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sexta-feira, julho 19, 2013

NADA DE FICÇÃO

c-bernardo2012@bol.com.br
O Jornal Nacional (Globo) abriu a edição de hoje, 19/07) informando que a Presidente Dilma Rousseff acabara de findar uma conversa ácida com o vice presidente americano sobre a espionagem daquele país em nosso país. Já vimos antes quanto isso irritou a presidente e não podemos imaginar como terminará. Dilma Rousseff nunca foi uma qualquer em assuntos de espionagem internacional. A Presidente Dilma Rousseff tem muitas informações ao seu dispor e tudo indica que tem cuidados refinados com isso, para que a história ou “arestas” dela não se repitam.
Pelos duas pessoas existem nesse mundão de Deus com histórias para contar capazes de ocupar muito o tempo da presidenta Dilma: o ex espião da Cia (autor de CIA Diary: Inside the Company) Philip Agee, e a jornalista brasileira Claudia Furiati. Ambos, séculos atrás, trouxeram para paginas de jornais – O Pasquim, especialmente – uma história escabrosa de espionagem da Cia sobre a vida política brasileira.
Algumas citações históricas a seguir, apenas cinco, dão dimensão a tal história. E por si mesmas explicam quanta preocupação (mera coincidência?!.,) o quadro atual de insatisfação popular e a tal espionagem americana trazem à presidente Dilma:
-“...Começou em 62. A CIA pretendia produzir o caos sócio-politico, sabendo que os militares brasileiros, como em toda a America Latina, procurariam restabelecer a ordem, derrubando o governo....”
-“...A CIA resolveu fomentar um movimento popular contra o regime, através da sua estação no Rio de Janeiro, financiando secretamente  uma campanha multimilionária para a eleição de deputados anticomunistas, planejando transformá-los em “contra-força à tendência esquerdista no governo Goulart....”
-“...A CIA mandou depositar entre 12 e 20 milhões de dólares nas contas do Ibad (Inst. Bras. De Ação Democrática) e da Adep (Ação Democrática Popular), para a campanha de 25 candidatos ao Senado, 250 à Camará Federal e 600 estaduais, em oito estados da federação.....”  
-“...Jim Noland, chefe do setor Brasil na Divisão Cia do Hemisfério Ocidental, em fevereiro de 1964 em Washington, avaliou que no caso das eleições para governadores de estados, a vitória de um aliado de Goulart em Pernambuco, Miguel Arraes, apesar da vitoria de Carlos Lacerda no Rio de Janeiro e Ildo Meneghetti no Rio Grande do Sul, produzia um resultado insatisfatório... Na Camara Federal, o balanço obtido entre os três principais partidos (UDN, PSD e PTB) também não se encaixava nas expectativas...”   
-“...Não houve ameaça de contra-golpe, mas o governo Castelo Branco ameaçava invadir o Uruguai se as atividades dos brasileiros ali exilados (Brizola, Darcy Ribeiro, Goulart...) não fossem devidamente controladas. Também chegou-se à necessidade de intervir no estado de Goiás para impedir uma conspiração liderada por Brizola...”
A Presidenta em lá suas razões para estar muito braba com os “requintes” da espionagem denunciada ao mundo pelo ex-analista da CIA Edward Snowden.
Dilma ainda hoje se pergunta: mundo encantado do poder ou encanto do mundo do poder?


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