos choraram dentro do PA do HGE. Ao fim, me despedi dos pais de Ana Larissa e fui abraçado pelos dois que me agradeceram por todo empenho durante aquelas mais de quatro horas de transporte. Ao sair do HGE e entrar na ambulância da CER fui novamente abordado pelos familiares de Ana Larissa que novamente nos agradeceram o empenho na resolução daquela história.

Deixamos o HGE por volta das 03h45min e fizemos, eu e Lidysi, o caminho de volta até a CER chorando por termos presenciado, e vivido, tanto sofrimento durante àquelas horas infindáveis. Chorei como há muito não fazia. Chorei destruído com a confirmação do quão frágil é a vida humana. Chorei lamentando que uma menina de oito anos tenha partido de maneira tão repentina. Chorei invadido pelo choro daqueles pais que me abraçaram agradecidos e reconheceram, num momento de perda, o nosso trabalho. Chorei porque encontrei tanta gente, que atende tantas outras gentes, sem estar de fato compromissada com isso. Chorei porque novamente vi um ser humano ser tratado como um problema, um problema cuja paternidade ninguém quis assumir. Chorei porque encontrei a Sra. Heloísa Cunha e toda a sua falta de amor, toda a sua mágoa frente à vida, todo o seu descaso e sua insensibilidade. Chorei porque encontrei abandono, desrespeito e incompreensão. Chorei porque tudo o que já era tão doído se tornou ainda pior tamanha as barbaridades que vi e ouvi. Chorei como nunca. Chorei descrente da profissão que escolhi.
Termino esse desabafo reafirmando que não acredito em mudanças reais. Os protagonistas desse drama continuarão por lá, pelos corredores do HGRS, pelos corredores de tantos outros hospitais públicos. Eles continuarão humilhando os mais necessitados - os fragilizados pela falta de saúde e de saída -, continuarão tentando intimidar os mais esclarecidos que se opõem às suas arbitrariedades. Esse desabafo existe, entretanto, para registrar a minha indignação frente a tudo isso. Seja você que me lê um instrumento de Deus por aqui. Coloque-se no lugar daquela família que perdeu uma filha e que presenciou tanto abandono. Sinta-se tocado por aquela dor e repense suas atitudes frente à vida, frente aos vivos. Tente fazer diferente. E, sobretudo, ame quem quer que seja e tenha a sorte de ser amado como eu sou. Só assim, experimentando a libertação, a salvação que é ser amado, você possa, então, ser amor nesse mundo.
Vinícius Viana Bandeira Moraes – CRM/BA: 18.761
Médico Intervencionista da Central Estadual de Regulação

sábado, outubro 02, 2010

02 OUTUBRO - DEBATE POSITIVO

02/10/10 - DEBATE POSITIVO
EDITORIAL:
Em entrevista a VEJA, Eliana Calmon mostra o porquê de sua fama. Ela diz que o Judiciário está contaminado pela politicagem miúda o que faz com que juízes produzam decisões sob medida para atender aos interesses dos políticos, que, por sua são os patrocinadores das indicações dos ministros.
Por que nos últimos anos pipocaram tantas denúncias de corrupção no Judiciário?
Durante anos, ninguém tomou conta dos juizes, pouco se fiscalizou, corrupção começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar o juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habeas corpus ou uma sentença. Os juizes que se sujeitam a isso são candidatos naturais a futuras promoções. Os que se negam a fazer esse tipo de coisa, os corretos, ficam onde estão.
A senhora quer dizer que a ascensão funcional na magistratura depende desss troca de favores?
O ideal é que as promoções acontecessem por mérito. Hoje é a política que define o preenchimento de vagas nos tribunais superiores, por exemplo. Os piores magistrados terminam sendo os mais louvados. O ignorante, o despreparado, não cria problema com ninguém porque sabe que num embate ele levará a pior. Esse chegará ao topo do Judiciário.
Esse problema atinge também os tribunais superiores, onde as nomeações são feitas pelo presidente da República?
Estamos falando de outra questão muito séria. É como o braço político se infiltra no Poder Judiciário. Recentemente, para atender a um pedido político, o STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal.
A tese que a senhora critica foi usada pelo ministro César Asfor Rocha para trancar a Operação Castelo de Areia, que investigou pagamentos da empreiteira Camargo Corrêa a vários políticos.
É uma tese equivocada, que serve muito bem a interesses políticos. O STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal. De fato, uma simples carta apócrifa não deve ser considerada. Mas, se a Polícia Federal recebe a denúncia, investiga e vê que é verdadeira, e a investigação chega ao tribunal com todas as provas, você vai desconsiderar? Tem cabimento isso? Não tem. A denúncia anônima só vale quando o denunciado é um traficante? Há uma mistura e uma intimidade indecente com o poder.
Existe essa relação de subserviência da Justiça ao mundo da política?
Para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos. Nos tribunais superiores, o critério é única e exclusivamente político.
Existe essa relação de subserviência da Justiça ao mundo da política?
Para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos. Nos tribunais superiores, o critério é única e exclusivamente político.
Mas a senhora, como todos os demais ministros, chegou ao STJ por meio desse mecanismo.
Certa vez me perguntaram se eu tinha padrinhos políticos. Eu disse: "Claro, se não tivesse, não estaria aqui". Eu sou fruto de um sistema. Para entrar num tribunal como o STJ, seu nome tem de primeiro passar pelo crivo dos ministros, depois do presidente da República e ainda do Senado. O ministro escolhido sai devendo a todo mundo.
No caso da senhora, alguém já tentou cobrar a fatura depois?
Nunca. Eles têm medo desse meu jeito. Eu não sou a única rebelde nesse sistema, mas sou uma rebelde que fala. Colegas que, quando chegam para montar o gabinete, não têm o direito de escolher um assessor sequer, porque já está tudo preenchido por indicacão política.
Há um assunto tabu na Justiça que é a atuação de advogados que também são filhos ou parentes de ministros. Como a senhora observa essa prática?
Infelizmente, é uma realidade, que inclusive já denunciei no STJ. Mas a gente sabe que continua e não tem regra para coibir. É um problema muitio sério. Eles vendem a imagem dos ministros. Dizem que têm trânsito na corte e exibem isso a seus clientes.
E como resolver esse problema?
Não há lei que resolva isso. É falta de caráter. Esses filhos de ministros tinham de ter estofo moral para saber disso. Normalmente, eles nem sequer fazem uma sustentação oral no tribunal. De modo geral, eles não botam procuração nos autos, não escrevem. Na hora do julgamento, aparecem para entregar memoriais que eles nem sequer escreveram. Quase sempre é só lobby.
Como corregedora, o que a senhora pretende fazer?
Nós, magistrados, temos tendência a ficar prepotentes e vaidosos. Isso faz com que o juiz se ache um super-homem decidindo a vida alheia. Nossa roupa tem renda, botão, cinturão, fivela, uma mangona, uma camisa por dentro com gola de ponta virada. Não pode. Essas togas, essas vestes talares, essa prática de entrar em fila indiana, tudo isso faz com que a gente fique cada vez mais inflado. Precisamos ter cuidado para ter práticas de humildade dentro do Judiciário. É preciso acabar com essa doença que é a "juizite".


