De
um modo geral todos gostamos das festas natalinas – com arvore, Papai Noel,
perus, frangos, vinhos, presentes e tudo o mais. De um modo geral o ambiente fica
mais bonito, mais favorável aos nossos projetos pessoais. Particularmente pessoas
ou agrupamentos de pessoas elevam seus espíritos em consonância com o tempo de
advento e com a concretização do próprio natal, em especial na noite em
recolhimento esperamos e vemos nascer o Menino Jesus.
Sou
dessas pessoas que se tivesse dinheiro e saúde transformaria cada dia do mês de
dezembro numa avant premier da noite de natal, todos os dias reuniria pessoas
para rezar, comer, beber, presentear. Todos os dias sentiria saudade de alguém que
a distancia afastou. Todos os dias iria a um teatro assistir peças natalinas,
ouvir concertos e, até mesmo, contrataria corais para levar esse tipo de musica
a lugares remotos da cidade onde pessoas nunca tenham tido tal oportunidade.
Mas...
bobagens, é outra a minha vida real. Não diametralmente oposta ao que seja uma agradável
temporada natalina (já vivi poucas e boas) – apenas outra.
Hoje,
por exemplo, experimentei uma manhã muito cheia de emoções. Num plano estava o
aniversario do meu filho Fernando, completando hoje 33 anos. Noutro, o palco
dos acontecimentos foi o IJOMA, no dia em que reuniu crianças e familiares dos
doentes de câncer cadastrados na casa, para distribuição de presentes àquelas
e, cestas básicas àqueles.
Quase
que lá não iria, pois sabia dessas fortes emoções. Mas foi bom ter ido para
encontrar naquele ambiente o Profº. Leonil Pena Amanajás, esse meu ídolo que
luta ferozmente contra um câncer de fígado.
O Professo Leonil faz a entrega de uma das centenas de cestas básicas que capitaneou para dentro do Ijoma.
Sinceramente
foi mais significativo vê-lo disposto, sorrindo e lacrimejando quando instado
pela esposa Anadeusa a entregar presentes às crianças.
Conversamos
bastante, nos dispusemos um para o outro. Mas, especialmente, ele e eu pedimos
a Deus preservasse cada criança daquela de outra vez na vida voltar a ter sua
Professor fala da sua experiencia, da satisfação em conhecer o Ijoma
e do seu reconhecimento ao trabalho do Pe. Paulo (agachado).
existência
vinculada ao câncer. Apesar de muito infantes ainda sofrem cm alguém da sua família
que está doente, pois de outra forma tantas crianças não ali.
Vivi
mais um aprendizado importante passando horas com aquelas crianças, que não sorriam,
não produziam o barulho de muitas crianças juntas, que não se abraçavam entre
si. Mostravam assim a capilaridade do ambiente familiar adoecendo suas alminhas.
Esse companheiro estava regindo bem ao tratamento, mas lhe faltaram os remedios essenciais por mais de setenta dias e agora, por isso, está deibitado.
Mas é valente, não se entrega. Aqui nessa casa tem crianças partilhando esse drama.
Contudo,
foi bom vê-las nesse nosso primeiro encontro. O IJOMA captou bem a mensagem que
elas deixaram: querem brincar, crescer, existir sem uma segunda experiência com
o câncer. Captamos a mensagem.
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