Satisfeitos ou tristes, tomamos conhecimento de movimentos pró Amazônia
organizados no Sul/Sudeste brasileiro. Não faz muito, o Greenpeace impôs
prejuízos ao agronegócio do gado bovino daqui, em nome da conservação
florestal. Quando vão acabar com o pastoreio dos búfalos ainda não se sabe, mas
chegarão lá.
Ponte sobre o Rio Oiapoque, ligando o Brasil à Guiana Francesa.
Também não
perdem de vista nossas hidrelétricas em construção e as planejadas. Querem
salvar os rios. Abrir estradas, segundo entendem, é a própria destruição da
Amazônia. Liberar licenciamento para asfaltamento de estradas abertas ainda no
tempo do governo militar tem sido uma lide para, no mínimo, tese de mestrado.
Brasileiros
do Brasil "Classe A" defendem a Amazônia da forma que entendem a
Floresta Amazônica, o que não deixa de satisfazer os brasileiros amazônidas.
ONGs do Brasil "A" e as de dentro da Amazônia e do Planalto Central
"defendem" a conservação da Amazônia tão somente ao jeito das suas
conveniências. É fato! Ou quais delas são atuantes sem aporte de dinheiro
público ou capital estrangeiro, nem sempre privado, "puro de origem"?
Ora, o
amazônida propriamente dito nunca pensou em destruir a Amazônia, não por ser do
tipo bonzinho e sim pela capitalização para tanto. Não se consegue derrubar a
machadadas uma árvore exemplarmente amazônica, nem abrir estradas a patas de
burro ou ao volante de tratores "jerico". Não se estendem barragens
nos imensos rios amazônicos à maneira dos castores.

Duas pequenas
pontes em construção no Amapá, nos seus extremos sul e norte, emendadas uma à
outra teriam novecentos metros lineares, portanto impossíveis de construção
pelos cofres do estado ou de cada um dos dois municípios - Laranjal do Jari e
Oiapoque. Grandes fazendas de bois ou de soja são da iniciativa do caboclo
empreendedor amazônico, que em maioria não são donos da terra, não acessam
grandes financiamentos. Logo, não são os que "destroem".
Portanto,
satisfaz-nos perceber que querem salvar a "biodiversidade" amazônica
do fogo e da pata do boi, mas nos entristece nunca ver no cabeçalho dessas
manifestações a necessária preocupação com o homem da e na Amazônia. Volta e
meia querem "salvar" os índios, de fato são os nossos homens
contextualmente principais, mas não só eles.
Querendo,
esses nossos "salvadores" do Brasil "A" e da brasílica
ongueira, inclusive daqui, podem verificar quanto temos em escolas, escolas
técnicas, faculdades, universidades, hospitais, fábricas, indústria naval
fluvial, institutos de pesquisa, centros tecnológicos de excelência, igrejas,
comércio, violência urbana, crimes, tráfico e tudo o mais que, digamos, nos
igualam. Somos, afinal, quase 25 milhões de habitantes "iguais perante a
lei" e as contas no fim do mês. E temos doenças só nossas - é custoso
garantir a soberania da Amazônia brasileira para todos os brasileiros.
Funciona bem
por aqui o tripé de sustentação da democracia e da Republica: temos poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário legais, harmônicos e democraticamente
constituídos. Aliás, importante dizer: espelhos da sociedade brasileira.

Hidrelétrica Belo Monte - Xingu.
Então, porque
imaginar justa e competente defesa da Amazônia excluindo-nos? O território
amazônico brasileiro é imenso ante o contexto continental do nosso país, e deve
ser rico o suficiente para ensejar tantos "cuidados", mas eis uma
verdade: a conservação da nossa Amazônia só terá êxito se feita pelos
amazônidas, devidamente auxiliados pelos demais brasileiros.
09/07/2009
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