ANIVERSARIANTES DO DIA:
-05/10 – D. CACILDA PACHECO
-05/10 – NÚBIA (FILHA)
-06/10 – D. EROTILDES LINS CÔRTE (97 ANOS)


HAHASIAH
O Anjo HAHASIAH ajuda a elevar a alma a Deus, contemplar as coisas divinas e descobrir todos os mistérios através da consciência e inteligência.
"Quem nasce sob a influência do anjo HAHASIAH amará todas as ciências e sentirá um interesse especial em conhecer as propriedades e atributos dos animais, vegetais e minerais. Será puro, criativo, conduzindo sua vida com harmonia, através da enorme luz de proteção que há em seu coração. Estudioso, aprenderá os caminhos utilizando-se da sua aguçada intuição, entendendo a ordem divina nas estruturas humanas. Trabalha para encontrar a paz entre as pessoas. Sabe que quando está passando por uma dificuldade, isto nada mais é que um meio para ter acesso à divindade interna e externa. Tem gostos simples; amante da natureza, está sempre atento aos pequenos detalhes como: romantismo, pintura, música, perfumes. O fascínio de seu lado poético flui de modo simples.

Profissionalmente poderá distinguir-se na medicina, nas pesquisas e inventos maravilhosos para o benefício da sociedade. Terá aptidão para as ciências abstratas e para qualquer atividade relativa às ciências biológicas.
Categoria: Principados Príncipe: Haniel Protege os dias: 09/05 - 21/07 - 02/10 - 14/12 - 25/02 Número de sorte: 10 Mês de mudança: outubro Carta do tarô: A roda da fortuna Estará presente na Terra: de 16:40 às 17:00

Salmo 103
Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e tudo o que há em mim bendiga o seu santo nome. Bendize, ó minha alma, ao Senhor, e não te esqueças de nenhum dos seus benefícios. É ele quem perdoa todas as tuas iniqüidades, quem sara todas as tuas enfermidades, quem redime a tua vida da cova, quem te coroa de benignidade e de misericórdia, quem te supre de todo o bem, de sorte que a tua mocidade se renova como a da águia. O Senhor executa atos de justiça, e juízo a favor de todos os oprimidos. Fez notórios os seus caminhos a Moisés, e os seus feitos aos filhos de Israel. Compassivo e misericordioso é o Senhor; tardio em irar-se e grande em benignidade. Não repreenderá perpetuamente, nem para sempre conservará a sua ira. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui segundo as nossas iniqüidades. Pois quanto o céu está elevado acima da terra, assim é grande a sua benignidade para com os que o temem. Quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado de nós as nossas transgressões. Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor se compadece daqueles que o temem. Pois ele conhece a nossa estrutura; lembra-se de que somos pó. Quanto ao homem, os seus dias são como a erva; como a flor do campo, assim ele floresce. Pois, passando por ela o vento, logo se vai, e o seu lugar não a conhece mais.
Mas é de eternidade a eternidade a benignidade do Senhor sobre aqueles que o temem, e a sua justiça sobre os filhos dos filhos, sobre aqueles que guardam o seu pacto, e sobre os que se lembram dos seus preceitos para os cumprirem. O Senhor estabeleceu o seu trono nos céus, e o seu reino domina sobre tudo. Bendizei ao Senhor, vós anjos seus, poderosos em força, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra! Bendizei ao Senhor, vós todos os seus exércitos, vós ministros seus, que executais a sua vontade! Bendizei ao Senhor, vós todas as suas obras, em todos os lugares do seu domínio! Bendizei, ó minha alma ao Senhor!

X

-Qual o futuro das unidades policiais especializadas no Amapá?

-Quais os planos para a interiorização dessas unidades especializadas?

-Com que metodologia se combaterá a corrupção na administração publica?

-Fala-se em saneamento básico com tanta ênfase que até á para acreditar que “dessa vez” vai. Vão livrar a cara do Rio Amazonas como?

-Com muito atraso fala-se em asfaltamento de estradas estaduais e municipais de ligação direta com as sedes municipais. Tem realmente prioridade nisso?

