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segunda-feira, dezembro 09, 2019

NATAL: NASCER PARA MORRER.


Praticamente somos os mesmos pescadores, agricultores, pastores, doutores da lei, fariseus, que há dois mil anos ouviam pessoalmente a pregação de Jesus. Passados tantos anos e o que se ouve nas igrejas cristãs de hoje são as mesmas injunções que Jesus usou na sua Judeia. 
Assim, pois, esse próximo novo natal precisa ser também a celebração do grande mistério da fé cristã: uma criança nasceu na obscura Belém, romana, cresceu e se mostrou um grande e incomodo reformador.  Durante três anos discutiu a relação de poder necessária entre homem e Deus, por isso foi condenado a morte de cruz – morte reservada a matar de dor, horror e vergonha.
    Nem por isso a história de Jesus é de fracasso! Vá onde vá nesse mundo e encontrará igreja, capela, objetos ou símbolos que lembram e comemoram seus feitos. Tudo é mistério da fé, mas tudo aponta a verdade de que o poder terreno foi e ainda é efêmero, é pó, é cinza. 
Se repararmos bem com alguma facilidade perceberemos que esses seus três anos antecedentes à sua morte foram de ensinar, ensinar, ensinar: são os mansos e não os fortes que atraem multidões; a inclinação natural do homem é pelo sofredor. Jesus mostrou que a bondade e a compaixão existem dentro de nós – é o fundamento do cristianismo. 
Foi perseguido e morto porque afirmou sem sombra de duvidas que Deus e não o homem, homem algum, é a autoridade final. Hitler quis mostrar o inverso dessa verdade, e nunca passou de Hitler. Parte dos grandes cientistas pensam transformar o evolucionismo em progressismo, esbarram, no entanto, na fatalidade da morte mais ou menos anos. Fome e varíola atravessam séculos. 
A morte não é vencível, nem disso Jesus se esqueceu de tratar nos seus sermões e parábolas. Todavia, a doutrina dele escancarou uma porta aos crentes: prometeu-nos um outro mundo além deste e deu-nos os meios de ingresso nele. 
Aquele menino nascido há 2019 anos, que ensinou e ensinou, um dia ensinando ao seu melhor amigo, seu escolhido e eleito – Simão Pedro, chateou-lhe um pouco perguntando seguidamente se ele o amava. Pouco tempo depois Pedro negou Jesus justamente três vezes. Depois morreu por ele também em morte de cruz., mas morreu compreendendo que a insistência de Jesus era um ensinamento preparatório para a realização de mais um mistério: ama mais quem dá a vida pelo outro.

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