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sábado, março 17, 2012

UM EDITORIAL PARA O BONFIM



UM POUCO MAIS DO BONFIM SALGADO.

Bonfim - O Marquês -  era desses homens bons para tudo, próprios para nada. Era como uma pedra num ponto qualquer do Rio Amazonas, aonde outra pessoa não ia. Era uma pedra sobre a qual água a trabalhava sempre, mas era também a própria água fazendo aberturas, desmanchando as partes moles da pedra, modelando as partes duras da mesma pedra. Pedra e água, o Bonfim era um elemento da natureza amapaense, influindo, atuando sobre pessoas, remexendo, furando, canalizando, esburacando para que para essas não  faltasse o ar.
Nas boas e longas conversas que gostava de ter conosco, dependendo do humor cavava o interior da nossa alma ou esculpia o nosso exterior. Por essas propriedades quase só suas construía para si em seus amigos antros ou palácios.Para se proteger cobria-se de um estilo hediondo, mas esplêndido.
Aí sim, ninguém o espreitava ninguém o incomodava.. era outra vez uma pedra cercada de água e água cercando pedra.
Não se é possível desaparecer com esse Bonfim quem assim o conheceu, interpretou, aceitou, como no meu caso. Esse é o meu caso.
Há um pedaço de papel a mim endereçado em que me dizia: “Olha mineiro, o meu Amapá ainda se define assim: tudo é bom, tudo é ruim, mas ainda nada se compara à timidez da ignorância a não ser os seus efeitos. Aqui, quando a ignorância começa a ousar é porque ela própria intui a verdade. Ela é um devaneio, por isso tem muita força. O saber, no entanto, desconcerta sempre, mas é o nosso caminho”.

Obs: Escada da hierarquia inglesa
==> Senhor – Escudeiro – Cavalheiro – Baronete – Lorde – Barão – Visconde – Conde – Marquês – Duque – Príncipe – Rei.


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