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segunda-feira, dezembro 23, 2019
FINALMENTE: NATAL: NASCER PARA MORRER.
FINALMENTE: NATAL: NASCER PARA MORRER.: Praticamente somos os mesmos pescadores, agricultores, pastores, doutores da lei, fariseus, que há dois mil anos ouviam pessoalmente a pr...
segunda-feira, dezembro 09, 2019
NATAL: NASCER PARA MORRER.
Praticamente somos os mesmos pescadores,
agricultores, pastores, doutores da lei, fariseus, que há dois mil anos ouviam pessoalmente
a pregação de Jesus. Passados tantos anos e o que se ouve nas igrejas cristãs
de hoje são as mesmas injunções que Jesus usou na sua Judeia.
Assim, pois, esse próximo novo natal
precisa ser também a celebração do grande mistério da fé cristã: uma criança
nasceu na obscura Belém, romana, cresceu e se mostrou um grande e incomodo reformador.
Durante três anos discutiu a relação de poder
necessária entre homem e Deus, por isso foi condenado a morte de cruz – morte reservada
a matar de dor, horror e vergonha.
Nem por isso a história de Jesus é de
fracasso! Vá onde vá nesse mundo e encontrará igreja, capela, objetos ou símbolos
que lembram e comemoram seus feitos. Tudo é mistério da fé, mas tudo aponta a
verdade de que o poder terreno foi e ainda é efêmero, é pó, é cinza.
Se repararmos bem com alguma facilidade
perceberemos que esses seus três anos antecedentes à sua morte foram de
ensinar, ensinar, ensinar: são os mansos e não os fortes que atraem multidões;
a inclinação natural do homem é pelo sofredor. Jesus mostrou que a bondade e a
compaixão existem dentro de nós – é o fundamento do cristianismo.
Foi perseguido e morto porque afirmou sem
sombra de duvidas que Deus e não o homem, homem algum, é a autoridade final. Hitler
quis mostrar o inverso dessa verdade, e nunca passou de Hitler. Parte dos grandes
cientistas pensam transformar o evolucionismo em progressismo, esbarram, no
entanto, na fatalidade da morte mais ou menos anos. Fome e varíola atravessam séculos.
A morte não é vencível, nem disso Jesus se
esqueceu de tratar nos seus sermões e parábolas. Todavia, a doutrina dele
escancarou uma porta aos crentes: prometeu-nos um outro mundo além deste e
deu-nos os meios de ingresso nele.
Aquele menino nascido há 2019 anos, que
ensinou e ensinou, um dia ensinando ao seu melhor amigo, seu escolhido e eleito
– Simão Pedro, chateou-lhe um pouco perguntando seguidamente se ele o amava. Pouco
tempo depois Pedro negou Jesus justamente três vezes. Depois morreu por ele
também em morte de cruz., mas morreu compreendendo que a insistência de Jesus
era um ensinamento preparatório para a realização de mais um mistério: ama mais
quem dá a vida pelo outro.
quarta-feira, dezembro 04, 2019
AUTOPROCLAMAÇÃO TAMBÉM TEM DOSIMETRIA
Não
sei como está a vida hoje do Sr. Guaidó autoproclamado Presidente da Venezuela,
a semântica nordestina brasileira deve estar dizendo que a imprensa nacional o
colocou e ainda o mantem no caritó.
Nesse
quesito autoproclamação os espaços na imprensa agora são para a senadora Jeanine
Àñez que assumiu a presidência da Bolívia após concluído o processo de
afastamento do presidente Morales: “Assumo imediatamente a Presidência”. Não só
disse como fez.
Sei
não, algo está dizendo que essa “modalidade” de ascensão ao poder avança para
um patamar pan-americano e se chegar por aqui não haverá de estacionar em
Brasilia, a julgar pelas declarações e atitudes positivistas das equipes do
governo.
Porém,
tenho eu em consideração o tamanho do país e o número de municípios nacionais e
nesse modo de considerar vislumbro aberta a possibilidade de alguma remota
chance de minha autoproclamação a chefia temporária de alguma Prefeitura de bom
cofre.
São
mais de cinco mil deles, boa parte em situação de pre solvência. Em estado de insolvência
absoluta há bom número deles, mas o segredo de justiça dificulta previsão mais
precisa.
No
mundo ou submundo da insolvência financeira de médios e pequenos municípios é onde
pretendo lançar minha prancha de surfe., mas a saber: tem que se dar de forma
legal, natural embora traumática quanto naufrágios em águas aparentemente
tranquilas, cuja figura de salvamento desejável é conhecida.
O
náufrago olha o mar e não enxerga o rio que corre por baixo que o está arrastando
conforme a corrente, razão pela qual não entende como o salva-vidas quer ajuda-lo
nadando no sentido do mar e não da praia.
É
que o salva-vidas sabe que do contrário seriam dois os afogados, sabe que o
porto seguro é do mar para a praia apesar de mais esforço físico.
Estou
investigando alguns desses municípios potenciais, há deles vários com mais de duzentos
mil eleitores, alternância de poder disputadíssima, muito bom aparato
orçamentário, muita desordem administrativa e, principalmente, excelente “caixa
eleitoral”. Constituem assim apelo irrecusável para uma autoproclamação, um
título de mídia novo e charmoso: “o autoproclamado Prefeito Cesar Bernardo fará
conferencia neste fim de semana em Paris sobre o potencial de negócios em seu município”.
Também há de ocorrer: “o autoproclamado Prefeito Cesar Bernardo se recusa a dar
entrevistas aos grandes jornais nacionais, mas divulgou parte do seu programa
de governo na Radio Web Cruzeiro do Leste”. É mole?
Enquanto
isso a cidade sede do “seu” município, o país e o mundo ardem de ansiedade para
ouvir de sua excelência – que seria eu - o anuncio da convocação de novas
eleições para o restabelecimento da ordem democrática convencional.
Eu,
macaco velho no domínio de galhos grossos assim, responderia a todas as
perguntas e em hipótese alguma deixaria de fazer e enfatizar promessas –
autoproclamado sim, antipático não.
Porém,
decisão nenhuma e muita sinceridade nas conjecturas. Negocio é o seguinte: vem
aí a definição do financiamento público de campanha e gordíssima distribuição
de verba para os partidos.
E
tudo isso por que? Elementar, pelo menos por enquanto: todo chefe de poder
executivo, em qualquer dos três níveis, é também líder partidário. Lépido e
faceiro será quem dirá aos liderados presidentes e dirigentes dos partidos da
base de apoio fazer o quê, quando, como e em favor de quem com a dinheirama.
Sabendo
como sei que um autoproclamado não pode ou não deve concorrer à “reeleição”, o pé
de meia não tem dimensão de futuro, é já ou nunca. Outra verdade é que todo autoproclamado
conta sim com a simpatia e até admiração das forças judiciais fiscalizadoras e
organizadoras do processo eleitoral.
Logo
e portanto a autoproclamação pode ter bom curso no Brasil – é só não errar na
dosimetria . . . . que ela também tem.
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