Hoje
vi o Pelé chorando diante de câmeras que estavam levando sua imagem para o
mundo inteiro (vou ver se acho essas imagens já disponíveis na internet).

Emocionou-se
vendo tanto carinho por ele se manifestando, vindo de todas as partes do Brasil
e do mundo. Compreendi-o de imediato porque, guardadas as devidas proporções,
também passei por isso quando cheguei
aqui em Macapá após longos e dolorosos dias no hospital, quando li as duzentas
e tantos email mensagens, novecentas e tantas outras no facebook e as 9 (nove)
paginas em que se constituíram a minha conta de telefone do mês de junho de
2011 (que já são paginas do livro que estou ainda escrevendo sobre minha experiência
com o câncer).
A
emoção demasiada não é corriqueira em nossas vidas, mas quando ocorre sempre nos
encontra despreparados para os seus intensos segundos ou minutos de duração,
por isso o choro é a resposta mais imediata que temos a antepor ao turbilhão de
emoção, que pode até nos abater por tempo indeterminado.

Quand fez seu milésimo gol o Rei Pelé chorou pelas crianças abandonadas nas ruas do Brasil -
o craque tomou a juventude e a vida de muitas delas.
Foi
bom, fez bem ao rei chorar! Mas fez melhor ao reagir imediatamente recolocando
no rosto o seu habitual sorriso e nos lábios suas septuagenárias palavras de
agradecimento ao seu povo, aos seus fãs. .. “não tenho um só coração, sou
tricordiano”.
Sabe o Pelé e saibamos nós que o abatimento é
a paixão mais insensata e estéril que infelizmente nos ocorre, porque ele
normalmente toma em consideração o passado, que é irrevogável e sem remédio, e não
se ocupa do futuro, nem faz nada que nos conduza à soluções, o que aumenta mais
ainda o nossas dores, nossas angustias, nossos sofrimentos, nosso infortúnio,
ao invés de remediá-lo.
Portanto,
meus amigos e amigas se você entrar em apuro e só pensar no apuro só conseguirá
dobrar o seu apuro.
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