Pelo
tanto de anos que já estamos existindo em terras brasileiras nem nós nem o
Brasil deveríamos estar como estamos. Afinal são vinte e dois mil anos da
presença do homem num país que parece parado no tempo em quase tudo, menos na
devastação de paisagens naturais. O antropismo dá a impressão de progresso.
Pesquisadores brasileiros e franceses com essa conclusão,
sintetizada em artigo cientifico publicado na revista "Journal of Archaeological
Science", afastam o paradigma chamado "Clovis primeiro", teoria mais
antiga sobre a ocupação das Américas - 12 mil anos.
Ora, estamos então diante da chance de não sermos o que
somos, de nos revelarmos em fim um amontoado civilizatório realmente distinto. Nao
sei quantos anos de existencia estão no codigode barra dos europeus, africanos, asiáticos,
australianos, árticos e antárticos.
Ganhando mais dez mil anos de existencia e ocupação do Brasil
forçoso que nao sejamos mais os americanos do sul mal falados, consumidores e não
produtores de conhecimentos, gente “lá de baixo” , terceiro ou quinto mundistas.
Antes nossa “referencia” existencial tinha a marca “Clovis primeiro” de apenas doze
mil anos., agora somos uma civilização de 22 mil anos – espelho para a civilização
americana.
E já começamos a recuperar o tempo perdido, hoje o
Ministro Joaquim Barbosa fez discurso de homem de 22 mil anos: “Nós temos
partidos de mentirinha. Nós não nos identificamos com os partidos que nos
representam no Congresso, a não ser em casos excepcionais... os votos dos que
não são eleitos entram nessa conta e também ajudam o partido a conquistar mais
cadeiras na Câmara”. “... Não cabe ao STF por decisões judiciais individuais
reformar o sistema político. Esta é uma atribuição magna do Congresso Nacional,
que infelizmente vem sendo postergada” “... A PEC 33, que tramita no Congresso
significaria o fim da Constituição de 88. Eliminaria o controle judicial”.
Fez-lhe o
contra ponto o homem de 12 mil anos, representado pela Reitora da Universidade Nacional
de Brasilia, Profª. Dra. Eda Machado: “Eu acho que o voto deveria ser voluntário e
não obrigatório. E não deveria deixar pessoas analfabetas funcionais votarem.
Eu tenho experiência de já ter pedido a uma pessoa de quem eu gosto muito, uma
pessoa muito humilde, que mal sabe escrever o nome dela. Eu pedi para ela na
eleição do Covas: "a senhora vota para o Covas, que Covas vai ser bom para
o país". Fiz um discurso e ela disse que ia votar no Covas. Passou a
eleição, eu falei "como foi, votou a para que candidato?" Ela disse:
"Aquele que a senhora mandou". Eu falei: "Qual foi?" Ela:
"O Collor"

Daqui em diante teremos melhor saúde, passaremos a
nos alimentar melhor e quase de graça: insetos serão o nosso prato diário –
povo civilizado segue recomendações da FAO.
Os pessimistas dirão que é uma volta aos primórdios
do homem no Brasil e no mundo, antes até da machada de pedra que marca o
período em que passamos a comer um javalizinho, cru mesmo.
Mas os otimistas, em maior numero, saudarão a
novidade. São pessoas cansadas dos indícios, das noticias e dos casos
comprovados (e por isso mesmo indignadas) do comercio de carnes para o consumo
humano a partir de cavalo, de cachorro, de jegue, de gato, de rato,
transgênicos, leite com formol. Ainda tem o contra peso de agrotóxicos em
alface, tomate, pimentão... embutido no preço.
Tudo tacitamente permitido, o homem brasileiro de
12 mil anos quando servidor publico penalizado por crimes contra a segurança
alimentar do povo transfere ao próprio povo o pagamento da multa ou da fiança.
Quando da empresa privada a conta vai para os acionistas. Mudar para quê?
Aqui na terrinha somos todos orgulhosos homens de12
mil anos. Emblematicamente, dias atrás, o Desembargador Barauna ensinou o
Sindicato dos Trabalhadores em Educação a fazer greve. Enquanto aprende vai
pagando 100 mil reais de multa por dia parado depois da decretação da
ilegalidade da ultima greve.
No contra ponto o Ministério Publico multa o
governo do estado enquanto não colocar lá n Oiapoque pelo menos 12 (doze)
médicos. Enquanto não tem nenhum o valor da multa foi de quanto mesmo? O estado
pode mais que o sindicato, qualquer sindicato no estado. A lógica indica que vem
aí um multão!
Quem vai pagar já sabemos. E não vamos mugir nem
tugir.
Aliás, para quê? O governo acaba de endividar o
pobre Amapá em mais 2 bilhões e oitocentos milhões de reais, mas não nos
preocupemos tanto... há projetos.
Se com marca de homem de12 ou de 22 mil anos pouco
importa, a coletividade tem muito tempo para pagar por esse e novos outros
empréstimos que os novos governos ter.
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