Hoje
é o Dia Mundial de Combate ao Câncer. Em tese seria um dia mais dos que estão
doentes, dos médicos e enfermeiras oncologistas, mas infelizmente não é assim:
é um dia para todos.
É
dia dos familiares e amigos dos que estão doentes, e também dia dos que virão a
adoecer. O câncer tem essa dimensão, esse alcance futuro.
Já
conto dois anos exercitando as mais inusitadas experimentações que o vasto mundo
oncológico tem submetido meu corpo. Sofrimento e aprendizado é o novo mundo que
se abriu para mim.
Maio de 2011: recém saído da UTI eu recebia os valiosos cuidados do Dr. Carlos Walter Sobrado Junior.
Quem
sou eu, como estou? Analogamente sou um soldado lutando numa guerra em terreno
estranho. À maneira de um soldado guerreiro sonho conquistas e glórias. Sonhando
sigo lutando à custa de muitos medos, avanços, recuos, sofrimentos, dores incríveis,
choros, vômitos, diarreias, longas noites acordado, saudades, preocupações com
a família, nervosismo, aflições, impaciência, às vezes desanimo.
Minha mãe, aos 86 anos, viajou de Minas a São Paulo. De repente abri os olhos e diante de mim estava um anjo: ela.
Muito
disso decorre das batalhas que travamos aqui no Amapá: duríssimas de enfrentar,
porém de enfrentamento inadiável. A inexistência de hospitais especializados e
de centro médico de referencia nos leva a não contar com suficientes médicos e
enfermeiras especializados nos diferentes tipos de câncer; não temos
radioterapia, frequentemente faltam remédios especiais nas farmácias publicas e
privadas; não há dados estatísticos para subsidiar decisões e planejamentos. Não
há, também, a rede interativa inter hospitais locais, que funcionando, aumente
as chances de cura.

Mensagem que
recebi: “Me ajudem a ajudar essa menina! Por favor compartilhem até chegar ao
Luciano Huck. Tenho a certeza de que irá chegar até ele. Compartilhem, não
finja que não está vendo. Compartilhem por favor. Ela é de Nova Iguaçu.
O
que se faz em termos de prevenção não é muito, na verdade quase nada além de breves
e sazonais campanhas midiáticas – ressalvadas as tímidas iniciativas
pragmáticas para alguns tipos de câncer.
Vamos
mudar esse estado de coisa aqui no Amapá, talvez já possamos dizer que há uma “revolução”
em curso: O Ijoma, através do Pe. Paulo esgotou ontem uma agenda no Hospital do
Câncer de Barretos e no dia de hoje faz o mesmo no Instituto Nacional do Câncer
no Rio de Janeiro. Seguirá para Brasília em busca de apoio político e retornará
a Macapá para participar da Audiência Pública na Assembléia Legislativa, que no
próximo dia 18 discutirá um encaminhamento definitivo para o significado cruel
e doloroso do câncer entre nós.
O
dia de hoje terminará daqui a horas., na sei dizer se alguma reação provocou
por aqui, mas sei dizer que nada tínhamos para comemorar. Contudo, ainda
insisto em dizer: amigos e amigas não nos escondamos da nossa difícil realidade
que ora enfrentamos aqui. Não aceite o câncer, ajude a enfrentá-lo, lute contra
ele, reaja em nome das crianças e jovens que estão sob nossa responsabilidade.
2 comentários:
Isso mesmo Cesar! Acabei de vir da casa de uma amiga que está com essa doença. Fiquei feliz por saber que você, ontem, lhe fez uma visita.
É necessário que conversemos sobre isso. Que falemos das possíveis maneiras de prevenção e que fiquemos ao lado de quem está sofrendo, tanto o acometido pela doença, como a família. Não sei como ajudar a não ser ficar ao lado e compartilhar o meu carinho e a minha alegria de viver, mas quero fazer mais. Quero falar com você, deixa o teu telefone na caixa de mensagens do facebook.
Um grande abraço, Cesar!
Infelizmente essa doença existe e faz muitas vítimas... Mas cremos no senhor Jesus . Cesar, espero muito pela sua recuperação. soube que o senhor será mais uma vez avô de um neto do seu filho danilo, e isso é uma benção. Que ele venha com toda saúde e que possa te trazer muita felicidade e esperanca. Crianças são benção e luz na vida de quem a recebe com amor. Que Deus continue a olhar por todos que estão na luta contra essa doença.
Postar um comentário