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segunda-feira, setembro 03, 2012

ITENS DE PAUTA DE UMA BOA CAMPANHA ELEITORAL.



Gosto do horário eleitoral na televisão, dizer isso ao Bonfim Salgado significava pronta repreensão: “Perder tempo com essa gente pavorosa? Tenho papeis velhos para reler”.
Era um mestre, ensinava. Cabeça dura, má vontade, interesses a proteger não me deixaram aprender mais com ele - Bonfim era claro, direto, simples quando abordava criticamente um assunto qualquer.
Naturalmente que estou acompanhando pela televisão o horário eleitoral preparatório à campanha política para a escolha de Prefeito, Vice prefeito e Vereadores da capital Macapá, gostar gosto mas a qualidade da campanha para a Câmara de Vereadores está entre pavorosa e tímida demais. 
A campanha mais e candidatos menos corroboram a expressão “essa gente pavorosa” de que tanto falava o jornalista Bonfim Salgado.
Tem gente pavorosa pedindo votos escorada em estratégias de marketing que a meu ver (é bom não levar a sério o a meu ver, normalmente erro meus palpites quanto a vencedores de eleições) reforça mais que cria o tipo eleitoral.
O hilário, o cara de pau, a espertalhão que momentaneamente estão na televisão no horário eleitoral apenas confirmam o hilário, o cara de pau, o espertalhão que o(a) candidato(a) é em qualquer lugar, em qualquer tempo. A favor deles(as) está a triste realidade do próprio horário eleitoral no radio e na televisão: tempo exíguo demais para externar ideias concatenadas, e assim compreensíveis.
Em grande parte o eleitorado sabe dessa dificuldade e releva, mas desconfia daqueles que com ou sem tempo suficiente nada tem para dizer. São esses(as) “essa gente pavorosa” a que se referia o Bonfim.
Minha opinião? Está de amargar a campanha eleitoral na televisão para a Câmara Municipal de Macapá, não parece que pode melhorar, mas nos palanques dos comícios (no cara a cara) pode sim.
Tem “gente pavorosa” ocupando o horário eleitoral na campanha para prefeito e vice de Macapá? Tem e não tem., os candidatos propriamente ditos não estão perdendo pelo que têm dito, mas pelo que não têm dito.
Seus vices não dizem nada e nem são mostrados, aliás, citados sequer. Mas os marketeiros acabaram recriando “essa gente pavorosa” na figura dos que falam nas peças publicitárias – pessoas postas a falar o que o candidato gostaria de dizer.
Mais pavoroso (e perigoso) ainda é que todos os candidatos estão contra o Prefeito Roberto, candidato da Coligação “Construindo e Gerando Emprego”, que quer reeleger Roberto. E que coincidentemente se mantém na dianteira na preferência do eleitor.
E olha que nas peças publicitárias do ROBERTO 12 ainda não vi “essa gente pavorosa”. Sem essa (a meu ver) “sujeirinha”, a campanha 12 vai bombar mais e mais.
Mas no geral a campanha majoritária não está boa como poderia estar, ou de outra forma: a campanha não está empolgante.
E não está porque são tímidas demais as propostas defendidas pelos candidatos... quando as tem. Falta sinceridade nas afirmações de alguns candidatos(a) quando acusam ou se dizem únicos capazes de realizar (especialmente quando falam por eles(a) “essa gente pavorosa”).
Macapá não é sustentável sem o dinheiro de investimento dos governos estadual e federal. Quem se propõe ou se acha capaz de governar o Município tem que saber disso. A partir daí a discussão primeira é a seguinte: O governo estadual tem ajudado o governo municipal?  Sem essa ajuda o governo municipal consegue operacionalizar transferências federais com o minimamente exigido?
É pobre o Município de Macapá, muito pobre – é essa a sua verdade. Mas é justamente em cima dessa verdade que os candidatos(a) poderiam fazer uma boa campanha. Viadutos, pontes, passarelas sobre ruas, despoluição de canais fluviais urbanos, construção de casas poulares e relocação de populações residentes em áreas de risco, criação de um grande parque urbano (com pistas de caminhadas, ciclovias, praças, horto, centros de convenções), urbanização de canais fluviais urbanos, construção de centrais de tratamento de águas servidas, saneamento básico, construção de calçadas, pavimentação de estradas interdistritais.... seriam itens de pauta de uma boa campanha. Por que? Por que falta tudo isso.            

Um comentário:

Anônimo disse...

Pura verdade. Falta o essencial: viver com dignidade.