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segunda-feira, maio 24, 2010

NADA DE NOVO OUTRA VEZ.




Político em campanha eleitoral normalmente fala em Deus, mas Marina, Serra e Dilma não. Desenvolvimento, crescimento, emprego, renda, inclusão social e digital, bolsas sociais... tudo com “sustentabilidade”. É a pregação deles enquanto caminham para a posse no palácio presidencial. Mas, certamente, não estão esquecidos da narrativa da criação segundo a qual “Deus viu tudo que fez e achou que era bom” (Gen 1,31). Compreendem, certamente, que o Brasil se afastou muito do “paraíso” terrestre descrito por Vaz Caminha em sua carta de sessenta e duas laudas enviada daqui ao seu rei, em Portugal – 15000.

Admitem eles, certamente, que éramos felizes naquele Brasil contemplativo e não sabíamos. Contudo, sabem eles que não nos darão o novo Brasil que prometem sem pelo menos uma passagenzinha pelo “hino” de São Francisco: se der recebe.

É sabido que Marina, Dilma e Serra são pessoas de largo conhecimento do mundo, dia sim dia não nos acenam através de câmeras de televisão que os monitoram mundo à fora. A duvida que nos assalta é saber se eles conhecem a historia da humanidade, se sabem o que fazer com isso, se querem mudá-la ou ao mundo. Até agora parecem prometer o obvio em suas primeiras falas publicas como candidatos presidenciais: repetir e em alguns casos aprimorar o que realizou ou prometeu realizar o governo Lula.

Da idade media para cá a humanidade usou o vento para tocar moinhos e embarcações, depois a água para mover maquinas cada vez mais pesadas. Queimando florestas passou-se a tocar embarcações, moinhos e maquinas com vapor d’água. Novas e muitas maquinas, moinhos e embarcações levaram ao uso industrial do fogo: recorreu-se ao carvão e ao ferro. Com isso, mais energia.

Daí o mais de tudo que acabou nos levando a locomotivas e consequentemente ao transporte de massas mais rápido e com mais distancia entre saída e chegada. O cavalo e o braço humano foram saindo de cena em nome do lucro e da produtividade.

Basicamente vem daí o desequilíbrio ecológico que agora tem que fazer parte do discurso de Dilma, Serra e Marina. É que vapor, ferro fundido, carvão, maquinas e motores serviram ao homem segundo modelos poluidores da água e do ar por causa de resíduos sólidos e gases efluentes mal cheirosos e nocivos à saúde do homem e da atmosfera.

Ao carvão soma-se o petróleo, cujo produto final é o CO², em toneladas. Ainda inventou-se a motosserra, inchou-se as cidades, multiplicou-se as frotas à razão de milhares de veículos por dia, desmatou-se, aqueceu-se o ar, acumulou-se toneladas de lixo, chegou-se a endemias transformadas em pandemias.

No entanto, Serra, Marina e Dilma estão falando de “sustentabilidade transversal” prevista em todos os seus projetos e programas de governo – vá lá que seja eles são “os caras”.

Em vidas passadas podem ter sidos deuses ou no mínimo gregos palacianos (mitologia é mãe generosa dos nossos silêncios)., na vida real, no entanto, foram ministros de pastas importantes no contexto federativo brasileiro. Poderiam, nesses caso, combinar um cabeçalho para os seus “diferentes” discursos, escrevendo a seis mãos: “Vemos tudo o que fizemos e achamos que não vamos repetir”.

Nota: A Prefeitura de Macapá tem todas as credenciais ara receber e aplicar os 10 milhões de reais da emenda do Senador Sarney, na urbanização da orla e habitação popular. É conveniente olhar com mais objetividade para o Aturiá/Pedrinhas e, no contexto, a Avenida Equatorial enquanto extensão da Linha do Equador até “tocar” o Rio Amazonas. Os poetas e compositores já fizeram sua parte.

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