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quarta-feira, fevereiro 05, 2014

AQUEDUTO OU CAOS!


Um aqueduto que saísse daqui do delta do Amazonas, no Marajó, poderia jogar água lá no reservatório de Furnas, sobre Alfenas em Minas Gerais. Em tese, percorreria uma linha seca que não iria além de 1500 quilômetros intermitentes.

Drenar águas do Mato Grosso para o sistema Furnas em Minas Gerais também por aqueduto e rios importantes mato-grossenses, goianos e mineiros é uma outra alternativa, tal e qual uma terceira com origem no Mato Grosso do Sul e destino final em algum rio importante do estado de São Paulo, alimentador do sistema Eletropaulo ou outro mais estratégico.

São alternativas que não se referem à transposição pura e simples de rios, mas um grande “ladrão” de águas amazônicas e pantaneiras que ao longo do percurso se acrescentariam a rios das bacias do Nordeste, Sudeste, Leste, até terminar em grandes rios alimentadores, à montante de sistemas hidrelétricos dessas importantes regiões brasileiras. O período chuvoso na Amazônia coincide com o período de escassez no Sul/Sudeste.

Seriam alternativas potenciais para ajudar na solução do grande problema da falta de água que sazonalmente ameaça a geração de energia elétrica no Sul/Sudeste do Brasil. E seria, uma delas, a maneira associada de resolver o grande problema paulista da carência de água nas grandes represas mantenedoras do sistema de abastecimento de água potável para a região metropolitana de São Paulo.

Qual o grau de dificuldade para se fazer isso? Não é fácil imaginar, mesmo sabendo que das planícies marajoara e pantaneira a Minas Gerais e São Paulo se estaria enfrentando altitudes que variam de 10 à oitocentos e cinqüenta metros. Mas, não seria nada espantoso porque os rios correm a nível, e já está para trás a engenharia e a visão de futuro que fizeram nascer um gasoduto que despenca das altitudes bolivianas transportando gás natural até as grandes metrópoles brasileiras.

Quanto custaria a execução dos aquedutos? Também não é de se imaginar, se não que beneficiaria grandemente a produção nacional, criando empregos e renda. Mexeria com a inteligência ambientalista nacional e provavelmente até botaria mais um monte de dinheiro no bolso das Ongs do “ramo”, todavia a transferência de água ocorreria na medida da necessidade.

Em ocorrendo, todos os brasileiros se veriam compensados com o afastamento definitivo de apagões e racionamentos de água nas regiões mais populosas do Brasil, sujeitas que estão a agravamento no quadro anual, condicionando as maiores cidades brasileiras a conviver com falta de energia na produção e água nas torneiras, enquanto somos aqui o “planeta” água.

Essa estratégia evitaria o caos ambiental por lá, enquanto cá no Norte melhorariam as finanças por conta da venda de água.  

Cesar Bernardo de Souza             

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