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segunda-feira, fevereiro 27, 2012

 
Não se constrói o progresso sem estradas: essa daqui o levará a uma breve viagem agrícola dentro dessa imensa floresta amazônica, foto a foto. Ainda não farei comentários textuais sobre as legendas que estou apondo a cada fotografia, mas critico-as sugerindo que leiam e vejam em montorilaraujo.blogspot.com (Percalços da Agricultura no Amapá – Agosto 2011) e concluam sobre o que fizemos em termos de agricultura séculos passados e o que fazemos hoje (as fotografias que posto são de 2004) – região centro-oeste do estado.Os agricultores dessa mini-região do estado recorrem ao transporte semovente (no caso, burros e cangalhas) para tirar z produção da roça. Percorrem cerca de 2km até o rancho. 
 
São agricultores assistidos(?) pela reforma agrária federal (Incra), é o que explica a casa de alvenaria em meio à floresta densa de terra firme.
 
Em seguidas viagens armazena-se por algum tempo no pátio de casa a produção de mandioca.  


 
Normalmente, nessa micro região, os roçados são estabelecidos na meia encosta, submetida a severos processos de desmatamento. Em media as arvores aqui atingem 35 metros de altura.
 
Como se trata de área com predomínio de geomorfologia com elevações, aí ocorrem interfluvios com reserva superficial de água, espaços esses que vêm sendo aproveitados para o estabelecimento de pequena piscicultura.

 
A citricultura ainda não está estabelecida como pratica usual dos agricultores regionais, mas os experimentos isolados demonstram que a extensão rural oficial precisa se interessar pelos esforços que ao agricultores fazem.

 
Esse pequeno bosque mostra uma novidade: já se planta pupunha, em detrimento do extrativismo que antes dominava a produção desse alimento muito valorizado em toda a Amazônia, onde vivemos.

 
Observe com que sabedoria o caboclo procura situar sua morada.

 
A ocorrência natural do açaí de terra firme, como ocorre nas áreas de várzea, direcionam a fixação do homem no campo. Também neste aspecto é preciso que a extensão rural avance quanto a aumentar a produtividade dessa planta nesse ambiente, visto que fenologia do açaí de terra firme pode complementar a produção da várzea, dispondo o produto durante todo ano no mercado.



 
O abandono imposto a esses trabalhadores se reflete no seu principal meio de vida: a produção de farinha de mandioca. Olha o estado de conservação dessa casa de farinha.

 
Esta fotografia é uma raridade, que talvez voce nunca tenha visto outra igual e, por isso, à primeira vista não possa imaginar que esteja vendo um eficiente processo (método) de conservação do arroz em casca.

 
A alternativa para essas famílias é admitir o “sistema de chácara”, cuidando plantar de tudo um pouco: aí a banana e mandioca consorciados.

 
Quando o “couro come”e a fiscalização relaxa, o jeito é derrubar a floresta e fazer algum dinheiro com a venda clandestina de madeira. Duas coisas: a exposição da madeira na beira da estrada não sugere tanta clandestinidade assim. Dependendo da nobreza da madeira, apenas uma arvore responde pela colheita da mandioca em quatro tarefas (cerca de um hectare).

 
O que se vê abraçando a arvore é o cipó titica, produto nobre da floresta que vai alcançar o mercado sul-sudeste brasileiro com o pomposo nome de vime.

 
Cria-se boi branco por aqui, o cenário (trágico) mostrado nessa fotografia è de uma capineira para a formação de pastagem.

 
Aqui já se vê a ansiedade do produtor rural avançar para uma piscicultura menos impirica.

 
Quando a colheita é boa, diminui-se a solidão do agricultor: mais homens e mais animais de tração.


Saindo-se da terra firme para a ribeira, percebe-se, de cara, um novo estilo de morar. Note-se que a capoeira já tomou conta da área aberta para a agricultura. Essa viagem ainda vai longe aqui no blog.   

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