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Durante todo o dia de hoje – Mundial do Meio Ambiente - as
efemérides predominantes deixaram em destaque a “consciência ecológica e
cuidados com o meio ambiente” no mundo. Em Macapá se registrou intensa
movimentação “eco-ambiental”, desde as escolas até eventos coordenados pelo
Ministério Público Estadual. Bem cedo, ainda não 8 horas, o Promotor de Justiça
Dr. Marcelo Moreira concedia entrevista no radio sobre a temática do dia e de
sua Promotoria.
Ouvi com cuidado as respostas do Dr. Marcelo, pelo seu
saber e sua autoridade. Desejei que sua linha de raciocínio navegasse águas
mais doces em relação ao seu colega que dias atrás, na televisão Amazon Sat falou
da iminente exploração de petróleo na costa amapaense e da sua preocupação com
a “extinção” de espécies pesqueiras.
Normalmente autoridades sabem o que falam quando
aproveitam espaços na mídia para mandar recados: ou porque embasados por
pesquisas especiais ou por extensão de jurisprudências. Por um ou outro motivo
o colega do Dr. Marcelo falou em extinção de espécies em relação a extração de petróleo.
Caso muito sério, sabe-se que endemismos de espécies valem mais que petróleo.
Hoje não ouvi nada a respeito de desmatamento no Amapá.,
nem podia dois dias depois de o governador Camilo Capiberibe discursar na
Itália enquanto recebia prêmios pela contribuição dada à conservação ambiental
no estado: Até
aqui no Amapá conseguimos realizar um grande feito. Somos o Estado mais
preservado do Brasil e seguramente um dos mais, se não o mais preservado do
mundo...”.
O
desmatamento na Amazônia, no entanto, precisa de mais estudiosos. E não apenas
sob ponto de vista da supressão da floresta para fins de antropismos
inconfessáveis, mas de consequências mais imediatamente nocivas à vida.
Em
2004 fiz um curso (rápido) sobre Radioatividade Natural e Proteção Radiológica,
trazido ao Amapá pela CNEN através da Diretoria de Radioproteção e Segurança
Nuclear – Divisão de Matérias Primas e Minerais. Chamou muito minha atenção o
que soubemos sobre a ocorrência natural de Urânio238, seu decaimento até Radônio
e o papel da floresta na manutenção do equilíbrio dessa relação química.
Muitas
são as fontes naturais e radiação, mas a propósito do Dia Mundial do Meio
Ambiente colocamos em discussão as famílias radioativas naturais presentes nos
minerais constituintes do solo e também nos sedimentos e mananciais de água no Amapá,
sem alardes,é claro.
O
urânio não existe livremente na natureza, embora seja centenas de vezes mais
abundantes que o ouro. A agravante é que a “família” Radonio 222 e 220 (Polonio
– Chumbo – Bismuto) deriva dele.
Poeiras
e o gás podem estar ligados a “probabilidade de efeito tardio”, como por
exemplo: câncer pulmonar.
Lembrei
isso para valorizar ainda mais a afirmação do meu amigo Promotor Dr. Marcelo
Moreira, em sua entrevista no radio hoje: “o homem é o centro da preocupação
ambiental”.
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