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quinta-feira, junho 21, 2012

MEDIADOR? QUEM?




O tempo no Amapá está de Murici (de algum jeito), cada um pra si. Dá para dizer, medianamente, que o pau está comendo na casa de Noca.
Em meio a tudo isso, difícil é saber o tamanho exato que nesse momento tem o Poder Judiciário, ou qual tamanho quer ter. Explico-me.
De um bom tempo para cá tudo que aqui funciona e que tem relevância social está nas mãos da Justiça ou passou por ela. Esse tudo a que me refiro tem a ver com concurso de miss caipira, preço de passagem de ônibus, licitações, vigilância de prédios publicos, atendimento médico, salários, pisos salariais, investigação policial, investigação parlamentar, titulo de carnaval, de futebol, eleição na OAB, ações administrativas do governo e do legislativo, ações do Ministério Publico Estadual, greves, eleição no Tribunal de Justiça – repito, Eleição no Tribunal de Justiça, eleição em escola de samba, uma coisa ou outra no Tribunal de Contas, leilão de carro velho, vagas na Câmara de Vereadores, etc.
Quando essa situação conflituosa dominante vai arrefecer deixando a cada poder sua missão constitucional não se sabe, enquanto isso o Judiciário vai se acumulando da tarefa alheia. Não está longe o dia em que desembargador será Prefeito de Macapá – sem saber nada do oficio.
E tem boi na sombra, aliás, cavalo.... por analogia, é claro.
Houve na Rússia lá dos idos anos 1840/45, um cocheiro de nome Selifan ao qual não passou despercebido em sua tróica o comportamento do cavalo pedrês. Astuto, ele fingia que puxava a carruagem tanto quanto o cavalo alazão e o baio, respectivamente o timoneiro e o da esquerda que trabalhavam sozinhos.
O alazão e o baio, disse Selifan ao pedrês, são cavalos sérios, darei a eles boas porções de ração. A ti boas lambadas!
Reequilibrada a tróica passou o chicote sobre o lombo dos três animais não como castigo, mas para mostrar que era ele o condutor da carruagem e não dos cavalos.
Depois, viajando a bom trote Selifan disse aos cavalos: “Não tens que viver honestamente, se queres que te repeitem. Vês o nosso patrão, um homem de bem, tem o respeito de todos; corrigiu-se, serviu no serviço publico, é conselheiro real”.
Ouvindo isso, os três cavalos retesaram as orelhas ao mesmo tempo: Concordaram? Discordaram?
Bom, longe de mim inferir que haja um pedrês entre os três dos poderes constitucionais estadual. Lembrei a estória russa – da Rússia antiga – para destacar a atuação do cocheiro Silifan: condutor da carruagem não dos cavalos.
Para viajar em segurança e chegar ao ponto objetivo de sua viagem e lá entregar seus passageiros, ele repreendeu lambando o cavalo pedrês “chupa-sangue”, além de mostrar o chicote aos três animais e contar-lhes a história de vida do seu bem sucedido patrão. Selifan foi bom e competente mediador.
Quem o será (bom e competente) para negociar a retomada da inexorável viagem do Estado do Amapá?    

           

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