-Quais procedimentos serão realmente tomados para que as unidades hospitalares e de pronto atendimento tenham padrão das instituições privadas?

-Haverá redução de impostos que beneficiem diretamente o consumidor?

-Seis entre dez desempregados no Amapá tem entre 16 e 25 anos. O que fazer para ampliar a oferta de empregos nessa faixa etária?

-Ao final do mandato a família classe média terá nas escolas públicas a melhor opção para os filhos?

-Quais projetos vão incrementar realmente o turismo no Amapá?

-O que fazer para incluir o Amapá na agenda esportiva e cultural nacional, via circuitos BB. Sesc, etc.

-Qual o projeto numero um para atender a terceira idade?

-O Teatro das Bacabeiras tem a assinatura do governo Annibal Barcelos (inicio do estado).
Quais as prioridades nesse sentido?

-Alto custo de remédios x farmácias populares: teremos isso?

-Algum plano especifico para combate às drogas?

-Qual a proposta para integrar os agricultores dos assentamentos agrários ao projeto agrícola do estado., inclusive feiras municipais nas cidades?



O título de eleitor foi criado em 1875 (Decreto nº 2675), e dele constavam nome, idade, estado civil, profissão, renda, domicílio e se o eleitor era alfabetizado ou não.
Um canhoto era destacado e ficava com a junta de alistamento. Em 1881, A Lei Saraiva promoveu uma ampla reforma eleitoral e, entre outras alterações, determinou o realistamento eleitoral e instituiu o título de eleitor obrigatório.
O título eleitoral permaneceu sem alterações até 1932, quando passou a contar com o retrato do eleitor. Em 1956, com a entrada em vigor da Lei nº 2.084, de 12.11.53, o retrato no título passou a ser obrigatório.
Cada alteração no título obrigava a novo alistamento eleitoral. O de 1956, por exemplo, diminuiu drasticamente o número de eleitores “fantasmas” (mortos, crianças, eleitores cadastrados em mais de um município), resultando numa diminuição do eleitorado da ordem de 8,7% – em 1954 eram 15.104.604 eleitores e em 1958, 13.780.244.
Para as eleições de 1986, que escolheram os membros da Assembléia Nacional Constituinte de 87-88, a Justiça Eleitoral determinou novo alistamento; a informatização de seus serviços aumentou os instrumentos de controle e eliminou a necessidade de retrato no título de eleitor.
De lá para cá, não houve mais recadastramento nacional, mas apenas recadastramentos locais e periódicos, em municípios onde foi detectada alguma irregularidade.


ABRAÇOS:
-PESSOAS DA PERIGRINAÇÃO DE NOSSA SENHORA DE NAZARÉ
-LUIZ MELO
-GEOVANI E REGINALDO
-PROF. NILSON



COMENTÁRIOS:
-BURACO NA MAROLA GATO E OUTRAS.
-FISCALIZAÇÃO ELEITORAL
-FORÇAS PLICIAIS PARA AS ELEIÇÕES (TEM MUITOS DA PM CONCORRENDO)
-O AÇAÍ EM VLTA GRANDE
-MEU ARTIGO NO D.A
-NOTICIAS DE JORNAL
-CASO DOS 3,7% DA DANF - E A RECEITA FEDERAL?





