Translate

sexta-feira, novembro 16, 2012

O REI TAMBÈM CHORA



Hoje vi o Pelé chorando diante de câmeras que estavam levando sua imagem para o mundo inteiro (vou ver se acho essas imagens já disponíveis na internet). 
Emocionou-se vendo tanto carinho por ele se manifestando, vindo de todas as partes do Brasil e do mundo. Compreendi-o de imediato porque, guardadas as devidas proporções, também passei por isso quando  cheguei aqui em Macapá após longos e dolorosos dias no hospital, quando li as duzentas e tantos email mensagens, novecentas e tantas outras no facebook e as 9 (nove) paginas em que se constituíram a minha conta de telefone do mês de junho de 2011 (que já são paginas do livro que estou ainda escrevendo sobre minha experiência com o câncer).
A emoção demasiada não é corriqueira em nossas vidas, mas quando ocorre sempre nos encontra despreparados para os seus intensos segundos ou minutos de duração, por isso o choro é a resposta mais imediata que temos a antepor ao turbilhão de emoção, que pode até nos abater por tempo  indeterminado. 
Quand fez seu milésimo gol  o Rei Pelé chorou pelas crianças abandonadas nas ruas do Brasil -
 o craque tomou a juventude  e a vida de muitas delas.
Foi bom, fez bem ao rei chorar! Mas fez melhor ao reagir imediatamente recolocando no rosto o seu habitual sorriso e nos lábios suas septuagenárias palavras de agradecimento ao seu povo, aos seus fãs. .. “não tenho um só coração, sou tricordiano”.  
 Sabe o Pelé e saibamos nós que o abatimento é a paixão mais insensata e estéril que infelizmente nos ocorre, porque ele normalmente toma em consideração o passado, que é irrevogável e sem remédio, e não se ocupa do futuro, nem faz nada que nos conduza à soluções, o que aumenta mais ainda o nossas dores, nossas angustias, nossos sofrimentos, nosso infortúnio, ao invés de remediá-lo.
Portanto, meus amigos e amigas se você entrar em apuro e só pensar no apuro só conseguirá dobrar o seu apuro.
  

Nenhum comentário: