A
Casa de Apoio do Ijoma (Instituto do Câncer “Joel Magalhães”) está às vésperas de
sua necessária realidade: o prédio e a maioria dos seus equipamentos básicos já
estão sendo ultimados. Um detalhe aqui outro cuidado ali são o que resta
concluir. Daqui a dezesseis dias ocorrerá a inauguração.
"NA LUTA PELOS DIREITOS SOMOS TODOS IGUAIS. TODOS SONHAMOS COM UMA CIDADE MENOS VIOLENTA, COM UM ESTADO QUE INVISTA NA SAUDE, NA DUCAÇÃO, QUE NÃO DESVIE O DINHEIRO DOS IMPOSTOS NA CORRUPÇÃO. LUTAR JUNTOS PARA QUE TODOS TENHAM OS SEUS DIREITOS RESPEITADOS É DEVER DE TODO CIDADÃO QUE ACREDITA NUM MUNDO DIFERENTE. A LUTA NÃO PODE SER ISOLADA. QUANDO LUTAMOS JUNTOS TEMOS MAIS FORÇA. E OS FRUTOS APARECEM".
A
programação se estenderá por todo o dia 2 de agosto, com espaço para o
pronunciamento de discursos – é necessário, muito há o que dizer.
Tomara
alguém pronuncie o discurso da essencialidade da feliz existência em Macapá da
Casa de Apoio do Ijoma. É uma pequena inadiável resposta suplementar ao
tratamento do câncer.
Seja
esse um discurso que não resvale para “esclarecer” o significado do câncer no
Amapá: sabe-se muito sobre a doença e mais ainda da falta de estrutura com que
se a enfrenta entre nós. E não se perca tal discurso em proclamação de sonhos
realizados visto que o câncer, em qualquer lugar é pesadelo.
Assim,
também não seja um discurso pouco representativo das mil mãos que se juntaram
para executar o projeto, e sim que as classifique conforme a importância que realmente
tiveram.
Não
seja essencial o histórico papel que assume o Pe. Paulo Roberto diante do combate
que o câncer começa a ter no Amapá – nunca se negará esse pedestal ao Pe. Paulo
Roberto. Honorável Pe. Paulo Roberto.
Tão
pouco seja posto como essencial a generosidade do povo amapaense, que chamado a
colaborar o fez de forma emocionante. Nem seja de tal essencialidade o gesto
das crianças que trouxeram suas moedinhas para dentro da historia de enfrentamento
do câncer em todo o Amapá. Registre-se: foi essa a mais bela manifestação e o
melhor exemplo.
Também
o discurso não coloque na essencialidade o decisivo envolvimento dos
empresários nessa construção, haja vista que sem eles nada disso estaria concluído.
Tanto quanto eles estão nessa construção a classe política amapaense – e não é
isso surpreendente.
No
cabeçalho desse discurso também não se veja a competente participação da
imprensa na concretização dessa obra, que leva sim sua assinatura mineral. Tão pouco
seja mais essencial a vida voluntária do corpo técnico médico e paramédico que
nessa casa e nessa causa não deixará de existir daqui para frente – se Deus
quiser.
Todavia,
proclame-se, essas e outras foram e são essencialidades que se juntaram para
trazer ao Amapá a consciência de que o câncer existe e exige esforços sociais de
todos para que se materialize nessa terra uma sociedade orgulhosa de si mesma.
Justo,
no entanto que as letras, as palavras, os parágrafos, o texto desse discurso
elejam como primeiramente essenciais os doentes de câncer que, finalmente terão
no Amapá uma referencia verdadeira aonde buscar e encontrar uma chance a mais
de sobrevivência: 99% de esforço onde ou
enquanto houver 1% de chance. Ou que, pelo menos os que necessitarem encontrem
nessa casa ou através dela a oportunidade de morrer sem dor, em higiene, em
paz.
Assim
ordenadas tantas essencialidades se explicará que a Casa de Apoio do Ijoma não
será tenda de milagres nem se resumirá aos esforços de todos tão somente
para construção de um prédio funcional,
como já está feito. Até poderá, um dia, estender filiais.
É
muito mais. O que se vai inaugurar no próximo dia 2 de agosto é a decisão que o
povo amapaense tomou de nunca mais permitir que o descaso mate mais quem quer
que seja que o câncer alcance em nossa terra.
É
nisso tudo que consiste a essencialidade da Casa de Apoio ao câncer já existente
no Estado do Amapá.
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