Que
importância tem eu ter vivido dois processos de impeachment de presidentes
brasileiros? Não sei, lá adiante pode me valer mais do que vale agora. Por hora
instou-me conhecer um tanto mais sobre a pouca ou muita importância do
presidente no presidencialismo.
Segundo a imprensa e o cerimonial palacianos um presidente vale um monarca de reinado de quatro anos. Falou está falado, cumpre quem tem juízo – assim pensamos que o seja, súditos que somos.
Em uma das vezes em que estive na sala de visitas de sua casa na Hernestino Borges, embora não o estivesse dizendo a mim, o Presidente Sarney dizia a seus interlocutores diretos sobre a solidão do poder: “o poder é solitário, há solidão no poder”. Isso ainda vai dar em livro.
A partir do que ouvi do ex presidente Sarney passei a me interessar pelo assunto Presidência da Republica, mas já me prometendo nunca exerce-la - é menos que o reinado da rainha da Inglaterra., bem menos.
Para consumo externo o presidente é um absolutista, só pode detê-lo o impeachment, na pratica, no entanto, é manipulado pelos partidos que plantam os ministros na antessala presidencial. Assim, o presidente, por manipulação ou absolutismo acaba sofrendo impeachment, como ocorre a Presidente Dilma Rousseff. Chegou a ela a solidão do poder, daqui em adiante terá assessores e “assessores” para ajudá-la a guardar alguns segredos de estado.
Para não diminuir o glamour ao redor da Presidência da República, políticos profissionais transformam o processo de impeachment, aí sim, em algo cheio de simbolismo e realeza. E fá-lo arrastar-se por meses, verdadeiro “período caviar” para a imprensa, para as mídias, para o mercado e marcadores, para o sucessor.
Difusamente está no próprio rito do impeachment a arte de fazer sangrar quem está saindo – não basta perder a cadeira dourada, é preciso curvar-se ao seu peso.
Antes de Dilma foi Collor! Ainda ontem, na muito bem planejada Seção de Pronúncia um dos cinquenta e nove votos “fora Dilma” foi do senador Fernando Collor de Melo: "Constatamos que o maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade pelo desleixo com a política, pelo desleixo com a economia de um país, no aparelhamento do estado que o torna inchado. Nas obstruções de ações da Justiça...”.
Nesse momento, ainda na condição de presidente afastada, Dilma está só, à exceção da fleuma de meia dúzia de senadores e senadoras que todos os dias se repetem na Tribuna do Senado em defesa da tese de que ela, Dilma, não cometeu nenhum crime - penas ao vento, a presidenta já foi descartada até pelo seu “criador”, o ex presidente Lula.
Para o caso da quase ex presidente Dilma a solidão do poder doeu-lhe mais fundo, porque seu afastamento foi profissionalmente ignorado pelos militares, que não emitiram o menor grunhido – nem uma linha escrita para chamar de nota da caserna.
E nisso está a frustração dos governistas petistas dilmistas: apear-se do poder sem nenhum tiro, sequer um estalo de espoleta.
Segundo a imprensa e o cerimonial palacianos um presidente vale um monarca de reinado de quatro anos. Falou está falado, cumpre quem tem juízo – assim pensamos que o seja, súditos que somos.
Em uma das vezes em que estive na sala de visitas de sua casa na Hernestino Borges, embora não o estivesse dizendo a mim, o Presidente Sarney dizia a seus interlocutores diretos sobre a solidão do poder: “o poder é solitário, há solidão no poder”. Isso ainda vai dar em livro.
A partir do que ouvi do ex presidente Sarney passei a me interessar pelo assunto Presidência da Republica, mas já me prometendo nunca exerce-la - é menos que o reinado da rainha da Inglaterra., bem menos.
Para consumo externo o presidente é um absolutista, só pode detê-lo o impeachment, na pratica, no entanto, é manipulado pelos partidos que plantam os ministros na antessala presidencial. Assim, o presidente, por manipulação ou absolutismo acaba sofrendo impeachment, como ocorre a Presidente Dilma Rousseff. Chegou a ela a solidão do poder, daqui em adiante terá assessores e “assessores” para ajudá-la a guardar alguns segredos de estado.
Para não diminuir o glamour ao redor da Presidência da República, políticos profissionais transformam o processo de impeachment, aí sim, em algo cheio de simbolismo e realeza. E fá-lo arrastar-se por meses, verdadeiro “período caviar” para a imprensa, para as mídias, para o mercado e marcadores, para o sucessor.
Difusamente está no próprio rito do impeachment a arte de fazer sangrar quem está saindo – não basta perder a cadeira dourada, é preciso curvar-se ao seu peso.
Antes de Dilma foi Collor! Ainda ontem, na muito bem planejada Seção de Pronúncia um dos cinquenta e nove votos “fora Dilma” foi do senador Fernando Collor de Melo: "Constatamos que o maior crime de responsabilidade está na irresponsabilidade pelo desleixo com a política, pelo desleixo com a economia de um país, no aparelhamento do estado que o torna inchado. Nas obstruções de ações da Justiça...”.
Nesse momento, ainda na condição de presidente afastada, Dilma está só, à exceção da fleuma de meia dúzia de senadores e senadoras que todos os dias se repetem na Tribuna do Senado em defesa da tese de que ela, Dilma, não cometeu nenhum crime - penas ao vento, a presidenta já foi descartada até pelo seu “criador”, o ex presidente Lula.
Para o caso da quase ex presidente Dilma a solidão do poder doeu-lhe mais fundo, porque seu afastamento foi profissionalmente ignorado pelos militares, que não emitiram o menor grunhido – nem uma linha escrita para chamar de nota da caserna.
E nisso está a frustração dos governistas petistas dilmistas: apear-se do poder sem nenhum tiro, sequer um estalo de espoleta.
Nenhum comentário:
Postar um comentário