Olhe-se
o Amapá nos dias de hoje e se perceberá uma aparente normalidade, mas a tensão
está no ar. O que está regulando as relações no estado é a Lei de Murphy, mas não
apenas através do tão famoso enunciado: “Se alguma coisa pode dar errado, dará.
Errado da pior maneira, no pior momento e de modo que cause o pior dano possível”.
É
mais sombria a realidade no estado do Amapá do que se pode depreender desse
amargo enunciado de Murphy, pois o estado e no estado “os acontecimentos
infelizes estão ocorrendo em serie”, enquanto os encaminhamentos para a solução
dos problemas maiores são tomados como “atalhos cujas distancias são as mais
longas entre dois pontos”.
Veja
se não é mesmo assim esse quadro de dificuldades que hoje ameaça travar de vez
o Amapá: Em 2002 o Governo Federal criou em território amapaense o Parque
Nacional Montanhas do Tumucumaque – decretou a criação.

A
medida subtraiu 3.867.000 há, área quase duas vezes maior do que a do estado
de Alagoas ou Sergipe, cujos territórios
se equivalem, respectivamente, ao do Haiti ou de El Salvador. Quanto a União
pagou por isso ao Estado do Amapá? Nada, até agora.
Quanto
valeriam essas terras imobilizadas dentro do território amapaense? Não ter
resposta clara para essa pergunta equivaleu a colocar em pratica o primeiro
enunciado da Lei de Murphy:o estado entregou essa imensa área de terras sem antes
estudá-la, avaliá-la em escala conveniente e justa.
Grosso
modo, no entanto, são terras valiosas, totalmente estabelecidas sob floresta
tropical úmida submontana e montana, inexploradas, sub solo ricamente
referenciado por competente mapa metalogenético, fáceis geológicos indissociáveis
de ocorrências mineralógicas importantes, farta biodiversidade, divisa política
interestadual e internacional, etc.

Ouro,
tantalita, angelin, paca, cutia, onça, tucunaré....cada hectare tem a sua cota,
renovável. Avaliando por baixo, rasteirinho, são terras que poderiam ter sido “alugadas”
à União a razão de mil reais por hectare por ano (1.000,00/há/ano). Pechincha das
pechinchas!

Bons
negociadores pelo Amapá teriam feito bom acordo com a União e com isso
neutralizado alguns enunciados da Lei de Murphy. Sim, porque 1.000,00 x
3.867.000 há/ano acrescentaria ao estado R$3.867.000,00 a cada ano.
Ora,
o que mais tensiona hoje as relações sócio econômicas do e no Amapá? Justamente
a divida para com a União relativa a federalização da Companhia de Eletricidade
do Amapá –CEA, até o momento estimada em 1 bilhão e quatrocentos milhões de
reais. Dinheiro que o Estado não tem.
Mas
que teria se o PARNA Tumucumaque lhe valesse alguma coisa.
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