Seis meses, meio ano
depois da morte do Bonfim ainda penso que ele foi ali e a qualquer hora volta.
Sabado passado Consola dizia a mim, Prof. Munhoz, Pierre, Tadeu, Rita, Tito.....
"a impressão que tenho e a de que o Bonfim está conosco, aqui na mesa."
"a impressão que tenho e a de que o Bonfim está conosco, aqui na mesa."
Há
coisas cotidianas que o mantém vivo, no momento uma dessas coisas é o julgamento
do mensalão – para ele a “trama” foi um ousado golpe contra a democracia.
Dizia: “essa gente tartufa usa
a democracia, vale-se dela, para torná-la um meio e não um fim em si mesmo, o
objetivo é o velho sonho de implantar no Brasil o totalitarismo de esquerda”.
Amanhã, 12, meio ano sem o
abraço e o “falatório” do meu irmão Bonfim Salgado: que pena. Quero referendá-lo, dessa
vez, com algumas palavras sobre o resultado até agora do julgamento do mensalão
no Supremo Tribunal Federal.
Em 2003 a então Dep. Fed.
Denise Frossard, também eminente juíza brasileira, pronunciou duas sentenças
ferinas contra a turma do mensalão: “Os senhores são conspiradores”. “O plano
que executaram não podia dar certo, os senhores são muito atrapalhados”.
Estamos vendo agora que sim,
o Ministro Joaquim Barbosa tem sido eficientemente claro em suas digressões. Algumas
vezes, até agora, sua relatoria tem demonstrado que o mensalão foi sim uma
cartada genial, que sobreviveria sim se não fosse a contribuição do Dep.
Roberto Jefferson. Mas foi uma ação criminosa.
A compra continuada de votos
daria consistência ao projeto, cuja essência não estava em apenas sangrar o erário
nacional, necessário seria desmoralizar o Congresso, o Governo e a sociedade empresarial
a partir do envolvimento do BMG, Banco Rural, Correios, Petrobrás, etc.
Mas alem de conspiradores,
atrapalhados, também eram esnobeis. Enquanto esnobeis eram arrogantes, saíram à
gastança e lambança, deram-se aberta e sem cuidados a comprar, gastar,
presentear, ganhar presentes, esnobar, ostentar, nomear, exonerar, chantagear, perseguir,
exigir mais e mais propinas.
Elegeram um “núcleo duro” de
comando do projeto, muito mais cheio de si ainda seus integrantes tinham a
certeza de que nunca a “casa cairia” – por dá cá aquela palha iam espairecer em
Havana, Caracas. Camaradas, um abraço!
Em meio a tudo isso se auto
remuneravam, porque não? O projeto abria portas em bancos, estatais, empreiteiras,
agencias de publicidade, portas e portas.
E as campanhas eleitorais,,, porque não?
Mas no meio do caminho dessa
gente tartufa tinha um Roberto Jefferson e agora tem os ministros do Supremo,
entre eles o Dr. Joaquim Barbosa que não a quer deixar continuar com a mentira.
Sei lá se mortos influenciam julgadores
e julgamentos, tomara que sim. Sobre a turma do mensalão um dia Bonfim me
disse: “Apenas ousadia César, essa gente não nasceu para grandes coisas”.
Realmente foi um “time” de senhores
e senhoras muito, mas muito atrapalhados, sequer sabiam que Deus usa o tédio
quando quer mostrar a importância da aventura e do abandono. Agora estão só.
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