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Qual
brasileiro não pensou no Lula desde a sexta-feira 4 até hoje? Bem ou mal,
talvez mal mais que bem, pensou-se nele. Às vezes com raiva. Penso no Lula penso no papai, que me deixou sair de casa para vida depois de encher meu bornal de boas idéias, bons causos, histórias dos meus avós. Era tudo que tinha para me dar, porém, com a intensão de cobrar. Guardadas as enormes diferenças ente Lula e eu, seu pai deve ter tido semelhante procedimento porque a paternidade tem princípios universais.
Lula
fez carreira, de retirante da seca nordestina a presidente o Brasil, um dos
maiores países do mundo. Ao que parece, foram tantas ideias postas em seu
bornal que ainda hoje ele acha que o Brasil saiu apenas de sua cabeça.
E
fica mesmo a impressão de que o socialismo petista no Brasil é todo dele,
deixando embaralhado nos anos uma curiosidade, diria, nacional: o PT, partido
quase totalmente apenas seu, fez grandes bancadas no Congresso Nacional, formou
formidável contingente de “companheiros” construtores do “pensamento petista”,
todavia, recentemente Lula repetiu tintim por tintim ter sido ele autor do rosário
das bem aventuranças que transformaram o país de 2002 para cá. Nenhum senador, deputado, ministro, cardeal reivindicou para si uma só dessas grandes ideias. Tudo é do Lula, ponto(pt) saudações.
Ocorre que Lula está vivendo tempos de frigideira quente, enquanto frita vai ficando só. Ainda tem gente vendo roupas bem talhadas cobrindo seu corpo, mas há uma maioria vendo-o nu.
O líder petista está como os touros de Madri, que só oferecem bons espetáculos com sangue e mortes – dos toureiros ou deles. A arquibancada nunca perde, delira diante de sangue e morte, infalíveis.
Ao Lula, parece, nunca assaltou a dúvida sobre uma noz fechada, não lhe pareceu em tempo algum antes e pós poder que algumas delas pudessem surpreender - em todas estaria uma castanha inteira. Mas veio o tempo da Lava Jato, Policia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal desafiando-o a quebrar pelo menos três nozes.
Aberta
a primeira revelou-se aos olhos maravilhados de Lula uma castanha sempre
imaginada por ele, inteira, sadia. A segunda já lhe causou espécie, a castanha
estava bichada, impropria, amarga. A terceira assustou, não tinha nada dentro
que não fosse uma lagarta feia, espinhenta, pegajosa.
A
fase de interrogatórios chegou ao “inatingível Lula, as revistas, os jornais, a
televisão, os indefectíveis vazamentos trarão a nós as novas e recônditas ideias
que ele trouxe de casa, escondidas até agora.
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