Translate

quarta-feira, outubro 27, 2010

23 OUTUBRO - 2010 - DIÁRIO DO AMAPÁ

FAZ QUE VAI MAS NÃO VAI.

A expressão “em cima do muro”, de plano, significa ausência de opinião ou querer agrada ou não querer se comprometer. Mas, pode também significar querer agradar todos os lados da questão, ou simplesmente um sonoro “não estou nem aí”.
Incontestável, no entanto, que de cima do muro (quanto mais alto melhor) tem-se uma visão mais ampla da questão, se está numa posição muito privilegiada para argumentar. Já “subir” e “descer” do muro exige, quase sempre, transparência quanto a “fins nobres justificando meios escusos”. Resumindo: não há (por inconfiável) absolutismo no julgamento de quem está em cima do muro.
Em política, no Brasil, o PSDB assumiu o cume do muro como pódio – momentaneamente também ocupado pelo PV. Exegese à parte, acrescente-se à estratégia dos tucanos e verdes a fragilidade qualitativa do eleitorado, terreno em que a coisa leva a ganhos e perdas. É um jogo, portanto!
No Amapá a “escalada” foi assim: PDT ficou com o governo do estado e da capital, o PSDB com o legislativo do estado e da capital. Bateu-se no muro, o 2º turno: o PDT foi inteiro para Lucas e o PSDB foi se equilibrar no topo – Jorge (AL) neutro, Hildon (CVM) foi para as hostes do PSB com Camilo.
Fundamenta-se esse jogo no próprio eleitor. Pesquisa divulgada no portal da Globo diz que 29% dos eleitores 2010 já não se lembram em quem votaram para senador, 30% já se esqueceram como votaram para deputado federal. A pesquisa não aferiu o “esquecimento” dos eleitores para com “seu” deputado estadual. Imagina.
Povo, não sei, mas eleitor quando embica para uma candidatura só se detém quando bate no muro. Viu o caso Tiririca, sem muro? Viu o caso Dilma/1º turno? Tava embicado, mas tinha um Serra no caminho carregando nos braços a experiência acumulada como Prefeito de São Paulo – a quinta ou sexta maior cidade do mundo;, Governador de São Paulo – “locomotiva” do Brasil e um dos maiores “países” do mundo; Ministro e candidato a presidente. Uma pedreira! Acabou dando Dilma/Serra em 2º turno.
Por que o eleitor procede assim, tipo faz que vai mas não vai? Porque deram bananas para o povo (ou tiraram) da mesma forma que pães.
Só para contrariar (o povo) inventaram vender pães e bananas a quilo, quanto aos primeiros deixaram o populacho sem o discurso do pãozinho com exatos 50 gramas: a unidade não vale mais o quanto pesa. Já bananas, baniu-se as miudinhas e com elas o produtor nacionalista que ainda insiste em produzi-las. Viva a bananona sem graça! Clandestinidade para a bananinha regional, esmirrada, mesmo assim doce, ótima para comer com peixe.
Como se vê (resta demonstrado) “em cima do muro”, “bananona”, bananinha, pão a quilo, acabam sendo “escolhas” da sociedade, já que contra isso o povo (unido?) não se insurge.
Segundo turno no Amapá está assim, tipo bananona, pão a quilo e muro largo cheio de lideres políticos em cima. Pobre Amapá!

Notas: ¹-O Secretário de Estado dos Transportes, Sr. Solangelo, está demonstrando competência e talento no trabalho que manda executar e coordena nas ruas do Buritizal. Maricélio está prá lá de satisfeito. ²-Bonfim está sob cuidados médicos, sucumbiu aos patógenos e pesou-lhe sobremaneira o que sobrou para o segundo turno. Vai ficar bem. ³-Voltaram a falar em prospecção de petróleo nas bandas de cá., isso se junta à expectativa da ZPE e da Zona Franca Verde. Isso é coisa para seu voto resolver.

Nenhum comentário: