O
conteúdo da televisão brasileira está pavoroso, durante o dia, de manhã à
tarde, tudo é comida, caos nos hospitais, crimes, criminosos, e não demora as
crianças terão que assistir no horário a pancadaria que o ganho econômico transformou
em esporte – MMA.
A
coisa está assim: pela manhã nos ensinam pratos deliciosos, calóricos ou não, glicêmicos
ou não. A seguir num canal ou noutro, mas sempre a seguir ensinam cuidados com
a saúde. Também num canal ou noutro pode haver especialistas em segurança
publica ensinando o beabá da segurança.
Uma
pausa para o noticiário (recheado de mortes violentas) e chega a tarde quase que
plena de telecursos de tiroteios, assaltos, latrocínio, corrupção, mortes, prostituição
infantil, sinistros, doenças, hospitais de todo o pais cheios de “pacientes”
entregues à própria sorte.
Para
variar abre-se na tv generosos espaços para os especialistas explicarem o quanto se alimenta mal o povo brasileiro.
Daí a obesidade, pressão alta, diabetes, doenças do coração, câncer, doença
renais, uma lista interminável.
No
que vai dar tudo isso? Os cofres do estado brasileiro estão sob poderoso ataque
da corrupção nacional consentida. E o que custa mais que saúde e segurança, publicas
ou privadas? Não há dinheiro, não há prioridade.
Estou
a anos luz dos estudiosos da Revolução Francesa, mas leio tudo que posso sobre
os equívocos ideológicos que lhe deram origem e a colocaram em discussão ao
longo dos anos 1789 a 1792. Parece que tudo se repete no Brasil de hoje. O Amapá,
nesses termos, faz a gente voltar àqueles dias de França: predomina a máxima do
seis por meia dúzia.
Mas
temos a nos confortar a “cultura” – dos males o menor. Hipocritamente nos convém
mirar o continente africano, aonde em alguns dos seus recantos deixa-se morrer
ao sol de inanição e doença milhares de crianças, mas salva-se a qualquer custo
o elefante, a hiena, o orangotango.
As
televisões trazem à exaustão essas imagens para as nossas retinas. Ou deveria
dizer consciências?
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