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segunda-feira, agosto 22, 2016

SÃO TUDO E SÃO MAIS.

Os jovens são tudo e são mais no uso das tecnologias de ponta, alguns deles nasceram com smartfhone nas mãos e desse “mundo” sabem tudo. A imagem jovial de todos eles é, em geral, telefone nas mãos e tatuagem no corpo. Ricos ou pobres no Brasil eles são assim.
Mas, porque grande parte deles primeiramente penduram suas vitórias nas mãos de Deus? Em que medida, esclarecidos como são, erguem as mãos para os céus a cada ganho importante para as suas vidas? Parece que irreverentemente eles acham que não há incompatibilidade entre a realidade superior e a tecnologia.
Quanto desse comportamento vimos entre os competidores nos jogos olímpicos Rio-2016? Verdadeira demonstração de que ocorre no meio deles e com eles a já explicada união mística com Deus, a interconexão, no dizer dos budistas.
Agora mesmo acabei de ver pela televisão os jovens jogadores de futebol do Brasil conquistando a primeira medalha olímpica de ouro na história do país e das Olimpíadas, e ao fim todos vimos a garotada externando experiências espirituais, como que devotos fervorosos que se entregam inteiramente a orações. Demonstraram aqueles jovens e ricos atletas que suas conquistas maiores não se dissociam da existência de Deus.
Contudo, competiam com eles jovens alemães tão bem sucedidos quanto, mas que em momento algum demonstraram qualquer sinal de conexão espiritual ou de experiência ou de pensamento que os ligassem a sentimentos religiosos.
A Europa é cristã, os americanos são cristãos que frequentam igrejas regularmente, estaria nisso uma indicação de que a crença na existência de Deus é um refinamento intelectual ou a percepção comum de uma realidade gerada naturalmente pelo cérebro humano?
É eufemismo grosseiro dizer que já fui jovem – todos o fomos. Mas desde lá que me habituei a duas coisas que vieram comigo até a velhice: frequentar igreja e observar bem de perto o comportamento dos jovens.
Na igreja buscava encontrar o meu sagrado, o meu Deus oculto ou revelado na luz das velas, na musica sacra, nos gestos ritualísticos, na liturgia das missas de um modo geral - um mistério encantador.
Outro meu habitué foi e é querer entender o comportamento dos jovens, que em momentos parecem querer se afastar do sagrado e noutros viajam livres e destemidamente em busca dessa “terra espiritual”, tanto mais quando sozinhos, quando nas sombras, quando não sabem a quem recorrer.
Sempre me parece paradoxal ver as igrejas tomadas pelos jovens nos dias que escolhem frequenta-las, o mesmo me parece vê-los em profusão nas  procissões e círios, mais ainda nas marchas para Jesus, movendo-se à razão de centenas de milhares deles pelas ruas, tomados pelo maravilhamento de rezar, louvar, cantar, dançar, como que brincando de ponderar um mundo real e outro distante.
Dizem as minhas observações que os jovens são todos assim: o que lhes parece ser mais é real é mais real, e pronto. De trás para frente ou de frente para trás foi isso que disse o Neymar explicando o sucesso dos seus jovens companheiros ao final do jogo em que se sublimaram aos jovens alemães: “a gente só queria ganhar essa medalha”.
Houve na história da humanidade um jovem genial que logo veio a ser o ícone da humanidade, grife humana cada vez mais grife - Albert Einstein. Consta que jovem ainda, mas já uma mente brilhante respondeu quando foi perguntado sobre Deus e ciência: “A mais bela experiência que podemos ter é a do misterioso. Ele é a emoção fundamental que está no berço da verdadeira ciência. Quem não sabe disso e já não consegue se surpreender ou se maravilhar, está praticamente morto”.    







 


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