Como
você também eu gosto de boa musica, nesse momento ninguém menos que André Rieu
está no vídeo da televisão brasileira. No embalo do seu talento vou tentar juntar
fragmentos do meu dia de hoje para ao f im deste texto tentar compor uma pequena
oração, como pede uma mãe em favor de uma sua criança gravemente doente.
Fragmento
1: Bem cedo encontrei na internet uma mãe pedindo oração para a sua criança,
que está com câncer. Não sei rezar tanto assim.
Fragmento
2: Segui para a missa dominical lá na catedral São José, a dois quilômetros. Quis
viajar em companhia de Abraão oferecendo seu filho Isaac em sacrifício. Deus lhe
pediu em sacrifício de morte o que tinha de mais amado e valoroso. Abraão obedeceu.
Resignou-se. Sofreu. Chorou. Foi poupado.
Fragmento
3: A liturgia da missa de hoje tinha a festa de Pentecoste por fundamento. Jesus
ressuscitado ainda permanecendo entre nós diz-nos: A paz esteja convosco. Vos
dou a minha paz. Vos deixo a paz.
Padre
Lourenço, Pároco Geral, é o celebrante. Fiz a Primeira Leitura (At 2,1-11). Próximo
ao final da celebração fui novamente chamado ao presbitério e, surpreendido.
Padre
Lourenço lembrou o dia 27 de maio de 2011, quando fiz a grande cirurgia oncológica.
Enalteceu minha luta contra o câncer e a favor dos doentes daqui. Fez-me uma
benção especial, que recebi e que a ofereci à criança cancerosa cuja mãe encontrei
cedo na internt pedindo-lhe orações.
Fragmento
4: Terminada a missa fui à banca de revistas e jornais – rotina dos domingos. Então
li o artigo dominical de Dom Pedro José, nosso bispo diocesano. Começava assim:
“Muito tempo atrás existia uma aldeia
cujos moradores eram todos muito pobres. O inverno, daquelas bandas, era
terrível: congelava tudo. Todos estavam preocupados com um pobre, muito idoso,
que sofria demais com os rigores da estação. Com efeito, ele não tinha roupa de
frio, mas somente alguns velhos trapos. Precisava de um bom agasalho de lã. O
problema era que, naquela vila, ninguém tinha dois agasalhos e também não tinha
dinheiro para comprar um. O que fazer? Uma mulher teve uma ideia brilhante.
- Se cada um de nós tirasse um fio da sua camisa de frio, acredito que teríamos lã suficiente para confeccionar um novo agasalho para o pobre velho, ninguém descobrirá o segredo e ninguém sentirá falta de um fio de lã.
Todos aceitaram a ideia. Cada um trouxe o seu fio. As mulheres hábeis no tricô trabalharam bastante e, antes do frio ficar insuportável, aprontaram um bonito agasalho de lã para o pobre. O homem o aceitou com as lágrimas nos olhos, não somente porque o casaco o resguardaria do frio, mas muito mais porque era o fruto da colaboração de todos. Os fios eram de tantas cores diferentes. O pobre, sem querer, lançou uma nova moda: aquela que é fruto da solidariedade.”
- Se cada um de nós tirasse um fio da sua camisa de frio, acredito que teríamos lã suficiente para confeccionar um novo agasalho para o pobre velho, ninguém descobrirá o segredo e ninguém sentirá falta de um fio de lã.
Todos aceitaram a ideia. Cada um trouxe o seu fio. As mulheres hábeis no tricô trabalharam bastante e, antes do frio ficar insuportável, aprontaram um bonito agasalho de lã para o pobre. O homem o aceitou com as lágrimas nos olhos, não somente porque o casaco o resguardaria do frio, mas muito mais porque era o fruto da colaboração de todos. Os fios eram de tantas cores diferentes. O pobre, sem querer, lançou uma nova moda: aquela que é fruto da solidariedade.”
André
Rieu foi-se da tela da televisão brasileira, quase não o ouvi dessa vez. Minha cabeça
não se desocupava da criança doente.
Hoje
sei bastante de câncer: pelo que passei e do que ainda terei que enfrentar. Mas
não sei, não faço ideia, não adivinho o que passa e como passa uma criança
acometida dessa doença.
Está
chegando a noite, preciso muito dormir. Mas ainda me incomoda não oferecer boa oração
para a tal criança. Para outras igualmente doentes também.
Oro
então pelas mães dessas crianças ao Deus de Abraão: que também a elas seja
poupado tanto sacrifício.
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