Publicado por: bonfa | 27/02/2010
PARECE QUE FOI ONTEM
No dia 19 de novembro de 1995, um domingo ensolarado, o jornal “Diário do Amapá”, publicou a entrevista que hoje trazemos ao Blog, com absoluta exclusividade. Foi há 15 anos. Porém, os temas, parecem atuais no tempo e no espaço. O nome da coluna era “Gente Daqui”.
“É fácil vê-lo andando, solene e compenetrado, pelas ruas de Macapá. Às vezes, no braço, pende um clássico garda-chuva e um tradicional monte de livros e cadernos. Antonio Munhoz Lopes, ex-seminarista, pesquisador, professor de Literatura, Português, Latim e História da Arte. Advogado por formação, globe-trotter, descende de espanhóis e elegeu o Pará e o Amapá, como terras de sua predileção. Quem não conhece o professor Munhoz? Este refinadíssimo intelectual, escritor de quilate quase inigualável, ostenta o currículo e as glórias de ter contribuído, ao longo de décadas, à formação humanística de várias gerações de amapaenses. Um orgulho da cidade. Um ser humano que vale a pena conhecer de perto.”
(Entrevista e Texto: Bonfim Salgado)
ANTONIO MUNHOZ LOPES
Filiação: José Ayres Lopes e Izabel Munhoz Lopes (falecidos)
Comida: Pato no tucupi e maniçoba.
Perfume: Não tem um favorito.
Música: Erudita.
Profissão: Professor Secundário e Universitário.
Amigos: Uma porção, no mundo inteiro.
Amizade: A melhor coisa do mundo.
Flor: Todas elas, dependendo de quem olha, são bonitas.
Melhor hora: Ao nascer do sol. As coisas parecem mais sagradas.
Religião: Católica Apostólica Romana.
Bonfim Salgado – Munhoz, é difícil, terrivelmente difícil, entrevistar amigos. Comecemos por Macapá. Há quanto tempo você está aqui?
Antonio Munhoz – Em outubro passado, fez exatamente trinta e seis anos que por aqui cheguei. Vim com meus 27 anos. Portanto, sou hoje mais amapaense que paraense. Estou com 63 anos bem vividos, no ápice de todas as minhas potencialidades.
BS – Consta que você nasceu numa quarta-feira de Cinzas, é verdade?
AM – Sim, é verdade. E como já disse à Lana, jornalista paraense, não sou triste, por isso. Ao contrário, sou bem alegre, comunicativo, e adoro a vida com tudo o que ela tem de bom. A vida para mim, até hoje, tem sido uma constante novidade.
BS – Voce nasceu mesmo em Belém?
AM – Sim, sou paraense legítimo, paraense da gema. Gosto de farinha e de pato no tucupi, assim como de maniçoba, casquinha de muçuã, de bacuri, açaí e cupuaçu. Aliás, quanto mais eu viajo, mais eu gosto de Macapá e de Belém. Sinto-me, por assim dizer, preso às raízes.
BS – Como foi essa história do seminário?
AM – Vivi muitos anos – a minha adolescência toda – em dois seminários, em Belém (Pará), e São Luís (Maranhão). De ambos, guardo inesquecíveis recordações. Foram alguns dos melhores anos de minha vida. O seminário me marcou profundamente. No meu lado bom, ainda sou seminarista.
BS – E no lado mau?
AM – Também! (risada).
BS – Pois bem. Então, por que você não chegou a ser padre?
AM – Porque não fui escolhido. “Muitos são chamados, mas poucos os escolhidos”, não é assim? Deus, também tem os seus prediletos. Ele sabe a quem escolher, a quem deve marcar com o seu sinete. Deus sabe o que quer e a quem quer.
BS – Qual é a sua definição de um padre?
AM – Um homem que deve viver no mundo, entrosado no mundo, sentindo e tentando resolver os problemas do mundo, sem ser, todavia, do mundo.
BS – O cônego Ápio Campos, respeitado escritor e intelectual paraense, uma vez, descreveu o Munhoz delegado de polícia. Como é essa história?
AM – Ele fez lirismo, poesia à meu respeito. Disse ele que eu andava prendendo muita gente e dava à polícia local “um clima de cenáculo literário”. Dizia, ainda, que meu escrivão era quase um poeta, meus auxiliares aproveitavam as folgas para ler contos e romances e que “os próprios encarcerados eram obrigados a ler, em obediência à portaria baixada, várias páginas de antologia por semana.”
BS – Cadeia literária, heim?
AM – Cadeia, não, biblioteca. (risos).
BS – Há quanto tempo você é membro do Conselho Estadual de Cultura?
AM – Há onde anos. Sou decano. Pena é que o Conselho, no momento, esteja perdendo as suas características de Conselho de Cultura, tornando-se uma espécie de associação de amigos da arte e da literatura. Um clube de amigos. O Conselho está enveredando por um caminho errado.
BS – Diga-nos dois grandes prazeres de sua vida?
AM – Há outros, muitos outros, mas dois dos mais importantes são , sem dúvida alguma, ler. Nunca passei um dia sem ler. E viajar. Viajar, não como mero passatempo. Mas como um enriquecimento cultural.
BS – Quais as cidades do mundo, no seu ponto de vista, mais bonitas?
AM – Em primeiro, não posso deixar de citar Paris, que é sempre uma surpresa. Depois, Praga, simplesmente deslumbrante. Veneza, Florença, São Petersburgo, Buenos Aires, Toledo. O nosso Rio de Janeiro, é uma cidade que só há pouco conheci. Há outra cidade que me fascinou muito, Bruges, na Bélgica. Há outras que, no momento, eu não lembro.
BS – Você escreveu coisas belíssimas sobre a Mazagão da África?
AM – Sim, até mesmo para chamar a atenção dos amapaenses, para essas raízes históricas. Estive três vezes na Mazagão africana. Tenho um fascínio pelo Marrocos, onde já estive quatro vezes. Destaco, nesse país, as cidades imperiais, principalmente, Fez, a mais antiga, berço de milenária monarquia e centro cultural e religioso do Marrocos.
BS – O que é viver em Macapá?
AM – É viver ainda com uma certa tranqüilidade, apesar da violência que domina a cidade. Veja: no último assalto à minha casa, levaram todas as garrafas de uísque escocês, os vinhos do Porto, os CDs. De música erudita e uma sacola cheia de perfume francês, presentes de amigos.
BS – Ladrãozinho refinado e de bom-gosto, não é mesmo?
AM – Concordo. Eu trabalho de manhã, de tarde, de noite. A minha vida se resume apenas no trabalho. Por isso, em julho, ninguém me agarra. Minhas férias são sagradas. Como não sou de ferro, aproveito para conhecer o mundo.
BS – E o nível intelectual da juventude amapaense, como está?
AM – Parece incrível, mas intelectualmente falando, está involuindo. De início, a juventude não gosta de ler. Não tem o mínimo interesse pelas coisas do espírito. Em sala de aula, a dissipação é completa. Disciplina, para os jovens, é coisa do passado. É uma lástima. E na balbúrdia, ninguém evolui. Há dias, numa sala do terceiro ano Colegial, quase fui agredido, quando disse que as letras das composições dos “Mamonas Assassinas” eram puro lixo. Como disse Celso Manson, da revista Veja, “Mescla de grosseria e cretinice.” Infelizmente, o mau-gosto domina o mundo.
BS – E na política? Você já foi candidato alguma vez?
AM – Por que, para quê? Como os valores já não são os mesmos do passado, os políticos de hoje, na sua maioria, não pensam mais em trabalhar pelo povo, mas apenas em beneficiar-se, olhando para o seu bolso, para a sua conta bancária. Político, na sua verdadeira acepção, hoje, é como agulha em palheiro. Encontrar um de verdade é dificílimo.
BS – E o Brasil, tem jeito?
AM – Tem jeito, sim. É só os homens públicos criarem vergonha na cara e se conscientizarem da importância do papel que devem desempenhar, para o progresso da Nação. Na verdade, eles não pensam na gente, isto é, no povo. Só pensam em si, naquilo que é bom para eles. A Nação que se lixe.
BS – E o famoso livro – não escrito – que você nos deve?
AM – De fato, você tem razão. Ainda há pouco, em Belém, o amigo Acyr Castro, jornalista, me cobrava ao menos um livro sobre minhas viagens. Mas, tempo que é bom e necessário, para escrever, eu não tenho, francamente. Vamos esperar um pouco. Vou criar coragem de deixar as aulas. Aí, sim, o tempo vai ser todo meu. Escrever, exige tempo e, com o tempo, conquista-se o mundo.
BS – O que você ainda deseja da vida?
AM – Saúde, paz de espírito, dinheiro, disposição para viajar e lucidez, para viver ainda muitos anos. Tenho a sensação de que só agora é que estou começando a viver. Viver é um dom de Deus.
“ Eis o homem. Aquele que cita os museus, catedrais históricas, pintores renascentistas e autores clássicos, numa simples conversa de meia hora. O professor Munhoz, homem do mundo, cabeça arejadíssima e atenta, olha no relógio. Levanta-se, agradece educadamente, fala com todo mundo à sua volta e sai. Está ligeiramente atrasado para uma aula de Literatura, no Colégio Amapaense.”
Aqui, eu faria uma simples pergunta: Esse texto, publicado há 15 anos, serve ou não para os dias e acontecimentos atuais do Amapá e do Brasil?


