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quinta-feira, outubro 04, 2012

MMA E HORÁRIO ELEITORAL: TUDO A VER!


Embora pareça à maioria da população um período de chateação que atrapalha as novelas e até mexe com a exibição das lutas sangrentas entre brutamontes –MMA, horário eleitoral é cultura. Mensalão, também. 
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A modalidade de luta a que me refiro se designaria em português por artes marcais mistas, mas assim não dá “ibope”. Daí que, para mais ibope e correspondente audiência a televisão vende o esporte como M(mixed) M(martial) A(arts).
Já disse que gosto do horário eleitoral, ali muitos candidatos conseguem esconder sua cultura. Em suas “propostas” e ou em suas palavras dá para inferir boa parte da sua “carga cultural” – genótipo não mapeável (ainda).  
Voltando ao MMA, o seu ringue está sobejamente popularizado., pancada e sangue faz a audiência e campeões – quanto mais, mais. Novidade? Nos últimos oitocentos anos, não.
Em 1194, “em liça preparada na cidade de Ashby ocorreu um memorável combate entre gladiadores, mas o povo e muitos nobres e até as damas sofreram decepção ante a escolha de armas corteses, porque a mesma classe de pessoas que hoje em dia, nos teatros, quanto mais pungentes são as chamas a que assiste, maiores aplausos lhes dispensa.
Tomava-se nesse época, pelos torneios interesse proporcional ao perigo que corriam os combatentes”.
O que dizermos nós, do povo, sobre o mensalão? Que é cultural- não que historias afins se repitam tim tim por tim tim. É que lá no século XII, por volta de 1194 essa referencia tem registro, emblemático: 
“...Roberto, Duque da Normandia possuía todos os méritos para governar: bom chefe, intrépido cavaleiro, generoso para com os amigos e para com a igreja, cruzado e conquistador do Santo Sepulcro... morreu porque se opunha à vontade do povo que o queria para rei. Cumpria escolher na família real o príncipe mais apto de exercer o poder, isso é, aquele cuja escolha melhor possa servir os interesses da nobreza. João é inferior em qualidades pessoais, mas oferece privilégios, recompensas, riquezas, imunidades, honras... não pode haver duvida sobre qual deve ser o rei: a nobreza deve se sustentar nesses interesses”.
Mais, no século XVI (1549-53) tivemos no Brasil o “governo da boquinha” (Tomé de Souza). No reinado de D. João (1689-1750) houve o escandaloso caso das compras superfaturadas de mantas para o Exercito. Em 1565 o governo brasileiro proibiu o jogo de cartas, mas tomou exclusivamente para si a comercialização de baralhos. Em 1723 começou a construção dos Arcos da Lapa,que só terminou 102 anos depois.
“A desconfiança era tanta que o tesouro nacional ficava guardado em uma arca especial com três fechaduras: uma chave ficava com a Câmara Municipal, outra com o superior dos jesuítas e outra com o governador. Apesar da estratégia aparentemente segura, parte do dinheiro foi roubada”. 

Quase nos dias de hoje, embora no século XX (1960) o então governador do Estado da Guanabara se envolveu com um bicheiro, Barulho – CPI instalada deu em nada.
E viemos vindo passando por “rouba, mas faz”, “malufismo”, “caçador de marajá”, “mensalão”, outra vez bicheiro, governadores, CPI e nada.
A marketeria nacional trabalha outras e essa cultura, com extremo profissionalismo “prepara” candidatos prontos para consumo. Algo assim como transformar a antiga briga franca entre brutos em pomposo Mixed Martial Arts.   


       

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