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O
Jornal Nacional (Globo) abriu a edição de hoje, 19/07) informando que a
Presidente Dilma Rousseff acabara de findar uma conversa ácida com o vice
presidente americano sobre a espionagem daquele país em nosso país. Já vimos
antes quanto isso irritou a presidente e não podemos imaginar como terminará.
Dilma Rousseff nunca foi uma qualquer em assuntos de espionagem internacional.
A Presidente Dilma Rousseff tem muitas informações ao seu dispor e tudo indica
que tem cuidados refinados com isso, para que a história ou “arestas” dela não
se repitam.
Pelos
duas pessoas existem nesse mundão de Deus com histórias para contar capazes de
ocupar muito o tempo da presidenta Dilma: o ex espião da Cia (autor de CIA
Diary: Inside the Company) Philip Agee, e a jornalista brasileira Claudia
Furiati. Ambos, séculos atrás, trouxeram para paginas de jornais – O Pasquim,
especialmente – uma história escabrosa de espionagem da Cia sobre a vida
política brasileira.
Algumas
citações históricas a seguir, apenas cinco, dão dimensão a tal história. E por
si mesmas explicam quanta preocupação (mera coincidência?!.,) o quadro atual de
insatisfação popular e a tal espionagem americana trazem à presidente Dilma:
-“...Começou
em 62. A CIA pretendia produzir o caos sócio-politico, sabendo que os militares
brasileiros, como em toda a America Latina, procurariam restabelecer a ordem,
derrubando o governo....”
-“...A
CIA resolveu fomentar um movimento popular contra o regime, através da sua
estação no Rio de Janeiro, financiando secretamente uma campanha
multimilionária para a eleição de deputados anticomunistas, planejando
transformá-los em “contra-força à tendência esquerdista no governo Goulart....”
-“...A
CIA mandou depositar entre 12 e 20 milhões de dólares nas contas do Ibad (Inst.
Bras. De Ação Democrática) e da Adep (Ação Democrática Popular), para a
campanha de 25 candidatos ao Senado, 250 à Camará Federal e 600 estaduais, em
oito estados da federação.....”
-“...Jim
Noland, chefe do setor Brasil na Divisão Cia do Hemisfério Ocidental, em
fevereiro de 1964 em Washington, avaliou que no caso das eleições para
governadores de estados, a vitória de um aliado de Goulart em Pernambuco,
Miguel Arraes, apesar da vitoria de Carlos Lacerda no Rio de Janeiro e Ildo
Meneghetti no Rio Grande do Sul, produzia um resultado insatisfatório... Na
Camara Federal, o balanço obtido entre os três principais partidos (UDN, PSD e
PTB) também não se encaixava nas expectativas...”
-“...Não
houve ameaça de contra-golpe, mas o governo Castelo Branco ameaçava invadir o
Uruguai se as atividades dos brasileiros ali exilados (Brizola, Darcy Ribeiro,
Goulart...) não fossem devidamente controladas. Também chegou-se à necessidade
de intervir no estado de Goiás para impedir uma conspiração liderada por
Brizola...”
A
Presidenta em lá suas razões para estar muito braba com os “requintes” da
espionagem denunciada ao mundo pelo ex-analista da CIA Edward Snowden.
Dilma
ainda hoje se pergunta: mundo encantado do poder ou encanto do mundo do poder?
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