O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu na noite desta sexta-feira (1) divulgar os votos recebidos pelos candidatos barrados pela Justiça. A publicidade acontecerá de forma separada do resultado oficial da eleição. Entre os candidatos com registro indeferido estão alguns considerados “ficha suja”. Ao todo, o TSE já recebeu 1,9 mil recursos de candidaturas impugnadas.
A proposta de divulgar os votos de candidatos que tiveram o registro indeferido foi levada ao plenário pelo presidente Ricardo Lewandowski. O pedido para que se divulgasse os votos partiu do PP. O presidente do TSE conversou com a área técnica do tribunal e sugeriu a divulgação dos votos no site do tribunal após a totalização oficial dos votos.
saiba mais
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Os votos dos candidatos barrados serão divulgados de forma separada, sem que se misture estes votos com os dos outros que disputam a eleição. Estes votos também não serão computados na hora de se proclamar o resultado das urnas. Se posteriormente o candidato obtiver na justiça uma decisão que libere seu registro, os votos serão incluídos dentro da totalização oficial.
O ministro Marco Aurélio Mello foi o único que questionou a regra. Ele entende que os votos deveriam ser divulgados juntos. Alertado que a área técnica disse não mais ser possível fazer mudança nos sistemas, ele acompanhou a decisão da divulgação em separado.
Até as últimas eleições, os votos em candidatos nessa situação iam para a legenda, ou seja, eram contabilizados na hora de calcular quantas vagas cada partido teria no Congresso, por exemplo. Uma mudança na legislação, porém, determinou que esses votos sejam considerados nulos.
O ministro Marco Aurélio, porém, já adiantou que pretende questionar essa mudança. Ele sugeriu que a alteração não teria força para “derrubar” o código eleitoral neste aspecto. Marco Aurélio disse que pretende ainda discutir este tema em plenário em outra ocasião.






CONFIRA POLÍTICOS QUESTIONADOS NA LEI DA FICHA LIMPA
POLÍTICO CARGO QUE DISPUTA SITUAÇÃO JUSTIFICATIVA DO CANDIDATO









Anthony Garotinho (PR-RJ),
ex-governador do Rio de Janeiro Deputado federal Foi condenado na Justiça Eleitoral a inelegibilidade de três anos por abuso de poder econômico. Conseguiu liminar que suspende a condenação até decisão final. Se a liminar cair, pela Lei da Ficha Limpa, ele não pode ser candidato. Mesmo assim, o MP pediu impugnação da candidatura; o TRE deferiu a candidatura porque, caso a liminar caia, ele se torna inelegível. O ex-governador afirma que tem consciência de que, caso caia a liminar, ele se tornará inelegível. Ainda não há data definida para o julgamento do mérito da ação.







Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), ex-governador Senador Perdeu o mandato de governador após ser condenado por abuso de poder econômico. TRE indeferiu o pedido com base na Ficha Limpa. Ele recorreu ao TSE e ainda aguarda julgamento. A defesa do ex-governador alega que a lei não poderia vigorar nesta eleição porque mudanças no processo eleitoral só podem entrar em vigor um ano antes da eleição. A lei foi sancionada em julho.







Cleber Verde (PRB-MA), deputado federal Deputado federal Ministério Público Eleitoral pediu impugnação da candidatura porque ele foi demitido do INSS sob suspeita de concessão irregular de benefícios. A demissão no serviço público é uma das hipóteses para inelegibilidade na Ficha Limpa. TRE deferiu candidatura por entender que a lei não poderia retroagir para punir os candidatos, mas MP recorreu. O deputado argumenta que tenta sua reintegração ao INSS desde 2004, mas que o processo está parado. Ele também defende que a lei não deve retroagir.







Expedito Júnior (PR-RO), ex-senador Governador TRE indeferiu o registro de candidatura porque o senador foi condenado por abuso de poder econômico em 2009 com pena de inelegibilidade de três anos. Acusado de compra de voto, perdeu o mandato de senador. Aguarda respota de recurso no TSE. A defesa alega que a lei não poderia ter retroagido porque antes, a pena seria de três anos e teria sido cumprida em outubro de 2009. O advogado alega que o MP pediu o agravamento da pena para mais cinco anos, totalizando oito anos, o que impediria a candidatura nestas eleições.







