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quinta-feira, março 17, 2016

XEQUE-MATE...

c-bernardo2012@bol.com.br
Pode não ser simples bravata do ex presidente Lula o conjunto das suas palavras ainda ontem reveladas em regime de quebra de sigilo telefônico: "Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um parlamento totalmente acovardado". "Estou sinceramente assustado com a República de Curitiba. Porque a partir de um juiz da primeira instância tudo pode acontecer nesse país. Tudo pode acontecer".
A Republica do Galeão foi uma realidade lá atrás, em 1954, que já não precisa de aspas. Os ex presidentes sabem “das coisas”, alguns deles convivem bem com a “solidão do poder” outros não. Lula, certamente, não.
O ministro do STF Celso de Mello tomou as acusações de Lula como “um reflexo evidente de temor pela prevalência do império da lei e o receio pela atuação firme, justa, impessoal e isenta de juízes livres e independentes".
O “rei” está nu, mas esperneia com se vestido estivesse para se coroar Cristiano I do Brasil, para reinar como o fez Cristiano IV da Dinamarca e Noruega por longos 59 anos ininterruptos, um soberano do século 14 muito popular, ambicioso e produtivo. Mas obsessivo, substituiu Oslo por Cristiania - mais um mandato e Lula trocaria Brasília por Lulianília.   
Desde o mensalão que Lula meteu-se a enxadrista (“nunca na história desse país...”), essa e outras de suas teses deram o xeque-mate no ex ministro do STF Dr. Joaquim Barbosa - história que está nos livros.
Empolgado o ex presidente, se acreditando grande enxadrista, em última manifestação publicada lançou desafios para novas partidas: "Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado...”.
Deu-se mal antes de mexer a primeira pedra, xeque-mate., apresentou-se para o jogo o ministro Celso de Melo do STF: "A República, além de não admitir privilégios, repudia a outorga de favores especiais e rejeita a concessão de tratamentos diferenciados aos detentores do poder ou a quem quer que seja, por isso, cumpre não desconhecer que o dogma da isonomia, que constitui uma das mais expressivas virtudes republicanas, a todos iguala, governantes e governados, sem qualquer distinção, indicando que ninguém, absolutamente ninguém, está acima da autoridade das leis e da Constituição de nosso país, a significar que condutas criminosas perpetradas à sombra do poder jamais serão toleradas e os agentes que as houverem praticado, posicionados ou não nas culminâncias da hierarquia governamental, serão punidos por seu juiz natural na exata medida e na justa extensão de sua responsabilidade criminal".
Vê-se que o ex presidente quis jogar sem conhecer a regra, deixou-se ao ataque do adversário que o sabia queimando-se em fogueira de vaidade. Andou em mentiras até que sucumbiu.
É pena, faltou a Lula conselheiros que treinassem seus ouvidos, domassem sua teimosia, doutrinassem: Seja humilde presidente, vá pelos caminhos das terras brasileiras; seja forte, porta-te como homem sábio, simples, justo, grato; guarda as ordenanças do senhor teu Deus, serás um grande rei; use sabedoria e não força.
Mas Lula convenceu-se de que era realmente “o cara”, afinal ouviu a sagração do pronunciamento público de ninguém menos que o presidente Barack Obama dos Estados Unidos da América. Xeque-mate!!!!!!
Incauto, não sabia, não leu, não ouviu que o sábio teme e desvia-se do mal, o arrogante é tolo e dá-se por seguro.   


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