O
QUE È BOM A GENTE ESCONDE.
Não
sei se é possível medir o tamanho da participação da imprensa na vida positiva
do país, vai ver que alguém já fez ou dia mais dia menos fará. É possível que o
povo nem ache necessário tal esforço, pois sempre está sinalizando que sabe bem
que Brasil teríamos sem ela. Aqui no Amapá essa medida é muito urgente.

Rubens
Ricúpero, simpático e proeminente ministro da Fazenda tornou-se emblemático da
imprensa nacional quando disse: “o que é bom a gente mostra o que é ruim a
gente esconde”. A imprensa mostrou essa sua opinião limpando uma vidraça
através da qual pudéssemos ver a aura do Sr Ricúpero e sua estampa: ídolo de
barro.
Atualmente
se está à porta do julgamento de crimes perpetrados contra a nação brasileira, vários
e graves delitos sintetizados numa palavra: mensalão. . . verbete
ainda fora dos dicionários.
ainda fora dos dicionários.

Não
é mais necessário que a imprensa fale dos crimes e criminosos arrolados nesse
processo, mais ajudará se assestar sua vigilância sobre os juízes que vão atuar
nesse caso. Investigar e projetar a reação do povo a resultados desse
julgamento é também serviço a prestar ao país, já que longe pode não estar o
dia em que outra vez o povo será “carapintada” nas ruas botando cobro a abusos
exagerados contra seu bolso e paciência.
No
Amapá tudo parece andar de mal a pior, especialmente porque há mais imprensa
para esconder que para mostrar. Está a valer, no Amapá, duas imprensas: a que
recebe salário e a que se paga a jabá, ambas remuneradas com dinheiro de mesma
origem: erário.
Quando
predominantemente a imprensa resolve também esconder o que é bom - como tem
ocorrido – prejudica-se gravemente um povo inteiro. Tome-se o caso do
procedimento de motoristas e pedestres em Macapá. Prefeitura e governo do
estado se empenharam para que a engenharia de transito dotasse boa parte da
cidade de faixas de pedestre cuidadosamente pintadas na via publica. Pacientemente
fizeram campanhas educativas ensinando e informando uns e outros quanto a
direitos e obrigações perante a simbologia desse ícone normativo do transito.

Excelentes
resultados foram produzidos, mas escondidos mesmo se constatando que o tema tem
ocupado considerável espaço na grande mídia nacional. Duas verdades: está mais
enfatizado na mídia o que não se consegue fazer nas grandes cidades em favor do
pedestre; sempre, sempre se omite Macapá do rol das cidades que já conseguiram
fazer seus carros pararem a um cidadão atravessando a via urbana sobre a faixa
a ele determinada. E não raro, fora dela.
Lamentável,
portanto, que a imprensa se imponha limites políticos (e até partidários)
menores do que aqueles que nortearam a tese do Sr. Ricúpero, segundo a qual só
se esconde o que é ruim.
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