Heráclito Fortes (DEM-PI), senador Senador Foi condenado pelo TJ-PI por usar publicidade institucional para promoção pessoal quando era prefeito de Teresina, entre 1989 e 1993. Por isso, não poderia ser candidato com base na Ficha Limpa. No entanto, o STF concedeu recurso suspensivo contra a decisão. Mesmo assim, o MP pediu impugnação, negada pelo TRE do Piauí. O MP recorreu.
O senador entende que o caso dele não é atingido pela Lei da Ficha Limpa e afirmou que está tranquilo em relação à sua candidatura.









Ivo Cassol (PP-RO), ex-governador Senador Foi condenado por abuso de poder econômico e político por compra de votos na eleição de 2006. O TSE, porém, suspendeu a condenação. MP pediu impugnação com base na Ficha Limpa e o TRE indeferiu o registro da candidatura. O TSE liberou e entendeu que a condenação está suspensa. O ex-governador alega inocência da acusação e tenta reverter a condenação.





Jackson Barreto (PMDB-SE), deputado federal Vice-governador MP pediu impugnação por ter tido suas contas rejeitadas quando prefeito de Aracaju pelo Tribunal de Contas do Estado. TRE autorizou a candidatura, mas o MP recorreu. A defesa alega que o caso em questão ainda tramita na corte de contas, sem que haja julgamento definitivo. Além disso, diz ainda que na última eleição essa informação foi levantada e que, na ocasião, ele ingressou com uma ação judicial para extinguir o processo. Diz também que cabe à Câmara de Vereadores analisar as contas da Prefeitura e que as mesmas foram aprovadas pela Câmara.





Jackson Lago (PDT-MA), ex-governador Governador MP pediu impugnação por conta de condenação por órgão colegiado em processo de abuso do poder econômico. O TRE deferiu o registro de candidatura e entendeu que a lei não pode retroagir. O MP recorreu. A defesa afirma que não foi declarada inelegibilidade de Lago e que ele apenas teve o registro cassado. Afirmou ainda que devem ser verificadas questões de anualidade, retroatividade e incidência nesta eleição.







Jader Barbalho (PMDB-PA), deputado federal Senador MP pediu impugnação em razão de ele ter renunciado em 2001 para evitar possível cassação (estaria inelegível até 2011). O TRE do estado, no entanto, deferiu o registro. O MP recorreu e o TSE reverteu a autorização, rejeitando a candidatura com base na Ficha Limpa. Barbalho recorreu ao próprio TSE, que confirmou a decisão, mas ainda pode ir ao STF. A defesa afirmou que a lei não poderia retroagir e alegou atipicidade da renúncia.






Janete Capiberibe (PSB-AP), deputada federal Deputado federal MP pediu impugnação por conta de condenação em processo de compra de votos em 2002. O TRE do Amapá considerou improcedente a impugnação, mas o MP recorreu e o TSE indeferiu o registro da candidatura com base na Lei da Ficha Limpa. Ela recorreu ao TSE.
Defesa questionou a retroatividade da lei. Afirmou que a lei ofendia os princípios constitucionais da segurança jurídica.







João Capiberibe (PSB-AP), ex-senador Senador MP pediu impugnação por conta de condenação em processo de compra de votos em 2002. Por conta da condenação, ele perdeu o cargo de senador. TRE decidiu autorizar a candidatura, mas MP recorreu. Afirmou que foi condenado a perda de mandato por questão política e que não está inelegível. Disse que foi cassado em 2004 por ter supostamente comprado dois votos por R$ 26 e pagos em duas parcelas.







Maria de Lourdes Abadia (PSDB-DF), ex-governadora Senado MP pediu impugnação porque ela foi condenada por compra de votos na eleição de 2006, quando tentava a reeleição para o governo do Distrito Federal. O TRE deferiu a candidatura, mas o MP recorreu. O TSE decidiu rejeitar a candidatura com base na Ficha Limpa. Ela recorreu ao próprio TSE.
A defesa alegou que ela não foi cassada, apenas recebeu multa, o que não levaria à inelegibilidade. Também questionou a retroatividade.







Paulo Maluf (PP-SP), deputado federal Deputado federal O TRE rejeitou a candidatura por entender que ele estaria barrado pela Lei Ficha Limpa, uma vez que foi condenado foi condenado por improbidade administrativa, em 26 de abril de 2010, pela 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Ele recorreu ao TSE. A defesa de Maluf alega que, como o deputado recorreu da condenação ao próprio tribunal com um recurso especial, a condenação foi suspensa. O recurso ainda não foi analisado.







Paulo Rocha (PT-PA), deputado federal Senador O TSE indeferiu a candidatura de Paulo Rocha, que recorreu ao Supremo. O MP pediu indeferimento do registro porque ele renunciou ao cargo de deputado federal em outubro de 2005, após representação referente ao escândalo do mensalão. Depois disso, Rocha foi eleito em 2006 novamente. O TRE havia concedido registro, mas o TSE aceitou o recurso do MP. Ele recorreu ao próprio TSE.
A defesa alega que a lei não poderia ter retroagido. O deputado nega que tenha havido esquema irregular em 2005.







Pedro Henry (PP-MT), deputado federal Deputado federal O MP pediu indeferimento do registro de candidatura porque o deputado foi condenado por compra de votos na eleição de 2006. Ele também é um dos réus no processo do mensalão que corre no STF. O TRE rejeitou a candidatura e o caso está no TSE. A defesa do parlamentar afirma que Henry teria uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que suspende os efeitos de inelegibilidade em relação a esta condenação de 2007. Essa decisão, diz o advogado, teria sido ignorada.





