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domingo, junho 12, 2016

FICA COMO ESTÁ.

Azevedo Costa usa o face book me perguntando: “até onde poderemos suportar esta situação neste País ?”.
Conheci o Azevedo líder da oposição, chefe politico do MDB, primeiro Prefeito eleito de Macapá. A vida nos permitiu seguir convivendo à miúde (Manuel Bandeira dizia que as palavras mais feias da língua portuguesa são miúde, quiçá e alhures) e por isso sei que não precisa da minha opinião, mas é gentil.
O caro amigo está envergonhado da vida politica nacional, mas o Brasil é nosso, pensam que tem jeito - acho que não tem, ou por muito tempo ainda não terá. Porém, o mundo aniversaria a cada milhão de anos – logo, tempo para melhorar tem.
Amanhã, 13, começa nova semana politica, não sendo feriado nem se falará em Santo Antônio. O assunto no Brasil será ainda mais o arranjo que se quer dar para termos, ainda em outubro, nova eleição presidencial. É balela, mas é o assunto.
Mesmo que todos os deputados, senadores e o presidente da Republica atual renunciassem aos seus mandatos de pouco ou nada adiantaria fazer novas eleições. A maioria deles voltaria eleita e dessa vez com certificado de honestidade, e aí sim teríamos uma república podre com incontestável atestado de sanidade.
O que sustenta essa discussão de outra eleição é primeiro a desenfreada corrupção que tomou conta do país e depois, quem sabe, a busca de solução para a crise politica mãe da assombrosa crise econômica.
 Estamos a dias do centenário do imortal Deputado Ulysses Guimarães, se vivo estivesse. Lembremos, quando Ulysses ergueu a Constituição de 1988, a que promulgou, ele disse: “A corrupção é o cupim da Republica...”.
Pois começa e termina aí a resposta que o Azevedo procura. O bem calculado processo de instituir oficialmente a corrupção no Brasil primeiro doutrinou o povo a repetir e defender que democracia é apenas “governo do povo e pelo povo”. Disso se aproveitou a demagogia e com ela os “defensores” do povo se instalaram no poder.
De repente a Lava Jato., aparece um juiz federal, apenas um, o Dr. Sergio Moro dizendo a cada ordem de prisão contra os gigantes da corrupção e do mando politico no país, a cada sentença condenatória de um réu que democracia, antes, é a construção do povo. Isso dito aos ouvidos da corrupção ficou claro desde as primeiras palavras que os acusados e investigados eram apenas corruptos, não estúpidos, não burros.
Resistir à Lava Jato não é possível nem inteligente, mudar sim. Mudar travestindo mais uma vez os ideais democráticos em jogo de interesse é a palavra de ordem para os plenários dos parlamentos nacionais, o jeito é só um: novas eleições.
Seria mesmo, desde que também fosse decisão colocar em quarentena de 16 anos todos esses que exercem mandato hoje, impedi-los de indicar, apoiar, bancar e eleger prepostos.
Teríamos aí sim a chance de fazer existir no Brasil a democracia a que se refere o Juiz Federal Dr. Sergio Moro: construir um povo.
Mas, caríssimo Azevedo, é querer demais...fica como está. 


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