AQUEDUTO OU CAOS!
cesarbernardo@bol.com.br
Um aqueduto que saísse daqui do delta do Amazonas, no
Marajó, poderia jogar água lá no reservatório de Furnas, sobre Alfenas em Minas
Gerais. Em tese, percorreria uma linha seca que não iria além de 1500 quilômetros
intermitentes.
Drenar águas do Mato Grosso para o sistema Furnas em
Minas Gerais também por aqueduto e rios importantes mato-grossenses, goianos e
mineiros é uma outra alternativa, tal e qual uma terceira com origem no Mato
Grosso do Sul e destino final em algum rio importante do estado de São Paulo,
alimentador do sistema Eletropaulo ou outro mais estratégico.
São alternativas que não se referem à transposição
pura e simples de rios, mas um grande “ladrão” de águas amazônicas e
pantaneiras que até ao longo do percurso se acrescentariam a rios das bacias do
Nordeste, do São Francisco e do Leste, até terminar em grandes rios
alimentadores, à montante de sistemas hidrelétricos dessas importantes regiões
brasileiras .
Seriam alternativas potenciais para ajudar na solução
do grande problema da falta de água que sazonalmente ameaça a geração de
energia elétrica no Sul/Sudeste do Brasil. E seria, uma delas, a maneira
associada de resolver o grande problema paulista da carência de água nas
grandes represas mantenedoras do sistema de abastecimento de água potável para
a região metropolitana de São Paulo.
Qual o grau de dificuldade para se fazer isso? Não é
fácil imaginar, mesmo sabendo que das planícies marajoara e pantaneira à Minas
Gerais e São Paulo se estaria enfrentando altitudes que variam de 10 à
oitocentos e cinqüenta metros. Mas, não seria nada espantoso porque os rios
correm a nível e a engenharia e a visão de futuro fizeram nascer um gasoduto
que despenca das altitudes bolivianas transportando gás natural até as grandes
metrópoles brasileiras.
Quanto custaria a execução dos aquedutos? Também não é
de se imaginar, se não que beneficiaria grandemente a produção, criando
empregos e renda. Mexeria com a inteligência ambientalista nacional e
provavelmente até botaria mais um monte de dinheiro no bolso das Ongs do
“ramo”, mas a transferência de água ocorreria na medida da necessidade.
Em ocorrendo, todos os brasileiros se veriam
compensados com o afastamento definitivo de apagões e racionamentos de água nas
regiões mais populosas do Brasil, sujeitas que estão a agravamento no quadro
anual, condicionando as maiores cidades brasileiras a conviver com falta de
energia e água nas torneiras...o caos.
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