Ronaldo Lessa (PDT-AL), ex-governador Governador MP pediu indeferimento por conta de condenação em decisão colegiada, por abuso de poder econômico e político. O TRE rejeitou a candidatura e ele recorreu ao TSE. O caso começou a ser analisado, mas foi interrompido por pedido de vista. O ex-governador afirma que, em 2004, foi condenado a três anos de inelegibilidade e que completou o cumprimento da pena em 2007. Para ele, a lei não pode retroagir porque ele já cumpriu o prazo previsto de inelegibilidade.





Roseana Sarney (PMDB-MA), governadora Governador Aderson Lago, candidato do PSDB pediu a rejeição da candidatura com base na lei da Ficha Limpa. O MP, em seu parecer, concorda que Roseana foi condenada pela prática de desvirtuamento de publicidade institucional. O TRE havia concedido o registro, mas Anderson Lago recorreu. O TSE ainda não analisou o processo. A defesa da governadora alega que não há condenação contra ela.


Wellington Dias (PT-PI), ex-governador Senador Ministério Público Eleitoral pediu indeferimento do registro por conta de cassação de diploma por decisão transitada em julgado na Justiça Eleitoral. TRE do Piauí autorizou candidatura, mas o MP recorreu. A defesa afirma que Dias não se enquadra na Lei da Ficha Limpa. Ele argumenta que a legislação veta a candidatura de políticos cassados e que o ex-governador foi apenas multado.

sexta-feira, outubro 01, 2010

BONFIM E MUNHOZ: TEMPOS IDOS, MAS NEM TANTO.


