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sexta-feira, fevereiro 24, 2012

 Vamos ver se lhe ajudo a compreender "os caminhos" do acai nativo, da floresta à sua mesa: em 2004 fomos ao campo estimar a populacao nativa de acaizeiros, éramos pesquisadores do Iepa atuando neste projeto, Na busca de acomadacao (primeiro cuidado de quem entra na floresta é saber onde dormir) encontramos essa casa. Esse garoto segura nas maos um repelente natural. Onde tem acai tem carapanã aos montes.
 No dia seguinte, bem cedo, navegamos em direcao ao trabalho. Embora não apareca com nitidez, de um lado e outro da margem desse pequeno rio tem muito acai.
 Esse apoiador navega o grande rio Amazonas, transportando nossos equipamentos, nosso "laboratório"de campo, nossa alimentacao básica, e, à época... nossa cachacinha: vacina contra dias inteiros sob chuva ou com os pés no barro. Dá para perceber que vamos atuar na planicie arbórea do rio Amazonas.
 Aqui, passo seguinte guiado por GPS, chegamos na area de um projeto importante de manejo de acai. Naturalmente que essa área não foi computada em nossos apontamentos justamente porque produz acai plantado, não nativo. Proporcionalmente, é minha tese, o acai produz mais que café: em grãos e em dinheiro. Obs: neste momento o acai ralo está a 10,00 o litro aqui em Macapá. É muito caro!
 Já neste quadro o que vemos é mesmo o acai nativo. Além dessas duas casas há mais duas, o que demonstra que a ocorrencia de acai guia e fixa o homem ribeirinho. O acai, cá entre nós, é alimento de primeira ordem. Ao invés de arroz e feijão é acai e farinha. Todos os dias também tem peixe.
 Aqui mostramos mais uma maneira de morar do nosso ribeirinho., não só o isolamento lhe faz companhia, pode reparar na franja da mata, de um lado e outro do rio, o que sobressai é: acaizeiro nativo. De fato ele guia e fixa o homem ribeirinho amazônico.
 E nós, pesquisadores, aqui estamos empenhados, mais uma vez estudando para proporcionar a essas pessoas o mais e melhor de informacao possivel. Do nosso sucesso dependerá maior tempo de permanencia desse homem nessas áreas. Paralelamente também estudamos outras palmeiras de ocorrencia sempre associada ao acazeiro. O de camiseta na cabeca sou eu, orientado pelo meu coordenador cientifico... um dos maioires botanicos de toda a Amazonia.
Outra vez buscamos apoio e referencia na morada de ribeira (olha o acai cercando a casa) e daí retornaríamos às nossas casas. Dias passamos embrenhados por aí e, à epoca, já era dia 22 de dezembro e precisavamos chegar a tempo do nosso natal com a familia.
Agora não posso mais voltar ao meu trabalho, mas dele nao me afastarei totalmente porque vou reviver esses dias aqui, neste blog.
Obs: quer cohecer melhor o Amapá? visite (sempre) o blog: montorilarambae.blosgsot.com.
No google? coloque na busca: montoril - arambae.
Para conhecer Volta Grande: jacintodasilva.blogspot.com

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