Publicado por: bonfa | 27/02/2010
PARECE QUE FOI ONTEM
No dia 19 de novembro de 1995, um domingo ensolarado, o jornal “Diário do Amapá”, publicou a entrevista que hoje trazemos ao Blog, com absoluta exclusividade. Foi há 15 anos. Porém, os temas, parecem atuais no tempo e no espaço. O nome da coluna era “Gente Daqui”.
“É fácil vê-lo andando, solene e compenetrado, pelas ruas de Macapá. Às vezes, no braço, pende um clássico garda-chuva e um tradicional monte de livros e cadernos. Antonio Munhoz Lopes, ex-seminarista, pesquisador, professor de Literatura, Português, Latim e História da Arte. Advogado por formação, globe-trotter, descende de espanhóis e elegeu o Pará e o Amapá, como terras de sua predileção. Quem não conhece o professor Munhoz? Este refinadíssimo intelectual, escritor de quilate quase inigualável, ostenta o currículo e as glórias de ter contribuído, ao longo de décadas, à formação humanística de várias gerações de amapaenses. Um orgulho da cidade. Um ser humano que vale a pena conhecer de perto.”
(Entrevista e Texto: Bonfim Salgado)
ANTONIO MUNHOZ LOPES
Filiação: José Ayres Lopes e Izabel Munhoz Lopes (falecidos)
Comida: Pato no tucupi e maniçoba.
Perfume: Não tem um favorito.
Música: Erudita.
Profissão: Professor Secundário e Universitário.
Amigos: Uma porção, no mundo inteiro.
Amizade: A melhor coisa do mundo.
Flor: Todas elas, dependendo de quem olha, são bonitas.
Melhor hora: Ao nascer do sol. As coisas parecem mais sagradas.
Religião: Católica Apostólica Romana.
Bonfim Salgado – Munhoz, é difícil, terrivelmente difícil, entrevistar amigos. Comecemos por Macapá. Há quanto tempo você está aqui?
Antonio Munhoz – Em outubro passado, fez exatamente trinta e seis anos que por aqui cheguei. Vim com meus 27 anos. Portanto, sou hoje mais amapaense que paraense. Estou com 63 anos bem vividos, no ápice de todas as minhas potencialidades.
BS – Consta que você nasceu numa quarta-feira de Cinzas, é verdade?
AM – Sim, é verdade. E como já disse à Lana, jornalista paraense, não sou triste, por isso. Ao contrário, sou bem alegre, comunicativo, e adoro a vida com tudo o que ela tem de bom. A vida para mim, até hoje, tem sido uma constante novidade.
BS – Voce nasceu mesmo em Belém?
AM – Sim, sou paraense legítimo, paraense da gema. Gosto de farinha e de pato no tucupi, assim como de maniçoba, casquinha de muçuã, de bacuri, açaí e cupuaçu. Aliás, quanto mais eu viajo, mais eu gosto de Macapá e de Belém. Sinto-me, por assim dizer, preso às raízes.
BS – Como foi essa história do seminário?
AM – Vivi muitos anos – a minha adolescência toda – em dois seminários, em Belém (Pará), e São Luís (Maranhão). De ambos, guardo inesquecíveis recordações. Foram alguns dos melhores anos de minha vida. O seminário me marcou profundamente. No meu lado bom, ainda sou seminarista.
BS – E no lado mau?
AM – Também! (risada).
BS – Pois bem. Então, por que você não chegou a ser padre?
AM – Porque não fui escolhido. “Muitos são chamados, mas poucos os escolhidos”, não é assim? Deus, também tem os seus prediletos. Ele sabe a quem escolher, a quem deve marcar com o seu sinete. Deus sabe o que quer e a quem quer.
BS – Qual é a sua definição de um padre?
AM – Um homem que deve viver no mundo, entrosado no mundo, sentindo e tentando resolver os problemas do mundo, sem ser, todavia, do mundo.
BS – O cônego Ápio Campos, respeitado escritor e intelectual paraense, uma vez, descreveu o Munhoz delegado de polícia. Como é essa história?
AM – Ele fez lirismo, poesia à meu respeito. Disse ele que eu andava prendendo muita gente e dava à polícia local “um clima de cenáculo literário”. Dizia, ainda, que meu escrivão era quase um poeta, meus auxiliares aproveitavam as folgas para ler contos e romances e que “os próprios encarcerados eram obrigados a ler, em obediência à portaria baixada, várias páginas de antologia por semana.”
BS – Cadeia literária, heim?
AM – Cadeia, não, biblioteca. (risos).
BS – Há quanto tempo você é membro do Conselho Estadual de Cultura?
AM – Há onde anos. Sou decano. Pena é que o Conselho, no momento, esteja perdendo as suas características de Conselho de Cultura, tornando-se uma espécie de associação de amigos da arte e da literatura. Um clube de amigos. O Conselho está enveredando por um caminho errado.
BS – Diga-nos dois grandes prazeres de sua vida?
AM – Há outros, muitos outros, mas dois dos mais importantes são , sem dúvida alguma, ler. Nunca passei um dia sem ler. E viajar. Viajar, não como mero passatempo. Mas como um enriquecimento cultural.
BS – Quais as cidades do mundo, no seu ponto de vista, mais bonitas?
AM – Em primeiro, não posso deixar de citar Paris, que é sempre uma surpresa. Depois, Praga, simplesmente deslumbrante. Veneza, Florença, São Petersburgo, Buenos Aires, Toledo. O nosso Rio de Janeiro, é uma cidade que só há pouco conheci. Há outra cidade que me fascinou muito, Bruges, na Bélgica. Há outras que, no momento, eu não lembro.
BS – Você escreveu coisas belíssimas sobre a Mazagão da África?
AM – Sim, até mesmo para chamar a atenção dos amapaenses, para essas raízes históricas. Estive três vezes na Mazagão africana. Tenho um fascínio pelo Marrocos, onde já estive quatro vezes. Destaco, nesse país, as cidades imperiais, principalmente, Fez, a mais antiga, berço de milenária monarquia e centro cultural e religioso do Marrocos.
BS – O que é viver em Macapá?
AM – É viver ainda com uma certa tranqüilidade, apesar da violência que domina a cidade. Veja: no último assalto à minha casa, levaram todas as garrafas de uísque escocês, os vinhos do Porto, os CDs. De música erudita e uma sacola cheia de perfume francês, presentes de amigos.
BS – Ladrãozinho refinado e de bom-gosto, não é mesmo?
AM – Concordo. Eu trabalho de manhã, de tarde, de noite. A minha vida se resume apenas no trabalho. Por isso, em julho, ninguém me agarra. Minhas férias são sagradas. Como não sou de ferro, aproveito para conhecer o mundo.
BS – E o nível intelectual da juventude amapaense, como está?
AM – Parece incrível, mas intelectualmente falando, está involuindo. De início, a juventude não gosta de ler. Não tem o mínimo interesse pelas coisas do espírito. Em sala de aula, a dissipação é completa. Disciplina, para os jovens, é coisa do passado. É uma lástima. E na balbúrdia, ninguém evolui. Há dias, numa sala do terceiro ano Colegial, quase fui agredido, quando disse que as letras das composições dos “Mamonas Assassinas” eram puro lixo. Como disse Celso Manson, da revista Veja, “Mescla de grosseria e cretinice.” Infelizmente, o mau-gosto domina o mundo.
BS – E na política? Você já foi candidato alguma vez?
AM – Por que, para quê? Como os valores já não são os mesmos do passado, os políticos de hoje, na sua maioria, não pensam mais em trabalhar pelo povo, mas apenas em beneficiar-se, olhando para o seu bolso, para a sua conta bancária. Político, na sua verdadeira acepção, hoje, é como agulha em palheiro. Encontrar um de verdade é dificílimo.
BS – E o Brasil, tem jeito?
AM – Tem jeito, sim. É só os homens públicos criarem vergonha na cara e se conscientizarem da importância do papel que devem desempenhar, para o progresso da Nação. Na verdade, eles não pensam na gente, isto é, no povo. Só pensam em si, naquilo que é bom para eles. A Nação que se lixe.
BS – E o famoso livro – não escrito – que você nos deve?
AM – De fato, você tem razão. Ainda há pouco, em Belém, o amigo Acyr Castro, jornalista, me cobrava ao menos um livro sobre minhas viagens. Mas, tempo que é bom e necessário, para escrever, eu não tenho, francamente. Vamos esperar um pouco. Vou criar coragem de deixar as aulas. Aí, sim, o tempo vai ser todo meu. Escrever, exige tempo e, com o tempo, conquista-se o mundo.
BS – O que você ainda deseja da vida?
AM – Saúde, paz de espírito, dinheiro, disposição para viajar e lucidez, para viver ainda muitos anos. Tenho a sensação de que só agora é que estou começando a viver. Viver é um dom de Deus.
“ Eis o homem. Aquele que cita os museus, catedrais históricas, pintores renascentistas e autores clássicos, numa simples conversa de meia hora. O professor Munhoz, homem do mundo, cabeça arejadíssima e atenta, olha no relógio. Levanta-se, agradece educadamente, fala com todo mundo à sua volta e sai. Está ligeiramente atrasado para uma aula de Literatura, no Colégio Amapaense.”
Aqui, eu faria uma simples pergunta: Esse texto, publicado há 15 anos, serve ou não para os dias e acontecimentos atuais do Amapá e do Brasil?